O Torneio, que no Brasil é organizado pelo Serviço Social da Indústria – Sesi -, reunirá, nesta seletiva, 40 equipes formadas por estudantes com idades entre 9 e 16 anos de escolas públicas e particulares do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Distrito Federal em torno do desafio TrashTrek, que envolve a busca de soluções para o lixo nosso de cada dia. A seletiva, que classificará cinco equipes para a etapa nacional no mês de março de 2016 em Brasília, contará ainda com desafios realizados na mesa de competição para robôs, além de muita festa e interação, pois esses dois quesitos contam pontos da mesma maneira que os demais.

         No novo desafio, os estudantes terão de identificar um problema na maneira como lidamos com o lixo. A partir daí, eles vão desenvolver uma solução inovadora e, é claro, compartilhar essas ideias com os outros alunos e equipes. Os temas incluem resíduos de comida, resíduos de materiais eletrônicos (telefones, computadores etc), resíduos perigosos (lixo hospitalar, produtos químicos etc.), aterros, processos de reciclagem e classificação do lixo.

         40 equipes de escolas públicas e particulares do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Distrito Federal participam das disputas em quatro categorias diferentes.

         O resultado desse desafio são os projetos de pesquisa que serão apresentados pelos alunos em cada um dos 40 estandes que serão montados na quadra poliesportiva do Sesi de Jardim da Penha. Mas eles também serão avaliados em mais três categorias: Design de robô -- os alunos planejam, projetam, constroem e programam os robôs e depois apresentam o desenho mecânico, a estratégia adotada e a programação desenvolvida; na categoria Core values, o que conta é o trabalho em equipe e a inspiração. E, por último, o Desafio do robô, na qual os robôs autônomos cumprem missões na mesa da competição. 

Projetos inovadores  

         Uma das principais características - e que também contam pontos importantes na avaliação final - é o espírito de equipe e a interação entre os jovens no torneio, com todos fazendo questão de conhecer os projetos de pesquisa de seus colegas. 

         As 40 equipes inscritas para essa seletiva passaram por triagens rigorosas em suas respectivas regiões. Portanto, todas apresentam projetos de pesquisa de altíssimo nível. É o caso da equipe The Kings, do Sesi de Linhares, que desenvolveu uma manta térmica cujo material é composto pelo reaproveitamento de caixas “longa vida” (comumente usadas em leite pasteurizado, sucos e outros) e das peças de isopor que são encontradas em embalagens de eletrodomésticos e que são descartadas após abertas. A junção dos dois materiais foi capaz de criar uma manta térmica que reduz em até 9º C a temperatura interna, pois o alumínio presente na caixa longa vida reflete até 95% do calor dentro dela, e o isopor é um conhecido isolante térmico. Uma idéia simples, porém não imaginada antes, a manta térmica produzida a partir da combinação dos dois materiais pode ser aplicada em infinitas situações onde o máximo isolamento térmico seja necessário.

  

         Ainda no mesmo Sesi de Linhares, a equipe Troia – que, por sinal, foi a vencedora da seletiva regional do ano passado – propõe melhorias na produção de um dos maiores vilões do meio ambiente: a fralda descartável. Os estudantes sugerem a substituição do polietileno utilizado nas fraldas pela fibra obtida das garrafas PET, que é um material altamente reciclável, mais resistente e menos dobrável, o que evita desperdícios e barateia o produto final.

         Direto da Escola Pública Estadual Desembargador Carlos Xavier Paes Barreto, de Vitória, vem o projeto de pesquisa da equipe The Masters, que propõe que a própria unidade escolar se torne um centro de referência na comunidade onde haveria a separação, recolhimento e reciclagem do lixo. O Projeto Reciclínio 2.0 - Lixeira Robótica Separadora de Lixo - sugere criação de uma lixeira inteligente que contém três possibilidades de deposição de resíduos (papel, plástico e metal), trabalhando de forma didática, educativa e dinâmica, contendo informações úteis sobre decomposição de resíduos, impactos ao meio ambiente e práticas corretas do dia a dia. O projeto tem como objetivo despertar em jovens e adultos a consciência acerca da deposição e reutilização do lixo e a consequente preservação do ambiente escolar, provocando novas práticas e também um efeito multiplicador que abranja as suas casas, bairros, comunidades, etc.

Direto da Escola Pública Estadual Desembargador Carlos Xavier Paes Barreto, de Vitória, vem o projeto de pesquisa da equipe The Masters, que propõe que a própria unidade escolar se torne um centro de referência na comunidade, onde haveria a separação, recolhimento e reciclagem do lixo. O Projeto Reciclínio 2.0 - Lixeira Robótica Separadora de Lixo - sugere a criação de uma lixeira inteligente que contém três possibilidades de deposição de resíduos (papel, plástico e metal), trabalhando de forma didática, educativa e dinâmica, contendo informações úteis sobre decomposição de resíduos, impactos ao meio ambiente e práticas corretas do dia a dia. O projeto tem como objetivo despertar em jovens e adultos a consciência acerca da deposição e reutilização do lixo e a consequente preservação do ambiente escolar, provocando novas práticas e também um efeito multiplicador que abranja as suas casas, bairros, comunidades, etc. 

 

Pensando numa aplicação sustentável para o próprio ambiente escolar, os alunos da equipe Roboalfa, da Escola Alfa, de Macaé (RJ), traz uma solução prática e que poderia ser adotada em qualquer unidade de ensino: um sistema de reciclagem de papel que retornaria em forma de folhas artesanais para os próprios alunos utilizarem. E não é só isso. Os alunos ainda propõem a geração de renda com o material reciclado.