Um fato público e notório chamou a minha atenção, sobre os movimentos do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-ES)! Enquanto a presidente Dilma Rousseff (PT-MG) buscava oxigênio para rebater a decisão do presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (que recebeu o pedido de impeachment ), Temer iniciou visitar aos governadores do PMDB, PSDB e outros partidos aliados, para conversar secretamente. Mas o quê? Nem a imprensa descobriu, foi tudo em sigilo.
Há uma informação, não oficializada, de que o vice-presidente está ansioso pela deposição da Dilma! Ou seja, supõe-se que Temer esteja organizando uma frente de governadores a favor da troca de guarda no Palácio do Planalto. O vice-presidente esteve no Espírito Santo reunido com o governador Paulo Hartung (PMDB), porém a imprensa não conseguiu conversar com ele. Entrou mudo e saiu calado do Estado
Mas para o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, esta postura não cabe na biografia do vice-presidente. Para o ministro, num momento como este, flertar com o impeachment não condiz com ele (Temer). Mas, pelas movimentações de Temer, a suposta participação de Temer em um complô para tirar Dilma do governo, parece que está escrito nas estrelas..
Estou escrevendo isto, porque o governo começa a construir seu plano de combate para derrotar o pedido de deposição da presidente. A intenção dos organizadores governistas é colocar Dilma pessoalmente para atrair o apoio de pesos pesados do Produto Interno Bruto - PIB. Lula ficará responsável pela “infantaria”, buscando a adesão das ruas. Ministros políticos tentarão desorganizar a base de Eduardo Cunha, trabalhando para herdá-la caso o presidente da Câmara caia antes de o impeachment ser votado em plenário. O Planalto corre e tenta resolver tudo tal qual uma guerra-relâmpago. Dilma jura de pés juntos, que “confia em Temer”.
Bom, para quem não sabe, a oposição tem agora Eduardo Cunha como franco atirador, cujo alvo, a princípio, é o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner. Cunha promete revelar, “no momento certo”, os detalhes das três últimas conversas que manteve com o homem forte do governo Dilma, Wagner, antes de anunciar o impeachment. Será que o plano de Temer é o mesmo da Dilma? Quem viver verá!