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K, Um Forasteiro e Uma Pitada de Sal

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28/09/2015

      Entediado e com muitos relatórios a fazer, procurava algo mais saboroso para o meu feriado. Foi aí que me ocorreu visitar a famosa Pedra do Sal. Meio Praça Mauá, meio Saúde.

O bairro ainda guarda muitas das características dos velhos tempos da capital do Vice-Reino. Fui me empolgando, fotografando e, restrito ao olhar pelas lentes, dei de cara com uma gangue mal encarada numa daquelas ladeiras centenárias. 
- "Ué! Mas não tem UPP por aí?"

Na realidade a rapaziada estava até pacificada, pois depois de perceberem que eu não tinha cara de policial à paisana e de comentar que apenas queria fotografar a igreja vizinha, soltaram um “sem problema, tio!”.


 
Perna pra que te quero. Fui. Coração acelerado com a surpresa e mais fotos de escadarias, casario... cuidei de não focar nas pessoas ou mesmo para o lado delas. Sei lá!

Onde é a Pedra do Sal? Logo vi uma pessoa sentada, queimando um fuminho calmamente. Ele me respondeu que era ali. E começou a me contar que nas noites de fins de semana ali aglomeram-se centenas de pessoas. Não há espaço nem para abrir os braços! “Tem Charm, Hip-Hop, Samba, Chorinho...“ No Mango Mango, em Santa Teresa, a proprietária já havia me convidado para uma jazz session ali. Rola de tudo neste antigo porto de descarga de sal, onde os negros escravos carregavam a sacaria para as saladas e feijoadas coloniais. Há quem chama o pedaço de Rala Bunda. A pedra é áspera. Quase experimentei sua profética e condizente nomenclatura ao tentar fotografar uns grafites laterais.

Lá estava ele. O K. E seu I-Pod. Mostrou-me gravações das noitadas e me disse que era cozinheiro. Legal! Informei que coordeno um projeto social, que tem uma Escola de Talentos de Gastronomia. Ele se interessou, curtiu na fanpage na hora. Eu elogiei o seu belo celular. Ele me contou que comprou o gadget da Apple com sua invenção.

- “Que invenção, K?” “Tortilhas. Que desmancham na boca, de vários sabores e decoradas conforme a receita”. Mostrou uma galeria de fotos. Quase dei dentadas no seu celular. Vocês fariam o mesmo! Ele é talentoso. Quer ingressar na Marinha Mercante. Preparar suas tortilhas em alto-mar. Mas antes me prometeu participar do nosso projeto. Como aluno e como instrutor.

Nossa cidade é maravilhosa há 450 anos. Vou voltar neste lugar outras vezes para me encontrar com a sua história e com as particulares histórias que alimentam as crônicas cariocas que cometo a cada caminhada.

Até a próxima! 

Obrigado K!

Eliezer Batista Ligou A Vale Ao Resto Do Mundo

Galgando vários postos ao longo de sua carreira, até ser nomeado presidente da mineradora coube a ele transformar..


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