O que o Governo do Estado do Espírito Santo pretendia desde 2003, o de reduzir a violência, e que estava chegando lá, mas na hora de tirar a Nota Dez, foi tudo para o brejo com a manifestação da Polícia Militar que paralisou todas as atividades. Iniciada no último sábado, dia 4, a violência no Estado bateu todos os recordes de assassinatos da sua história capixaba, desde 1535, quando foi iniciada a Colonizaçao do Solo Espírito Santense. Até às 12 horas, de hoje (9.02), mais de 100 pessoas haviam sido assassinadas, de acordo com as informações da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, da Secretaria da Segurança Pública.
A greve da PM no Espírito Santo gerou um tsunami de violência histórico no estado. Foram mais de 200 lojas saqueadas desde o fim de semana e o prejuízo para o comércio passa dos R$ 120 milhões. A situação que mais tem chamado atenção é o fato de a própria população estar cometendo crimes devido a ausência da polícia. Algumas dessas pessoas, envergonhadas com o que ouviram nas emissoras de rádios e viram na televisao e no jornal, agora estão procurando a polícia para devolver os furtos.
Isso mostra que sem a Polícia Militar não há governabilidade! Se não houver polícia na rua, a bandidagem livremente se aproveita para fazer o que podemos chamar de selvageria. A expectativa é de que o governo do Estado dialogue com a PM e queira nunca medir força com a PM. Do contrário o povo vai continuar sendo massacrado pelos bandidos, já que isto não afeta o governador, o vice-governador, os senadores, os deputados federais, os deputados estaduais, os desembargadores, os juízes, os promotores e os conselheiros, todos eles, que contam com uma Segurança Especial. Afinal, quem está errado? A PM ou o Governo do Estado?