No próximo dia 7 de outubro, domingo, os brasileiros irão novamente às urnas para escolher um novo presidente da República. O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) realizaram uma pesquisa para saber quais são as características e as ações desejadas para quem estará no cargo mais elevado do Poder Executivo no próximo mandato.
O levantamento apontou as ações que devem ser priorizadas por quem vencer a disputa. Para 47% dos brasileiros o combate à corrupção está no topo da lista e deve ser a prioridade do novo governante. Já para 39% está o investimento na saúde e para 33% o investimento na educação. Em seguida aparecem a segurança pública (32%) e a geração de empregos (29%).
Ao avaliar como deveria ser o próximo presidente, 70% desejam que seja alguém que realize projetos de melhorias para a população na saúde e educação e em obras de infraestrutura. Para 28,6% o chefe do Poder Executivo deve ser uma pessoa do povo, próximo da população.
Entre as principais características pessoais que são determinantes para que o candidato receba o voto do eleitor, estão a honestidade (50%), ser alguém que cumpre o que promete (35%) e que saiba abrir mão dos seus interesses particulares em benefício dos interesses da população (32%).
Já a maior parte dos entrevistados (63%) afirma que não votaria de forma alguma em um candidato envolvido em escândalos de corrupção e 34% jamais votariam em alguém distante da população e que não conhece os problemas do povo.
A pesquisa mostra também que 47% dos brasileiros estão indiferentes com a eleição presidencial de 2018, por acreditarem que tudo continuará a mesma coisa. Outros 26% estão otimistas, acreditando que as coisas vão melhorar e 16% estão pessimistas.
Entre os que acreditam na melhora do país após as eleições, os principais motivos são a crença de que o próximo presidente poderá tirar o Brasil da crise (47%) e porque os políticos e empresário corruptos estão sendo presos (34%).
Entre os que acham que as coisas vão piorar depois das eleições, os principais motivos são considerar que o povo brasileiro não sabe votar e nem mesmo cobrar seus governantes sobre a realização das promessas feitas (50%); porque os principais políticos e empresários envolvidos em corrupção ainda não foram presos ou punidos (49%); e porque mesmo com as prisões e investigações já realizadas a corrupção não acabou (44%).
A nota média para a esperança de que o Brasil vai melhorar depois das eleições é de 5,6, em uma escala de 0 a 10.
Mesmo com um índice alto de brasileiros que se dizem indiferentes ao resultado do próximo pleito, sete em cada dez entrevistados esperam que o novo governante faça uma grande mudança em relação ao que vem sendo feito pelo atual governo federal (74%). Outros 20% desejam mudanças, mas também querem a manutenção de alguns programas e reformas e somente 6% esperam continuidade às diretrizes do atual presidente.
De acordo com o superintendente do SPC Brasil, Flávio Borges, avaliando os dados apresentados na pesquisa, ainda não há consenso entre os brasileiros em relação às reformas estruturais em andamento no país. Algumas são consideradas fundamentais e deveriam prosseguir, diz ele, enquanto outras são tratadas com menos importância. "Neste caso, boa parte dos entrevistados pensa que o melhor seria o presidente eleito em 2018 interrompê-las, ou então continuar com elas, desde que haja correções de rumo", afirma.
A diversidade de opiniões demonstra que o tema é complexo, e que o novo presidente terá dificuldades para implementar algumas dessas medidas, mas, apresentar os possíveis ganhos e consequências para a população.
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