Apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão organizando pelas redes sociais um protesto curioso. A convocação para o dia 3 de fevereiro, um sábado, é para um churrasco no triplex do Guarujá, que, segundo a denúncia que levou a condenação do petista pelo Tribunal Regional Federal (TRF4) nessa quarta-feira (24) pertence ao petista. “Se o triplex é do Lula, então o triplex é do povo”, anunciam os organizadores, que integram a União Nacional dos Estudantes (Une).

 

No evento no Facebook já há 37 mil confirmados e outros mais de 100 mil interessados. As indicações são para levar cervejinha gelada e uma cachacinha pra “protestar com os compas no churras de inauguração do apartamento novo do Lula”. “Afinal, os novos vizinhos do presidente precisam conhecer os amigos dele”, diz o post. 

Segundo Camila Ribeiro, coordenadora do circuito de cultura da Une e uma das organizadoras, o evento não é institucional da entidade representante dos estudantes. “A UNE tem seus fóruns para aprovar suas ações. Essa não é uma ação institucional da entidade. O evento tem tomado proporções gigantes, estamos sendo surpreendidos por muita gente querendo ajudar a organizar”, disse. 

A ideia, segundo ela, é ocupar a frente do prédio. Camila não soube dizer quantas pessoas comparecerão de fato. “É difícil mensurar depois que o evento viralizou na rede. Mas estamos organizando para estar com umas 2000 pessoas lá”, afirmou.

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Vaquinha

Devido ao sucesso da ideia do churrasco nas redes sociais, os organizadores abriram uma vaquinha virtual na quinta-feira (25), com o objetivo de arrecadar R$ 1 mil. Até a manhã de sexta-feira (26), foram conquistados R$ 150. 

Em uma das vezes que falou sobre o triplex, sempre negando ser dono, o ex-presidente Lula disse que se o local é dele, então, vai doar aos sem-teto. “Queria fazer uma proposta para vocês. Se os imóveis forem meus, estejam preparados para ganharem dois apartamentos e uma chácara”, afirmou, se referindo também ao sítio de Atibaia.  

Lula foi condenado pelo juiz Sérgio Moro e, nesta semana, pelo TRF4 por ter, segundo os magistrados, se beneficiado de um apartamento do triplex no Guarujá, que teria sido dado pela empreiteira OAS como propina por contratos na Petrobras.