Por: Redação*
Os agricultores que cultivam eucalipto em áreas com declividade acentuada e vendem a madeira para a Fibria passaram a contar com uma facilidade a mais para desenvolver a atividade. A empresa iniciou o trabalho de colheita mecanizada em propriedades com esse tipo de topografia na região sul do Espírito Santo. A retirada de madeira por meio de máquinas oferece vantagens em relação ao corte manual, já que a empresa fica responsável pela colheita e o transporte da madeira até seus depósitos, reduzindo custos para o produtor e o tempo de execução do trabalho.
A atividade faz parte da modalidade de contrato de compra de “madeira em pé”, que é quando a Fibria fica responsável pela colheita dos eucaliptos plantados pelos produtores rurais. A colheita mecanizada vem ocorrendo no município de Presidente Kennedy, no sul do Espírito Santo, em áreas de produtores independentes, que são aqueles que não possuem contrato de parceria com a empresa.
Posteriormente, a colheita mecanizada será estendida para outras áreas das regiões sul, serrana e central do Espírito Santo, onde também há oferta de madeira e a topografia dos terrenos é uma característica comum. Também deverá ser adotada em novos contratos do Programa Poupança Florestal nessas regiões, segundo Jairo Dal’Col, gerente de Colheita e Poupança Florestal da Fibria. Por esse programa, a empresa incentiva o cultivo de eucalipto e firma com o produtor rural um contrato envolvendo todo o ciclo da planta, fornecendo mudas, assistência técnica e garantia de preço.
Uma empresa especializada, com know-how e equipamentos adequados, foi contratada pela Fibria para prestar o serviço de colheita mecanizada. Segundo o coordenador de Colheita Florestal da Fibria, Rodrigo Junior Toreta, as atividades de corte e baldeio (retirada) da madeira tornam-se muito mais rápidas, com maior nível de segurança, qualidade e ergonomia.
Em uma área com volume de 2.000 m³ – que corresponde a 8 hectares de plantio ou 9.400 árvores adultas – na região serrana, por exemplo, a entrega realizada pelo produtor no depósito da empresa ocorre num prazo de 4 a 6 meses. Nesse período, ele recebe pela madeira de forma fracionada a cada 15 dias. “Com a colheita realizada pela Fibria, o mesmo volume leva três dias para ser colhido e outros 30 dias para ser levado até o depósito, quando a atividade é realizada de forma contínua”, explica. A colheita mecanizada também é vantajosa para a Fibria, que passa a ter mais controle sobre o fluxo de abastecimento de madeira na fábrica.
Um dos produtores beneficiados com a colheita mecanizada é Gedeão Seraphim, cuja propriedade está localizada no distrito de Santa Lúcia, em Presidente Kennedy. Ele destaca que a colheita mecanizada é mais precisa e bem-feita que a manual. “É um procedimento mais profissional, em que tudo é retirado, não ficam sobras”, disse, lembrando que em 60 dias será possível retirar madeira de 60 hectares em sua propriedade, enquanto antes essa colheita levava mais de um ano.
Vantagens da colheita mecanizada para os produtores
Mais agilidade na colheita e retirada da madeira da propriedade;
Pagamento mais rápido;
Caso após o corte a área seja conduzida para rebrota, a floresta será muito mais homogênea em razão da velocidade da colheita;
Melhor aproveitamento das árvores no corte mecanizado, gerando maior volume de madeira em relação ao corte com motosserra;
Produtor não precisa empenhar tempo para negociar com vários provedores, já que a colheita e transporte não serão de sua responsabilidade;
Infraestrutura interna de estradas da propriedade recebe reparos e melhorias pela Fibria para escoamento da madeira.