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Gestão Temerária do Governo em 2007 Causa Rombo de R$ 57 mi no Banestes

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10/03/2018

Os R$ 57 milhões foram retirados do cofre do Banco do Estado do Espírito Santo - Banestes em 2007, sem nenhuma garantia legal, apenas com a promessa da empresa Infinity Bio-Energy feita ao Governo do Estado do Espírito Santo de um investimento de mais de R$ 1 bilhão na indústria do etanol no Norte do Estado o que garantiria milhares de empregos naquela região. Tudo aconteceu na residencia oficial do Governo na Praia da Costa, em Vila Velha, aqui no Estado, quando o presidente do Infinity, o diplomata e empresário brasileiro Sérgio Thompson Flores, foi recebido pelo governador Paulo Hartung, pelo vice-governador Ricardo Ferraço, pelo Secretário de Estado do Planejamento, Guilherme Dias e o pelo presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo-ALES, Guerino Zanon, conforme registro na foto do texto. 
Como o Banestes se nega fornecer uma cópia do contrato de empréstimo do dinheiro, ninguém sabe quem assinou a autorização do empréstimo. Uma coisa é certa, alguém assinou o documento autorizando o empréstimo. O banco confirmou apenas que os R$ 57 milhões foram levados em sete (7) parcelas de R$ 6.123.565,05; R$ 5.5333.587,17; R$ 5.607.782,78; R$ 5.50.588,67; R$ 5.397.958,70; R$ 13.539.228,61 e R$ 11.941.094,69 e foram assinadas sete duplicatas sem garantia nenhuma.
Especialistas jurídicos e econômicos revelam em suas explanações, em palestras, que ocorreu uma "crime de gestão temerária" que acontece quando há descumprimento de normas de cautela. No caso, o "crime" ocorre quando o banco empresta mais do que deveria a um cliente que não tinha nenhuma garantia para oferecer e tomou riscos que as condições de mercado não aceitariam, colocando em risco o patrimônio de seus clientes. Os R$ 57 milhões hoje representam uma soma vultosa no expediente da dívida ativa do banco e que será paga pelos seus clientes.
Em 19 de dezembro de 2016, o deputado estadual Gilsinho Lopes em seu pronunciamento na Assembléia Legislativa do Espírito Santo – ALES disse que 
“...O Banestes é um Banco que está com a saúde financeira muito boa e temos a preocupação porque Guilherme Dias está por sair e foi um dos defensores para a não privatização do Banestes, considerando a lucratividade que eles têm, os servidores do Banestes recebem todo dia 15, são um dos primeiros servidores a receber. Mas tem muita gente aqui dentro do Estado do Espírito Santo envolvida com calotes no Banestes. Tivemos um empréstimo na ordem de cinquenta e sete milhões do grupo Infinity, da indústria alcooleira, em Cristal, que deu um rombo no Banestes e deixou o Norte do estado totalmente carente de recurso e de emprego. O Senhor Deputado Gildevan Fernandes sabe muito bem do que estou falando. O grupo Infinity, que foi trazido para este estado por pessoas do estado, já havia dado tombo nos Estados Unidos e tiveram o aval de pessoas influentes dentro do estado...”
Quem desejar ler o discurso na íntegra está no link: www.al.es.gov.br/appdata/anexos_sptl/ata_sessao.../Ordinária_121_19.12.2016.pdf
Outros deputados, Marcelo Santos (PMDB) e Eustáquio de Freitas chegaram a fazer pedidos em plenário para abertura de uma CPI com a mesma finalidade.
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