Da redação
Os R$ 57 milhões (hoje de acordo com cálculos de economistas, já ultrapassa a casa de R$ 1 bilhão) que foram recebidos de sete agências do Banco do Estado do Espírito Santo – Banestes em 2007, pelo Grupo Infinity Bio-Energy, que foi autorizado pelo ex-governador Paulo Hartung continua sendo ignorado pela Assembleia Legislativa do Espírito Santo – ALES e o Governo do Estado, e outras autoridades legais. Como a empresa Infinity faliu em 2009, e não tem como pagar as dividas, o caso da falência se encontra na Justiça de São Paulo, sem nenhuma perspectiva.
Toda a irregularidade financeira do Banestes aconteceu na residência oficial do Governo na Praia da Costa, em Vila Velha, no dia 9 de março de 2007(que este ano acende a 16ª velinha), quando o documento da liberação dos R$ 57 milhões foi assinado pelo ex-governador Paulo Hartung. Na ocasião assinaram como testemunhas no documento, o ex-vice do PH, Ricardo Ferraço (hoje vice do Renato Casagrande), o ex-Secretário de Estado do Planejamento, Guilherme Dias, pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo – ALES, Guerino Zanon e pelo Presidente do Infinity, Sérgio Schiller Thompson Flores, conforme prova em registro fotográfico.
O Banestes confirmou via e-mail que os R$ 57 milhões foram levados de sete agências do banco no dia 19 de março de 2007, em sete (7) parcelas de R$ 6.123.565,05; R$ 5.5333.587,17; R$ 5.607.782,78; R$ 5.50.588,67; R$ 5.397.958,70; R$ 13.539.228,61 e R$ 11.941.094,69. Especialistas jurídicos e econômicos revelaram em suas explanações, em palestras, que ocorreu um “crime de gestão temerária” que acontece quando há descumprimento de normas de cautela. No caso, o “crime” ocorre quando o banco empresta mais do que deveria a um cliente que não tinha nenhuma garantia para oferecer e tomou riscos que as condições de mercado não aceitariam, colocando em risco o patrimônio de seus clientes.
Os deputados estaduais Gilsinho Lopes, Marcelo Santos e Eustáquio de Freitas em seus pronunciamentos na ALES denunciaram o crime, mas em vão. Mais recentemente o deputado estadual Theodorico de Assis Ferraço Filho tentou reabrir as investigações junta a Presidencia da Assembleia Legislativa do Espírito Santo e não teve êxito. Seu pedido foi arquivado.
A Comissão de Sonegação - ALES e o Governo do Estado se omitem, desde 2011, sobre o caso do Golpe do Etanol, quando a CRISTALCOOP procurou ajuda do Governo Estadual e do Poder Legislativo para reverter o caos social dos produtores de cana, que levaram em 2008, calote de R$ 35 milhões que não pagou elo Infinity aos fornecedores de cana para as usinas. A entidade procurou em vão os poderes!
Até aos dias de hoje (04.03.2023) o Governo do Estado mantem a proibição, não sei com qual poder, para que não sejam abertas denuncias ou processos contra o Grupo Infinity Bio-Energy em qualquer dos órgaos, oficiais ou civis, conforme pode ser comprovado para quem desejar fazer uma tentativa, por causa do total silencio de todos eles.
A CRISTALCOOP e os produtores de cana, que foram induzidos pelo Governo Paulo Hartung (2003-2010) a pegarem dinheiro emprestado com o Banestes para plantarem cana-de-açúcar para fornecer ao Sérgio Flores, tiveram que colocar os “rabinhos entre as pernas” e ficarem calados, e assumirem suas dívidas com o Banco. Muitos venderam suas terras para pagar o Banestes.
Quem tiver coragem de se manifestar, sobre este assunto, contra ou a favor do governo, a coluna está aberta através dos e-mails: dutra7099@gmail.com e paulodutra2002@yahoo.com.br