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Juiz Decreta Falência do Infinity e Banestes Perde R$57 Milhões

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13/07/2017 - por Paulo César Dutra

O Banco do Estado do Espírito Santo – Banestes considera hoje, quinta-feira, uma Sexta-Feira 13. A primeira notícia de nacional que apareceu dentro do banco, cujas Xerox e whatzapp foram distribuídos para o governador Paulo Hartung (PMDB) e toda a diretoria do Banestes. Essa notícia foi veiculada na internet do jornal Valor, às 5 horas da manhã, da seguinte forma: “...Em recuperação judicial desde 2009, o gruposucroalcoleiro Infinty Bio-Energy – do empresário Natalino Bertin – teve a falência decretada pela Justiça. Essa informação caiu como uma bomba atômica sobre o Palácio Anchieta e a sede do Banestes. 

Com a falência do Grupo Infinity Bio-Energy, o banco agora não vai conseguir nunca mais receber os R$ 57 milhões (valores de 2007), que emprestou aos proprietários da empresa, mais conhecidos como “Aventureiros do Etanol”. Na ocasião do pedido de empréstimo, os aventureiros foram recebidos na residência oficial do governo do Espírito Santo, na Praia da Costa, em Vila Velha, pelo governador Paulo Hartung (PMDB), pelo vice-governador Ricardo Ferraço, pelo presidente da ALES, Guerino Zanon e pelo presidente do Banestes, Guilherme Dias. A recepção ganhou esse brilho, porque os aventureiros tiveram os avais dos ex-presidentes das repúblicas dos Estados Unidos da América do Norte, George W. Bush e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Dizem as más línguas, que os R$ 57 milhões, foram levados em sete baús, mas que ninguém sabe onde foram divididos.
 
Banco Central do Brasil só poderá abrir um processo administrativo se alguém denunciar. Para quem não sabe, poderá resultar na condenação do governador e dos diretores do banco. Tudo porque o banco não se preocupou na ocasião de pegar alguma coisa como garantia de empréstimo, pois só o olhou para a promessa dos "aventureiros do etanol" de investirem R$ 1 bilhão no Espírito Santo, até 2010. O Banestes se nega dar qualquer informação a respeito do assunto, alegando que "é assunto sigiloso" do Banco.

O Banestes bem que tentou receber os R$ 57 milhões (dívida que pode chegar a mais ou menos R$ 1 bilhão). Várias vezes tentei saber como estava o caso na área administrativa do Banestes. Porém só uma vez, no primeiro contato, em setembro de 2009, é que o Banco me informou via e-mail da sua Assessoria de Comunicação quanto que o Infinity devia ao Banestes.

Eu perguntei no e-mail: preciso saber como está o processo do Banco contra o grupo  Infinity Bio-Energy na região norte do Espírito Santo do calote de R$ 57,2 milhões, de sete empréstimos (em aberto da Infinity junto ao Banestes), de R$ 6.123.565,05; R$ 5.533.587.17; R$ 5.607.782,78; R$ 5.560.988,67; R$ 5.397.958,70; R$ 13.539.228,61 e R$ 11.941.094,69.

 
 O Banestes respondeu por e-mail: Senhor Paulo César, Agradecemos seu contato. A respeito dos questionamentos feitos pelo sr. Paulo César Dutra, o Banestes, por meio de seu diretor Comercial Ronaldo Hoffmann, informa: 
- Há  um processo de recuperação judicial aguardando os prazos legais determinados pela Justiça, para que haja uma Assembléia Geral de Credores. Nessa Assembléia será decidido pela aprovação ou não do plano.
 - Paralelamente, o Banestes vem fazendo seus questionamentos judiciais quanto aos pontos discordantes do plano.
 - A Diretoria Comercial do Banestes mantém contatos com a direção do Grupo Infinity, com o objetivo de negociar os créditos que não estão contemplados no plano de recuperação.
 - Todos os contratos com o Banestes estão adimplentes até a presente data.
 Atenciosamente,
 BANESTES S.A - Banco do Estado do Espírito Santo.
 
O Grupo Infinity Bio-Energy, com sede em um paraíso fiscal na avenida Canon´s Court, nº 22, no distrito de Victoria Street, nas ilhas Bermudas, um território britânico ultramarino no Caribe, localizadas no Oceano Atlântico, próximo a Cuba. 
 
Falência decretada 
 
O grupo sucroalcooleiro Infinity Bio-Energy – controlado pela Tinto Holding, do empresário Natalino Bertin – teve a falência decretada pelo juiz Marcelo Barbosa Sacramone, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo, conforme decisão publicada ontem no Diário Oficial. Natalino Bertin foi condenado por lavagem de dinheiro na Operação Lava-Jato, mas teve sua pena prescrita pelo juiz Sérgio Moro.

A companhia estava em recuperação judicial desde 2009, ainda antes de Bertin assumir seu controle, e no ano passado reduziu parte de sua dívida de R$ 2 bilhões ao passar duas de suas seis usinas a credores. A unidade Usinavi, em Naviraí (MS) foi assumida pelas gestoras Amerra e Carval, enquanto a Ibirálcool, em Ibirapuã (BA), ficou com a Amerra. Com isso, o endividamento da Infinity recuou para menos de R$ 1 bilhão.

Tais dívidas, porém, não estavam sendo pagas, conforme prevê o plano de recuperação. As outras quatro usinas do grupo continuaram sem operar nem gerar nenhuma receita. De acordo com informações dos autos, a empresa mantém em seu quadro de funcionários apenas seguranças, para evitar roubos nas unidades.

De acordo com o plano aprovado no ano passado, três dessas usinas – a Alcana, localizada em Nanuque (MG), a Disa, em Conceição da Barra (ES), e a Cridasa, em Pedro Canário (ES) – também deveriam ter sido vendidas. Contudo, o processo ficou paralisado porque os credores não retiraram o gravame da alienação fiduciária.

A primeira usina a ser alienada seria a Disa, para pagar cerca de R$ 30 milhões aos credores trabalhistas, seguida das demais. Após o pagamento a esses credores, os recursos levantados com os leilões seriam destinados, em sequência, aos credores extraconcursais e concursais.

Porém, a Infinity não constituiu sociedade para a formação de uma unidade produtiva isolada (UPI) para os ativos da Disa dentro do prazo. Com isso, a empresa deixou de pagar os credores trabalhistas, perdendo o prazo em 25 de maio.

Também não foram pagos R$ 341.877 de dívidas com credores extraconcursais (não submetidos à recuperação), que no total têm R$ 177 milhões a receber.

O plano ainda previa que a Infinity ficaria com a usina Cepar, localizada em São Sebastião do Paraíso (MG) e com os canaviais da Cridasa para manter sua atividade econômica. As unidades deveriam ter sido arrendadas, mas os contratos não foram firmados.

Essas quatro unidades, porém, estão há muito tempo sem operar, com indústria e canaviais em deterioração. As usinas Cepar, Cridasa e Alcana não operam desde a safra 2013/14, e Disa não mói mais cana desde meados de 2015/16.

Questionada pelo juiz, a empresa informou nos autos que não possuía recursos para realizar os pagamentos e que seu único plano de atuação para quitar seus créditos seria a alienação das usinas.

A decisão judicial pode ser contestada em segunda instância. Porém, a falência pode facilitar a venda das unidades, segundo fontes que participaram da recuperação.

Agora, as usinas do grupo passarão para uma massa falida, a ser administrada pela Deloitte.

Com informações de Camila Souza Ramos | De São Paulo - Jornal Valor

 

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