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Aloisio DE Oliveira Barros

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08/09/2015

Defensor do meio ambiente, empresário garante que plástico não polui o meio ambiente e se prepara agora para produzir água

Por Elimar Côrtes

      Aos 59 anos de idade, o empresário Aloísio de Oliveira Barros é um dos maiores defensores do meio ambiente no Espírito Santo. Engenheiro de Obras, ele já atuou no ramo de transporte-escolar. Sua antiga empresa chegou a possuir 13 ônibus escolares. Decidiu defender às causas da natureza a partir de 1998, quando criou a Ciclo Companhia de Reciclagem, que se localiza no Civit II, na Serra. Antes, foi dono de granja.

      Defensor radical do meio ambiente, Aloísio Barros vai na contramão dos oportunistas que pegaram carona na onda das sacolinhas oxi-biodegradáveis. A partir de materiais reciclados, sua empresa fabrica sacolas de lixo, sacolas plásticas úmidas, sacos de areia, barro, brita, sacolinhas plásticas, bobinas, lâminas, lonas plásticas e outros produtos.

“O plástico não polui o meio ambiente. Trata-se de um produto que dura até 500 anos. O plástico é reordenamento das moléculas de carbono; ele é inerte e não polui. A reciclagem é uma ferramenta de melhoria ambiental”, afirma Aloísio Barros, que já traçou outra meta para o futuro: implantar em sua propriedade rural um Sistema de Água Florestal (SAF), com o objetivo de preservar os mananciais.

Experiência com transporte-escolar 
      Fui um dos donos da Marji Transporte-Escolar, que começou a operar na Grande Vitória entre 1975 e 76. No início, tínhamos apenas uma Kombi, que transportava crianças. Chegamos a possuir 13 ônibus escolares, transportando mais de mil estudantes. A empresa foi crescendo e deu origem à Pedra Azul Turismo. Deixei a sociedade e, em 1998, abri a empresa de reciclagem, em que usamos embalagens pós-uso. Fabricamos sacolas com alças, saco para lixo, uma série de produtos.
 
Economia fraca 
      O mercado hoje está ruim. O Brasil está quebrado. Este governo criou uma linha de conduta que, num primeiro momento, foi bom, mas enfiou os pés pelas mãos. O mercado está sem dinheiro e as vendas sofreram queda. O Brasil vive uma situação curiosa: estamos tendo inflação mesmo não tendo demanda.
 
Solução contra a crise
      Estamos enfrentando a crise, em nossa empresa, com eficiência. Reduzimos em 1/3 a produção da fábrica. Assim, a cada mês, 1/3 do pessoal da produção entra de férias. Temos 34 funcionários, sendo 27 da linha de produção. A cada mês, portanto, nove trabalhadores da linha de produção entram de férias. Estamos produzindo 67% do que produzíamos antes da crise. Reduzimos a produção para não demitir funcionários.

      O Espírito Santo é um Estado pequeno, porém com grandes industrias exportadoras, que surfam na crise, mas as médias e pequenas têm sérios problemas.

       A energia aumentou 84% em um ano no Brasil. A energia elétrica é o terceiro item que mais gera custo numa indústria. Primeiro é a matéria prima e, em segundo, a mão-de-obra.

Plástico não polui
      Trabalhamos com PEBD, que é o  Polietileno de Baixa Densidade. É mentira quando se diz que plástico é poluidor. Plástico não polui o meio ambiente. Trata-se de um produto que dura até 500 anos. O plástico é reordenamento das moléculas de carbono; ele é inerte e não polui. O problema da poluição do plástico é a nossa irresponsabilidade, que pode, sim, ferir, por exemplo, uma tartaruga marinha. A falta de saneamento básico no Brasil, que permite a existência de esgoto a céu aberto, polui e mata muito mais no Brasil e ninguém fala nada. 

      Criaram-se leis estaduais e municipais que proíbem o uso da sacolinha plástica em supermercados, por exemplo. Criaram-se leis que permitem somente o uso de sacolas oxi-biodegradável. Isso não existe. É uma enganação. O plástico oxi-biodegradável é um tipo de material plástico, em geral Polietileno ou Polipropileno, derivado do petróleo ou do Etanol, que contém um aditivo que faz sua degradação ocorrer aproximadamente em 18 meses. Ou seja, ela é muito mais fraca, mas não some; simplesmente tira a vida útil do produto, o que atrapalha sua reciclagem.

      A reciclagem é uma ferramenta de melhoria ambiental; dá mais tempo de vida ao produto e evita o uso de matérias de fontes não renováveis. A reciclagem traz economia ao setor público.

Essas confusões ocorrem porque o  Brasil tem dirigentes públicos que representam a sociedade, mas representam com incompetência.  

       Eles falam nos discursos que saúde e educação são necessidades básicas, mas projetos nesses setores ficam no papel. Falta ao nosso País um governante com visão de estadista. Os últimos estadistas brasileiros foram, sem dúvida, os presidentes Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek.

Futuro em favor do meio ambiente
      Eu não me considero um empreendedor. O empreendedor é um sujeito que tem visão de futuro. Ele acerta e erra. Só que antes do empreendedor vem o pioneiro. Nesse sentido, já estou imaginando meu futuro. Temos uma propriedade entre Fundão e Aracruz. Eu e minha esposa já combinamos que, quando eu fizer 60 anos de idade, iremos nos mudar para essa propriedade. Planejamos implantar lá um Sistema de Água Florestal (SAF), com ajuda da tecnologia. Temos que saber produzir água. Como? Criando  mananciais. De que forma? Preservando a parte florestal da região.

      É preciso termos capacidade de produzir nossa própria água. Vamos recuperar o manancial de água na região. O objetivo é criar uma atividade voluntária que vai proporcionar aumento de água por conta da proteção dos mananciais, que são as reservas de água.

      Nosso objetivo não é ganhar dinheiro, até porque o que vamos fazer não vai gerar custo para ninguém. Pelo contrário, o meu objetivo e o de minha família é saciarmos a necessidade humana. Não posso admitir que se corte mais uma árvore no Brasil. Quero transformar a minha propriedade como exemplo para meus netos; que eles mantenham a ideia do conservacionismo. O processo que faremos não tem custo. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) tem projetos que ajudam o meio ambiente. Aliás, defender o meio ambiente é uma ação consciente. Tratar o meio ambiente é barato.

      O setor produtivo de minha empresa utiliza somente água da chuva. Temos uma caixa de 630 mil litros, onde guardamos a água da chuva. Nossa linha de produção não utiliza água da Cesan.

Eliezer Batista Ligou A Vale Ao Resto Do Mundo

Galgando vários postos ao longo de sua carreira, até ser nomeado presidente da mineradora coube a ele transformar..


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