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Os Governantes Republicanos do ES de Afonso Cláudio a José Ignácio Ferreira

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21/11/2019 - por Paulo César Dutra

A história político-administrativa do Espírito Santo é dividida em três etapas, que compreendem o período colonial que se prolongou por quase 300  anos, o monárquico, dirigido por 100 governantes, e o republicano (a partir de 15 de novembro de1889), caracterizado por revoluções e início do processo de desenvolvimento econômico.

Tudo começou a partir do pioneiro Vasco Fernandes Coutinho, que chegou aqui em 23 de maio de 1535, como donatário designado pela Coroa de Portugal, para desenvolver a Capitania do Espírito Santo. Ele enfrentou, além dos índios ferozes, uma série de entraves para o crescimento da Capitania. Depois da administração de Vasco, os outros governantes, entre eles, seus herdeiros, não tiveram o menor  interesse no progresso da Capitania. Por exemplo, após ter sido encerrado de fato o critério de hereditariedade que determina a sucessão do governo, a Capitania foi entregue a capitães-mores que mais nada fizeram do que impor a cobrança de tributos aos primeiros colonos,  além de impedir o acesso de invasores à região das Minas Gerais, pelo Rio Doce.

Em 1800 iniciava-se na Europa uma guerra entre a França e a Inglaterra, quando Napoleão Bonaparte, o imperador francês passou a ameaçar os países aliados dos ingleses, entre eles Portugal. Foi quando, sem poder lutar contra os franceses, a corte de Portugal, tendo a sua frente o rei Dom João VI, decidiu se transferir para o Brasil, para não enfrentar Napoleão. E assim foi inaugurado o período monárquico, governado por presidentes provinciais indicados pelo Imperador do Brasil, Dom João. A galeria de nomes atinge a aproximadamente 100 desses governantes. Pouco se sabe dessas administrações face à precária memória existente nos órgãos públicos oficiais. Segundo historiadores, o processo de grande rotatividade gerou uma pouca  vinculação desses presidentes aos problemas da província. 

Quando Napoleão foi derrotado, pelos ingleses e aliados, Portugal ficou livre das invasões francesas. Em 1821, Dom João VI então retornou com a família real para seu reinado em Portugal e deixou aqui o herdeiro príncipe Dom Pedro I.  O reinado de Pedro aqui no Brasil durou 10 anos, tendo ele abdicado o trono para o filho Dom Pedro II, que tinha na época pouco mais de 5 anos de idade. Pedro I voltou para Portugal, sua terra natal, onde morreu três anos depois. Pedro II ficou no trono durante 68 anos, até 15 de novembro de 1889, quando foi deposto e expulso do país, pelos republicanos. O período republicano deságua com a Proclamação da República e o marechal Manuel Deodoro da Fonseca foi um militar e político brasileiro, primeiro presidente do Brasil e uma das figuras centrais da Proclamação da República no país. O Espírito Santo teve Afonso Cláudio de Freitas Rosa como seu primeiro presidente de Estado ila Velha.

A República

Afonso Cláudio de Freitas Rosa (de 21.11.1889 a 09.09.1890) – O 1º governador da República do Estado do Espírito Santo,  capixaba do município Santa Leopoldina, foi nomeado pelo presidente da República, marechal Manuel Deodoro da Fonseca, no dia seguinte ao da implantação do sistema republicano no Brasil. Ele tomou posse no dia 22 de novembro de 1889, porém não chegou a permanecer um ano à frente do governo por problemas de saúde.  Afonso Cláudio não pode realizar no governo todos os planos que, por certo, arquitetara como idealista da propaganda republicana. Faltava-lhe o aprendizado da administração. Era inexperiente na arte de governar e encontrou o Tesouro Estadual falido. Para atender às despesas do funcionalismo, teve que apelar para um empréstimo de 90:000$000Rs (noventa conto de réis), concedido pelo ministro da Fazenda, conselheiro Rui Barbosa. Em seu período, os recursos locais não permitiam a indispensável resistência aos embates provocados pela revolução no setor da economia  e das finanças. Outros obstáculos marcaram seu governo e eram alimentados pelos políticos remanescentes dos antigos partidos do Império. 

José Horácio Costa – 7 a 9 de setembro de 1890- Pernambucano nascido em Recife e radicado no Espírito Santo, foi Juiz Municipal de Anchieta e jornalista. Ele era abolicionista, tendo sido foi nomeado segundo vice-governador de Afonso Claudio, mas só assumiu interinamente o governo em um pequeno período de 7 a 9 de setembro de 1890, até que o novo governador fosse nomeado.
 
Constante Gomes Sodré – 9.09 a 20.11.1890 - Capixaba de São Mateus,  foi o terceiro presidente do estado do Espírito Santo, indicado pelo presidente da República, marechal Deodoro da Fonseca. A ele coube promover a primeira qualificação eleitoral republicana, a eleição dos representantes do Estado à Constituinte Federal e decretar a Constituição Provisória Estadual que vigorou até a promulgação da Carta elaborada pelo Congresso Nacional. Sodré deixou o cargo, passando a direção do Espírito Santo para o tenente-coronel Henrique da Silva Coutinho. 

Tenente-coronel Henrique da Silva Coutinho –  20.11.1890 a 11.03.1891 - Capixaba de Vitória, latifundiário, em sua primeira experiência à frente da administração pública estadual, não passou quatro meses no cargo, tendo renunciado por não se adaptar com o mandato, entregando a presidência da província ao executivo Antônio Gomes Aguirre em 11 de março de 1891.

Antônio Gomes Aguirre – 11.03.1891 a 7.06.1891 - Abolicionista e republicano, pela segunda vez assumiu o governo, tornando-se um dos mais destacados militantes da campanha republicana que acabou com a monarquia no Brasil. Foi um dos fundadores do primeiro clube republicano do Espírito Santo, no ano de 1887, em Cachoeiro de Itapemirim, e um dos redatores do jornal O Cachoeirano, ligado àquele movimento. Em 1888, no Primeiro Congresso Republicano realizado no Espírito Santo, foi eleito para a comissão incumbida de coordenar a ação dos clubes da província, da qual também fazia parte Afonso Cláudio. Foi governador do Espírito Santo, de 11 de março a 7 de junho de 1891, fazendo apenas encontros políticos, principalmente com os mais ligados à monarquia.

Coronel Alfeu Adelfo Monjardim de Andrade e Almeida, o Barão de Monjardim – Apoiado pela União Republicana Espirito – Santense, ele chegou a poder, em 7 de junho de 1891, através de eleições que se processaram para o Congresso Constituinte Estadual. Barão de Monjardim iniciou seu período de governo justamente quando o cenário federal crescia a incompatibilidade entre o marechal  Manoel Deodoro da  Fonseca e o Congresso Nacional. Com o golpe de 3 de novembro de 1891, do vice-presidente da República, o marechal Floriano Vieira Peixoto, com os congressistas que não queriam mais Deodoro da Fonseca na presidência, o Barão de Monjardim reagiu contra, como quase a unanimidade dos governadores estaduais. Ele apoiava, também,  a permanência de Deodoro na Presidência da República. Com isso, selou o destino do seu governo e teve que deixá-lo, no dia 3 de novembro de 1891,  para seu vice-governador Antônio Aguirre.

Antônio Gomes Aguirre – Pela segunda vez, num curto espaço de temo, Aguirre assumiu o governo no dia 3 de novembro de 1891, mas não chegou a ficar muito tempo, pois fazia parte do grupo que havia tentado evitar o golpe de destituição do marechal Deodoro da Fonseca.  Com a chegada do marechal Floriano Vieira  Peixoto à Presidência da República, em 23 de novembro de 1891, Antônio Aguirre foi pressionado a abandonar o cargo, e em seu lugar assumiu uma junta governativa, no dia 8 de dezembro de 1891. Junta Governativa- Era formado pelo coronel Inácio Henrique de Gouveia, Graciano dos Santos Neves e Galdino Teixeira Lins de Barros Loreto. A junta governativa assumiu em 8 de dezembro de 1891 e  permaneceu até 03 de maio de 1892. Neste período foram promulgadas as novas constituições, a nacional e as estaduais. Os governadores passaram a ser eleitos pelas assembléias legislativas dos Estados e não mais indicados pelo presidente da República. 

José de Melo Carvalho Muniz Freire – 3.05.1892 a 23.05.1896 - Com a promulgação da nova  Constituição, Muniz Freire foi eleito pela Assembleia Legislativa do Espírito Santo presidente do estado do Espírito Santo, nome conferido aos governadores pela Constituição estadual de 1892. A sua eleição seguida de posse como presidente do Estado, em 3 de maio de 1892, Muniz Freire deu início a uma nova fase para o Espírito Santo. Teve início a estabilidade administrativa, porque foram fixados os períodos governamentais, em dispositivo constitucional, e coincidentemente com o quatriênio de grandes realizações.  Muniz Freire teve por metas prioritárias de seu governo as vias férreas, a ocupação do solo e a produção agrícola.  

Graciano dos Santos Neves – Ele fez parte da junta governativa, com o coronel Inácio Henrique de Gouveia e Galdino Teixeira Lins de Barros Loreto, que esteve à frente do executivo no período de 8 de dezembro a 3 de maio de 1892. Graciano Neves não teve a sorte do seu antecessor  de Muniz Freire. Encontrou o Estado em situação financeira ruim, quando assumiu em 23 de maio de 1896, face a baixa no preço do café, de forma que não foi possível dar continuidade às obras planejadas pelo seu antecessor e nem mesmo dar prosseguimento ao que já havia sido iniciado, à exceção da via férrea. Graciano desagradou correligionários políticos por ter desenvolvido uma prática de contenção de despesa.  Tal fato o levou a renunciar o seu mandato de governador em 23 de setembro de 1897, assumindo em seu lugar o vice-governador Constante Gomes Sodré.

Constante Gomes Sodré - Sodré voltou a ocupar o governo em 23 de setembro 1897, em função da renúncia de Graciano Neves. Em menos de quatro meses de governo, não teve como arranjar a casa e renunciou também. Ficou até 06 de janeiro de 1898, quando assumiu José Marcelino Pessoa de Vasconcelos.

José Marcelino Pessoa de Vasconcelos -  Eleito em obediência a um dispositivo constitucional, por causa da vacância do cargo de presidente do Estado. Assumiu o cargo em 06 de janeiro de 1898 e ficou até 23 de maio de 1900.

José de Mello Carvalho Muniz Freire -  Ao ser levado pela segunda vez ao poder, Muniz Freire que, em seu primeiro mandato esbanjou competência e honestidade, desta vez teve uma gestão mais infeliz. Ele assumiu em 23 de maio de 1900, na virada do século XIX. Circunstâncias adversas tiraram-lhe todas as possibilidades de realizar obras e projetos tais como a crise do café e o prolongamento da seca no Espírito Santo.

Além disso, somou-se a esta situação a derrocada financeira. Muniz  Freire não teve outra alternativa do que pedir moratória aos credores estrangeiros. Ele concluiu seu mandato, mas sem sucesso na administração, em 23 de maio de 1904.

Argeu Hortêncio Monjardim – de 23 de maio de 1904 a 16 de junho de 1904. Era filho do Barão de Monjardim. Argeu Hortênsio Monjardim foi um político brasileiro. Foi vice-governador do estado do Espírito Santo em 1904 e governou o estado por três semanas, até que o governador eleito, Henrique da Silva Coutinho, foi considerado apto para exercer o cargo. Era filho de Alfeu Adolfo Monjardim de Andrade e Almeida, o Barão de Monjardim. Era primo de segundo grau e posteriormente tornou-se genro de José de Melo Carvalho Muniz Freire.

Tenente-coronel Henrique da Silva Coutinho – Depois de amargar uma má experiência no seu primeiro mandato, Henrique Coutinho foi eleito para um novo mandato, desta vez de quatro anos para ficar à frente do Governo do Estado. Porém recebeu o governo de Muniz Freire em crise, e não conseguiu  acabar com ela. Tido como cidadão sensato e prático, Henrique Coutinho permaneceu atento à realidade da situação, de forma que pautou sua gestão dentro dos princípios de rigorosa economia, procurando a manutenção do equilíbrio das finanças mediante contenção de despesas. Do seu governo registra-se a atenção dispensada aos problemas do ensino da imigração. O segundo mandato de Henrique Coutinho foi de 16 de junho de 1904 a 23 de maio de 1908.
  
Jerônimo de Souza Monteiro - Assumiu o governo do Estado em 23 de maio de  1908, e como primeiro ponto de sua administração, promoveu a pacificação dos partidos políticos, conseguindo uma nova agremiação: o Partido Republicano Espirito Santense, cuja presidência assumiu.  Sua operosidade atingiu todo o Estado do Espírito Santo. Em Vitória, a Capital do Estado, Jerônimo Monteiro cuidou de implantar a infra-estrutura básica com a construção de rede de esgotos, iluminação elétrica e sistema de água. Inaugurou-se também em seu governo as linhas de bondes elétricos e o Parque Moscoso ( que existe até hoje, como uma das poucas opções de lazer do centro deVitória). Conclui sua administração em 23 de maio de 1912, com saldo positivo.

Coronel Marcondes Alves de Souza –  Governou de 23 de maio de 1912 a 23 de maio de 1916, e sua administração foi atingida pelos reflexos da Primeira Grande Guerra Mundial, em 1914. Com a redução do ritmo do progresso, Marcondes de Souza resumiu sua administração em dar continuidade a algumas obras iniciadas pelo seu antecessor, Jerônimo Monteiro, como, por exemplo, a construção da Vila Militar. 

Bernardino de Souza Monteiro – No auge da Primeira Grande Guerra Mundial, em 23 de maio de 1916,  ele assumiu o Governo do Espírito Santo enfrentando uma série de dificuldades financeiras. Mesmo assim, Bernardino Monteiro conseguiu  traçar a política rodoviária do Estado, considerado um verdadeiro milagre administrativo. Ele construiu as estradas Vitória a Santa Teresa (checar essa informação) e a de Castelo a Muniz Freire. Em 23 de maio de 1920, Bernardino encerrou sem mandato com bons resultado.

Coronel Nestor Gomes -  Assumiu o Governo do Estado num clima dos mais tumultuados já registrados na história do Espírito Santo. Sua posse em 23 de maio de 1920, aconteceu debaixo de um intenso tiroteio, causando terror e pânico. Alegavam que ele era inelegível pelo fato de possuir a concessão da Estrada de Ferro Itabapoana. Nestor Gomes concluiu o mandato em 23 de maio de 1924.

Florentino Avidos – Retomando o impulso que caracterizou a administração Jerônimo Monteiro, Florentino Avidos assumiu o Governo do Espirito Santo, em 23 de maio de 1924, e acelerou  o ritmo de progresso do Estado, iniciando uma série de obras, dentre as quais de saneamento, transporte e habitação. Foi no seu governo que se construiu o Teatro Carlos Gomes, a avenida Jerônimo Monteiro ( principal avenida da Capital),  a Imprensa Oficial, o Arquivo Público, os mercados da Capixaba e da Vila Rubim. Construiu também,  a ponte que hoje tem o seu nome, conhecida como as Cinco Pontes (Ponte Florentino Avidos) ligando a capital ao continente. O ensino público estadual foi incrementado neste período de governo. Florentino Avidos concluiu seu governo em 30 de junho de 1928, como um dos melhores administradores do Estado.

Aristeu Borges de Aguiar – Advogado e professor, foi eleito pela unanimidade  dos partidos políticos e assumiu o cargo em 30 de junho de 1928. Ele não alterou a fisionomia do Estado durante os 28 meses de sua administração e assistiu à mais terrível queda do café, jamais registrada na histórica econômica da América: o fechamento da Bolsa de Valores de Nova Iorque, nos Estados Unidos, em outubro de 1929. Ele  enfrentou ainda o movimento revolucionário de 1930. Ficou solidário com o presidente Washington Luiz Pereira de Souza e foi obrigado a deixar o cargo, com a vitória do movimento, porque foram derrubados os governos estaduais e implantado os interventores. Aristeu Borges foi afastado em 16 de outubro de 1930, e para seu lugar o primeiro interventor da Era de Vargas. 

Coronel José Armando Ribeiro de Paula – Ficou pouco mais de um mês no cargo de governador, atendendo uma determinação do Presidente da República, Getúlio Dornelles Vargas, de 16 de outubro  a 19 de novembro de 1930.

Junta Governativa -  Num curto período de quatro dias ( 19.11.1930 a 22.11.1930), o Espírito Santo foi governador por uma junta formada pelo Capitão João Punaro Bley, João Manuel de Carvalho e Afonso Corrêa Lírio.

Capitão João Punaro Bley – Ele foi interventor federal de 1930 a 1935, e durante o período de 1937 a 1943. De 1935 a 1937, foi governador constitucional. O governador Bley ficou no comando do Estado de 22 de novembro de 1930 a 21 de janeiro de 1943. O substituto do governador Bley era Celso Calmon Nogueira da Gama (quem foi este cidadão?). Os dois primeiros anos do Governo João Bley foram marcados pelo tumulto e muita confusão resultantes de crises financeiras e políticas. Firmada a situação financeira, o governo adquiriu o Teatro Carlos Gomes, deu nova ênfase à Santa Casa de Misericórdia, na Vila Rubim, em Vitória, e auxiliou a construção do Orfanato Cristo Rei, em Cariacica. Construiu também o Hospital Colônia para hansenianos, em Cariacica, e iniciou o cais do porto de Vitória.  Na área do ensino, o governador Bley criou o Departamento de Educação Física, hoje incorporado à Universidade Federal do Espirito Santo – Ufes, como curso de Educação Física.  Oficializou a Faculdade de Direito do Espírito Santo, hoje também incorporado à Ufes.

Celso Calmon Nogueira da Gama – 22 de novembro de 1930 a 21 de janeiro de 1943 - Nasceu em Linhares (ES), no dia 22 de outubro de 1883, filho do Coronel Augusto Calmon Nogueira da Gama e de Domitilla de Alvarenga Nogueira da Gama. Começou o antigo primário no Estado do Espírito Santo e depois foi para o Colégio São Vicente de Paulo, no Rio de Janeiro. Fez o curso de Humanidades no Colégio Salesiano, de Niterói, passou pelo Seminário do Rio Comprido e pelo Colégio Alfredo Gomes, ambos no Rio de Janeiro.  Encerrou sua carreira pública no dia 22 de janeiro de 1943. Ele faleceu no dia 13 de abril de 1944, aos 61 anos.

Jones dos Santos Neves – de 21 de janeiro de 1943 a 27 de outubro de 1945, foi interventor em substituição ao capitão João Punaro Bley. O planejamento de sua gestão foi organizado através do Plano de Valorização Econômica, que estabeleceu prioridades de governo. Acreditando que o Espírito Santo não poderia ficar dependendo do café, pretendeu estruturar as bases de um processo industrial. Absorveu quase metade da receita estadual e concentrou-se nas seguintes áreas: Transportes com aparelhamento e ampliação do Porto de Vitória. Ampliação das vias rodoviárias - Vitória/Colatina, Vitória/Cachoeiro de Itapemirim e Cachoeiro/Alegre/Guaçuí e o início da pavimentação asfáltica no Espírito Santo.  Construção da ponte sobre o rio Doce, em Linhares, facilitando a comunicação e o escoamento da produção do norte e noroeste do estado.

José Rodrigues Sette -  de 27 de outubro a 06 de novembro de 1945- foi nomeado interventor federal no Espírito Santo em 27 de outubro de 1945, em substituição a Jones dos Santos Neves. Tomou posse na mesma data e, com a deposição de Getúlio Vargas dois dias depois, permaneceu no cargo apenas até o dia 6 de novembro, quando foi substituído pelo desembargador Otávio de Carvalho Lemgruber.

Otávio de Carvalho Lengruber – de 6 de novembro de 1945 a 27 de fevereiro de 1946. Ele nasceu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, no dia 21 de janeiro de 1892. Formou-se em direito pela Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro, em dezembro de 1916. Iniciou carreira pública em 1917 como promotor de Justiça da comarca de Guandu (ES), posteriormente denominada Afonso Cláudio.  Solteiro e sem filhos, faleceu em 19 de novembro de 1952.

Aristides Alexandre Campos– de 27 de fevereiro a 8 de junho 1946. Ele foi o terceiro interventor federal no Espírito Santo após a deposição de Vargas em 29 de outubro de 1945. Sucedendo Otávio de Carvalho Lemgruber, governou o estado de 20 de fevereiro a 7 de outubro de 1946, quando transferiu o governo a Ubaldo Ramalhete Maia.
 
Ubaldo Ramalhete Maia– de  8 de junho a 14 de outubro de 1946. Nasceu
 em Santa Leopoldina (ES) no dia 8 de agosto de 1882, filho de Antônio Ramalhete Maia e de Ana Ramalhete Maia.  Após concluir os estudos primários em Vitória, fez o curso de humanidades no Externato Santos Pinto, bacharelando-se em ciências jurídicas e sociais em 1905 pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Faleceu no dia 18 de junho de 1950.  Foi casado com Acidália Lélis Ramalhete, com quem teve quatro filhos.
 
Moacyr Ubirajara Moreira da Silva– de 14 de outubro de 1946 a 29 de março de 1947 – O substituto era Ciro Vieira da Cunha. Ele foi nomeado interventor federal no Espírito Santo pelo presidente Eurico Gaspar Dutra, em substituição a Aristides Alexandre Campos. Exerceu o cargo de 7 de outubro de 1946 a 29 de março do ano seguinte, quando transmitiu o governo a Carlos Fernando Monteiro Lindenberg, eleito governador em janeiro de 1947. Entre 26 de novembro e 12 de dezembro de 1946, foi substituído interinamente por Ciro Vieira da Cunha. 
 
Carlos Fernando Monteiro Lindenberg – Ocupou a cadeira de governador pela primeira vez, em 29 de março de 1947, 14 meses depois do final da Era Vargas (Getúlio Vargas ficou na Presidência da República de 03 de novembro de 1930 a 31.01.1946 ). Foi o primeiro a governar o Espírito Santo, após o período ditatorial e não só realizou o equilíbrio financeiro do Tesouro Estadual, abalado no final do Estado Novo, como teve de readaptar toda a administração aos novos mandamentos constitucionais. Quando assumiu o governo era do Presidente Eurico Gaspar Dutra,  marechal do Exército.No seu primeiro mandato, o destaque foi dado ao setor da Saúde, sendo elaborado um plano eficiente e carreando todos os investimentos nesta área. O substituto (vice-governador) era José Rodrigues Sette que assumiu o cargo algumas vezes durante o primeiro mandato de Lindenberg, que deixou o governo em 31 de janeiro de 1951.

 Jones dos Santos Neves– Depois de passar um período como interventor federal (1943/1945), voltou a governar desta vez eleito. A par do estabelecimento de um plano de valorização econômica do Espírito Santo, posto imediatamente em vigor, as obras públicas tomaram ritmo acelerado. Foram abertas estradas de rodagem e na Capital foi construído o enrocamento para permitir  o aterro dos mangues desde o final do cais até a Praia do Suá. Ele esteve no governo de 31 de janeiro de 1951 a 10 de outubro de 1952.

Coronel Francisco Alves Ataíde – de 10 de outubro de 1952 a 31 de janeiro de 
1955. Foi um político brasileiro. Foi prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, de 1927 a 1930. Foi governador do Espírito Santo, de 10 de outubro de 1952 a 31 de janeiro de 1955.  

Francisco Lacerda de Aguiar  (Chiquinho)-  Assumiu o governo no dia 31 de janeiro de 1955 e dedicou-se a uma política de economia com a finalidade de elaboração de obras. Entre os serviços realizados destacam-se a conclusão da estação de Tratamento de Água de Cobi, no município de Vila Velha, na Grande Vitória, a construção da rodovia Guaçuí – Alegre - Cachoeiro de Itapemirim e o prosseguimento das obras da Hidrelétrica de Rio Bonito, em Santa Leopoldina, além de ampliação da rede escolar estadual. Conclui o governo em 31 de janeiro de 1959. Chiquinho nasceu na Fazenda do Castelo, distrito de Airituba, em São José do Calçado (ES), no dia 3 de outubro de 1903, filho de Virgílio Aguiar e de Zoraida Lacerda de Aguiar, proprietários agrícolas. Era casado com Zélia Viana de Aguiar, com quem teve dois filhos.Faleceu no Rio de Janeiro no dia 27 de abril de 1983. 

 Carlos Fernando Monteiro Lindenberg– Ele nasceu no dia 13 de janeiro de 1899, na cidade de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo. Em seu segundo mandato, de 31 de janeiro a 10 de outubro de 1959, menos de um ano,  lançou o slogan “Desenvolvimento para Sobreviver”.  Um dos seus mais importantes empreendimentos foi a criação da Usina Hidrelétrica Suíça, integrada ao sistema de Rio Bonito. Dentre as obras  públicas que executou se destacam a construção e pavimentação da estrada ligando Vitória a Vila Velha (que recebeu o nome do governador Carlos Lindenberg) e concluiu o trecho rodoviário entre a Capital e o RJ. Era casado com Maria Antonieta Queirós Lindenberg, com quem teve três filhos. Faleceu no dia 6 de janeiro de 1991.


Raul Giuberti – Era vice-governador de Carlos Lindenberg e assumiu o governo em 10 de outubro de 1959, ficando até 06 de julho de 1962. Raul foi governador durante um ano, oito meses e 24 dias. Raul Giuberti nasceu em Colatina (ES) no dia 21 de abril de 1914, filho de Ângelo Giuberti e de Adélia Giuberti. Ele fez seus estudos primários na Escola Singular Masculina, em sua cidade natal, e os secundários no ginásio anexo à Academia de Comércio de Juiz de Fora (MG), bacharelando-se mais tarde pela Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, no então Distrito Federal.
De volta a Colatina, dedicou-se à prática médica e iniciou sua carreira política como vereador à Câmara Municipal, da qual foi presidente entre 1950 e 1954. Foi ainda prefeito de Colatina de 1954 a 1958, período em que o município foi classificado como o de maior progresso do Brasil, em concurso promovido pelo Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM) em 1956.
No pleito de outubro de 1958, foi eleito vice-governador do Espírito Santo na chapa do Partido Social Democrático (PSD), encabeçada por Carlos Lindenberg. Empossado no dia 31 de janeiro de 1959, chegou a exercer interinamente o governo do estado em outubro do mesmo ano. Nas eleições de outubro de 1962, foi eleito senador pelo Espírito Santo na legenda da Coligação Democrática, que reunia o Partido Social Progressista (PSP), o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), o Partido de Representação Popular (PRP), o Partido Democrata Cristão (PDC) e a União Democrática Nacional (UDN). Em janeiro de 1963 deixou o cargo de vice-governador do estado, assumindo um mês depois o mandato de senador.
Em março de 1963 foi indicado para a vice-liderança do PSP no Senado, função que voltou a exercer em 1964 e 1965. Com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2 (27/10/1965) e a posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena).
Em janeiro de 1971, ao final de seu mandato deixou o Senado Federal. Com a extinção do bipartidarismo em 29 de novembro de 1979 e a conseqüente reformulação partidária, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), tornando-se presidente de seu diretório no município de Colatina.
Faleceu no Rio de Janeiro no dia 16 de fevereiro de 1981.
Foi casado com dona Arlete Tardin Giuberti, com quem teve três filhos: Antonio Thadeu, Raul Ângelo e Maria Adélia.

Hélsio Pinheiro Cordeiro– de 6 de julho a 05 de agosto de 1962. Hélsio Pinheiro Cordeiro nasceu em Cachoeiro do Itapemirim no dia 22 de novembro de 1926.
Foi governador do estado do Espírito Santo, de 6 de julho a 5 de agosto de 1962. - Helsio Cordeiro, primo de Jorcelino Cordeiro, foi o Governador que num breve periodo, teve a raça e a coragem de retirar a porteira que o todo poderoso Coronel Ataliba, mantinha na estrada que cortava as suas terras(latifundiario que era) e a jogou no centro da cidade de Cachoeiro para que todo o povo visse a estrada que ligava Cachoeiro a Marataizes.
Hélsio Pinheiro Cordeiro. Hélsio Pinheiro Cordeiro (Cachoeiro do Itapemirim, 22 de novembro de 1926 — Agosto de 2000) foi um político brasileiro. Foi governador do estado do Espírito Santo, de 6 de julho a 5 de agosto de 1962. Ele  perdeu o mandato 4.07. 1966, quando era deputado estadual pela UDN. Teve o mandato devolvido pela Assembléia Legislativa do Espírito Santo - ALES e seus filhos o representaram em maio de 2018.

Asdrúbal Martins Soares– de 5 de agosto de 1962 a 31 de janeiro de 1963-Ele nasceu em Piúma (ES) no dia 18 de julho de 1900, filho de Josias Batista Martins Soares e de Arlinda Guitiba Martins Soares. Cursou o primário e o secundário no Ginásio São Vicente de Paula em seu estado e formou-se em engenharia pela Escola Politécnica de Engenharia do Rio de Janeiro em 1924.Trabalhou como engenheiro até 1930, quando assumiu a Prefeitura Municipal de Vitória. Durante sua administração realizou várias obras e criou o Cadastro Territorial, que reuniu vários engenheiros. Deixou a prefeitura em março de 1933 e em maio daquele mesmo ano elegeu-se primeiro suplente de deputado à Assembléia Nacional Constituinte pelo Espírito Santo na legenda do Partido Social Democrático (PSD). Ainda em 1933 foi secretário de Agricultura, Viação e Obras Públicas de seu estado, na gestão do interventor João Punaro Bley (1930-1935). 
Faleceu no Rio de Janeiro, em 16 de dezembro de 1978.
Era casado com Ivone Trinxet Soares, com quem teve três filhos. Sua sobrinha Maria Helena Espíndola Alves foi casada com Cícero Alves, governador do Espírito Santo entre 1950 e 1951 e deputado federal por esse estado na legislatura 1955-1959.

Francisco Lacerda de Aguiar -  (Chiquinho) -  A exemplo de alguns governantes, Chiquinho, também por duas vezes ocupou o Palácio Anchieta. Reassumiu o governo, eleito, em 31 de janeiro de 1963 e nesse mesmo ano fez um acordo de limites com o Governo de Minas Gerais, estabelecendo-se então as dimensões dos dois Estados na região do contestado, entre os municípios de Barra de São Francisco e Ecoporanga, no Espírito Santo e Mantena, em Minas.  Os partidos movimentaram-se e houve séria complicação na política estadual, que acabou com a renúncia de Chiquinho, que cedeu o lugar para Rubens Rangel, em 05 de abril de 1966. 
Rubens Rangel –Era vice-governador e assumiu em 05 de abril de 1966 e ficou até 31 de janeiro de 1967, tendo sido o último eleito pelo voto do povo, a ocupar o Palácio Anchieta. Rubens Rangel nasceu em São Fidélis (RJ) no dia 29 de junho de 1904, filho de Joaquim de Souza Rangel e de Maria Mendonça Rangel. Fez o curso secundário no Colégio Bittencourt. novembro de 1946, assumindo o mandato em março de 1947. Radicado no Espírito Santo, aí elegeu-se vereador em Mimoso do Sul. Eleito prefeito da mesma cidade no pleito de novembro de 1950, deixou a Câmara Municipal da cidade em janeiro do ano seguinte, para ocupar a prefeitura em março. 
Em outubro de 1962 elegeu-se vice-governador do Espírito Santo, na chapa encabeçada por Francisco Lacerda de Aguiar, lançada pela coligação formada pelo PTB, o PRP, a União Democrática Nacional (UDN) e o PSP. Assumiu o novo cargo na mesma data em que expirava seu mandato como deputado federal, em 31 de janeiro de 1963. Em abril de 1966 substituiu o titular no governo do estado, permanecendo no cargo até 31 de janeiro de 1967, quando foi substituído por Cristiano Dias Lopes Filho, eleito pela Assembléia Legislativa em setembro do ano anterior.
Faleceu no dia 19 de junho de 1974.
Era casado com Helena Rangel.
 
Christiano Dias Lopes Filho– Ele nasceu  dia 26 de dezembro de 1927, em Bom Jesus do Norte,no  Espírito Santo. Em 1967, sob as rédeas do golpe militar de 1964, a escolha de governadores pelo voto direto sai de cena e por via indireta Christiano Dias Lopes Filho chega ao poder, em 31 de janeiro de 1967, eleito pela Assembléia Legislativa.  Nesse período, o Estado conseguiu superar a crise a que o levara a erradicação de 220 milhões de pés de café (66/68), o que provocou o deslocamento de cerca de 30 mil famílias, que representavam cerca de 180 mil pessoas. Desse montante 30 mil emigraram para outros Estados, 20 mil passaram a ser subempregados e orestante fugiu para os grandes centros urbanos, como a Grande Vitória, Cachoeiro de Itapemirim, Linhares e Colatina. 
Faleceu no dia 9 de setembro de 2007 (79 anos) em Vitória (ES). 
Era casado com Eliete Ferreira Dias Lopes
 
Arthur Carlos Gerhardt Santos– Em outubro de 1970, a Assembléia 
Legislativa do Espírito Santo-ALES, mais uma vez indica o governador do Espírito Santo para um mandato de quatro anos. Desta vez foi o engenheiro Arthur Carlos Gerhardt Santos, que assumiu no dia 15 de março de 1971, e a escolha traduzia o reconhecimento ao homem que no governo anterior comandara o trabalho de planejamento das iniciativas governamentais. Agora, a expectativa era dele realizar muitos projetos que havia elaborado.
A tônica de seu governo foi a industrialização e diante da falta de recursos  próprios houve a necessidade do governo em promover uma política de atração de  recursos externos, nacionais e internacionais. Durante o governo Arthur Gerhardt foram desenvolvidos alguns projetos como o Complexo Siderúrgico que reúne a Companhia Siderúrgica de Tubarão,  Companhia Ferro e Aço de Vitória,  Samarco e a Itabrasco. O complexo paraquímico que envolveu a implantação da Aracruz Celulose e usinas de minerais fósseis.
O complexo naval idealizado pelo governo reunia o estaleiro de construção e de desmonte. Esta obra não chegou a ser executada e sofreu várias criticas de diversos setores da população. O complexo portuário, que incluía os portos de Vitória, Tubarão, Paul, Ubu e Barra do Riacho, recebeu vários estudos para modernização, ampliação e construção de novos portos.
Preocupado com as potencialidades turísticas do Estado, o governo Arthur Gherardt desenvolveu trabalhos visando a implantação de um complexo turístico envolvendo as cidades de Guarapari e Linhares. Neste governo foi iniciada a construção da Segundo Ponte, ligando a ilha ao continente, em Cariacica. Arthur deixou o governo no dia 15 de março de 1975, e depois presidiu um dos seus projetos, a Usina Siderúrgica de Tubarão – CST.

Élcio Alvares– Nascido no dia 28 de agosto de 1932, na cidade de Ubá, em Minas Gerais, radicalizado no Espírito Santo, ele foi indicado por um Colégio Eleitoral formado por deputados estaduais, federais e senadores, para chegar ao governo do Espírito Santo. O advogado e deputado federal Élcio Álvares se destacou como overnador com diversas realizaçoes, entre elas  destacam-se a Rodoviária Grande Vitória, construída na Ilha do Príncipe, a conclusão da Segunda Ponte e o início de uma das mais ousadas obras, a da Terceira Ponte, na Enseada do Suá, ligando Vitória ao continente em Vila Velha. 
No plano rodoviário foram pavimentados 500 quilômetros de estradas e abertos 
outros 2.500 quilômetros de estradas vicinais, resultando em apoio às regiões de produção de hortifrutigranjeira. Do trabalho realizado também constam a construção de pontes, e drenos, além de outros serviços calcados em estudos econômicos. Em razão da excessiva ocupação de espaço físico do aglomerado urbano da Grande Vitória, houve a necessidade do governo efetuar estudo no sentido de solucionar a problemática do trânsito, sobretudo na Capital. E, assim, surgiu o sistema aquaviário da Grande Vitória, atendendo as populações de Vitória, Vila Velha e Cariacica. Atualmente o sistema está desativado.
 Durante o período 75/79, oito mil proprietários rurais foram beneficiados com o sistema de energia elétrica em Alfredo Chaves, Anchieta, Atílio Vivacqua, Barra de São Francisco, Domingos Martins, Mucurici, Cachoeiro de Itapemirim, Conceição da Barra, entre outros municípios. Élcio Álvares encerrou o seu governo em 15 de março de 1979.
Faleceu no dia 9 de dezembro de 2016, Vitória, Espírito Santo
Era casado com Irene Rozindo Alvares
Filhos: Elcio Alvares Filho e Alexandre Rozindo Alvares
 
Eurico Vieira de Rezende–   Nasceu no dia 22 de agosto de 1918, na cidade de Ubá, em Minas Gerais. Radicalizado no Espírito Santo, foi senador e governador do Espírito Santo. Em 14 de março de 1979, um dia antes de sua posse no Governo do Espírito Santo, Eurico Vieira de Rezende traçou suas metas, as quais sintetizou em documento entregue à imprensa intitulado Estado do Espírito Santo – Governo 1979 / 1983. No documento, o governador, também eleito através do Colégio Eleitoral, anunciava que os objetivos principais da ação governamental seriam consolidar o Estado como pólo alternativo da Região Sudeste do país, atenuar  os desequilíbrios regionais e criar condições de ficar  o homem capixaba no Espírito Santo.
Em seu discurso de posse em 15 de março de 1979, Eurico Rezende afirmou “recebo o cargo do principal funcionário do Estado com emocionada humildade”. Em seguida fez um apelo ao funcionalismo público  “devemos salientar que muito esperamos da comunidade de nossos serviços públicos, sem desvelo, eficiência e correção os encargos se descaracterizam, transformando-se em empreguismo e omissão”.
No campo político, Rezende foi responsabilizado por ex-correligionários pela derrota do PDS nas eleições diretas de 1982, inclusive para governo do Estado. Em 1982, foram governador e vice - governador, senador, deputados federais, estaduais, prefeitos, vice - prefeitos e vereadores. Eurico foi acusado de alijar o ex-governador Élcio Álvares do processo e assegurou o médico Carlito Von Schilgen como candidato oficial do partido. Mais tarde, sobre o episódio, Eurico disse que ajudou a Élcio Álvares escapar “de uma derrota inevitável”. 
Faleceu no dia 14 de abril de 1997 
Era casado com Maria Ribeiro de Rezende
 

Gerson Camata– Nascido no dia 29 de junho de 1941, Castelo, Espírito Santo. Depois de um período de indicações indireta de governadores (31.01.67 a 15.03.83), o país passou a viver um processo de Abertura democrática e em novembro de 1982, são convocadas as eleições e devolvida à vontade popular a escolha dos governadores estaduais. Gerson Camata foi eleito pelo MDB com aproximadamente meio milhão de votos.Sempre afirmando que governaria um Estado em crise proporcionada pelos governos da Revolução, Camata exortou o povo a governar junto com ele. Para dar consistência ao vamos governar juntos, Camata montou um esquema de atendimento ao público todas as quartas-feiras em audiência no palácio Anchieta, no início da sua administração, mas o sistema não durou muito tempo. Camata ganhou o respeito do funcionalismo público ao colocar em dia, ainda no início do governo, o pagamento que estavam com três meses de atraso, e o manteve em dia. 
A questão de desemprego no Espírito Santo preocupou o governador, que procurou através de realizações de obras, atender aos anseios de milhares de capixabas. Um dos exemplos foi o de dar reinicio às obras da Terceira Ponte, e aos acessos da Segunda Ponte, em direção a Vila Velha. Camata interligou a Capital com todos os municípios com rodovias asfaltadas e desenvolveu um programa de eletrificação, indo atender à zona rural de todos os municípios do Estado.  Em 15 de maio de 1986, Gerson Camata deixou o governo para ser candidato a senador e sua mulher Rita Camata a deputado federal.
Faleceu no dia 26 de dezembro de 2018, em Vitória (ES). 
Era casado com Rita Camata (de 1981 a 2018) 
Filhos: Bruno David Paste Camata e Enza Rafaela Camata Abelha  
José Moraes–  Natural de Santa Angélica, atual distrito de Alegre/ES, José Moraes,  estudou o Curso Primário e Científico na cidade de Cachoeiro de Itapemirim/ES, formando-se em Medicina, pela Faculdade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro/RJ, no ano de 1952. Especializado em Anestesiologia, introduziu a anestesia geral no Espírito Santo, sendo fundador da Sociedade de Anestesiologias de Vitória e Diretor Clínico da Santa Casa de Misericórdia. Foi médico do antigo INPS, exercendo a profissão até o ano de 1974. Ingressou na vida política, sendo eleito pelo PSP e pela ARENA em duas consecutivas legislaturas de Deputado Estadual. Foi eleito Presidente da Assembléia Legislativa, criando em sua gestão o Instituto de Aposentadoria dos Deputados Estaduais, extinto em 1991.  
Em  1982, apresentou sua candidatura à Vice-Governador de Gerson Camata, pelo PMDB. Em mandato tampão, assumiu a Prefeitura de Vitória, tendo ao seu lado o favoritismo da opinião pública e o reconhecimento do Governador Gerson Camata, como sendo um dos melhores chefes do Poder Executivo de Vitória. No ano de 1986, com a saída de Camata para o Senado, José Moraes assume o Governo do Estado, deixando-o no dia 15 de março de 1987, sendo ainda neste ano indicado a assumir a Presidência da Companhia Siderúrgica de Tubarão,( Arcelor Mittal) onde permaneceu até o ano de 1990. 
José Moraes tinha dentre suas principais características um enorme senso de organização e uma memória ímpar, tendo sido um homem de idéias progressistas e entre seus companheiros políticos ,visto como homem de garra e dinamismo marcante. Companheiro, leal, honesto era portador de uma conceituada ética profissional e política. Um exemplo para todos, José Moraes foi um homem público que engrandeceu o Estado com seu trabalho. 
José Moraes casou-se em julho de 1956 com a capixaba Marilena Ignes Pretti Moraes com quem teve 7 filhos: Carlos Augusto, Ana Beatriz ,  Flávia, Rosana, Maria Cristina e  Angela Pretti Moraes.
Faleceu no dia 9 de setembro de 2007 (79 anos) em Vitória (ES). 
 

Max de Freitas Mauro – Nasceu no dia 11 de março de 1937, na cidade de Vila Velha, no Espírito Santo.  Foi prefeito de Vila Velha, deputado estadual, três vezes deputado federal e foi eleito governador do Espírito Santo em 1986. É pai do também político Max Filho. Wikipédia
Nascimento: 11 de março de 1937 (idade 82 anos), Vila Velha, 15 de março de 1987 a 15 de março de 1991 – No início do seu governo foram promovidas algumas reformas com o intuito de reduzir a máquina e seus custos operacionais. Assim, foram extintas algumas secretarias e empresas públicas como a Emforma , a Comdusa e o DOPS. Na mesma época também foi criada a Seama – Secretaria de Estado do Meio Ambiente,  e instituído o concurso público como única forma admissional do Estado. Ao final de seu mandato, logo após a promulgação da nova Constituição Federal e Estadual, afirma ele, foi elaborado um novo projeto de reforma administrativa, com mudanças amplas em todas a estrutura estadual, sendo concluído no final de seu mandato e entregue ao seu sucessor, que não o enviou à Assembléia Legislativa.
Em parte da sua administração, Max Mauro foi substituído pelo vice-governador Carlos Alberto Baptista da Cunha, pelo presidente da Assembléia Legislativa, Dilton Lyrio Neto e pelo presidente do Tribunal de Justiça do Estado, Rômulo Salles de Sá.
Era casado com Maria Gleyd Chianca Mauro, com quem teve dois filhos, Max Mauro Filho e ....
 
Albuino Cunha de Azeredo– Era nascido em  21 de janeiro de 1945. Governou o Espírito Santo de 15 de março de 1991 a  31 de dezembro de 1994 – Além da fusão de secretarias, como a de Justiça, Trabalho e Ação Social, e da junção das secretarias de Indústria, Comércio e Planejamento, que se transformaram na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, ressalta ele, houve uma valorização mais acentuada do papel da Auditoria, não somente na área contábil, mas também no campo operacional. Houve também uma mudança na forma de administrar alguns órgãos, com a adoção do “contrato de gestão”, aplicada principalmente na Cesan, um mecanismo que garantia maior liberdade de gestão ao gerente do órgão. Em algumas viagens da sua administração Albuino foi substituído pelo vice-governador  Adelson Antônio Salvador.
Após cumprir integralmente seu mandato retornou às suas atividades empresariais e em 1997 foi nomeado Secretário de Planejamento do município de Cariacica pelo prefeito Dejair Camata, cargo que deixou para se candidatar a governador em 1998, filiado ao PSDB. Não teve exito. Convidado por Anthony Garotinho, então governador do Rio de Janeiro, presidiu a Rio Trilhos (responsável pelo metrô) e a Companhia Fluminense de Trens Urbanos (FLUMITRENS) retornando ao Espírito Santo em 2002 para se candidatar a deputado federal pelo PMDB num pleito onde figurou como suplente. Quando Rosinha Matheus, esposa de Garotinho, assumiu o governo fluminense esta nomeou Albuíno Azeredo presidente da Companhia Estadual de Engenharia, Transportes e Logística (CENTRAL) e também o fez retornar à Secretaria de Transportes.
Albuino era casado com Valdiceia Peçanha de Azeredo, teve três filhos, Albuino Júnior, Ana Flávia e Alba Letícia..
Ele faleceu no dia 16 de setembro de 2018 (73 anos);

Vitor Buaiz– de 1º de janeiro de 1995 a 31 de dezembro de 1998 – Nascido em 19 de agosto de 1943, em Vitória,ele formou-se em Medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) em 1967. Participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) em 1980. Depois da militância no Sindicato dos Médicos do ES, passou a se dedicar à carreira política. Teve experiências fracassadas, como candidato a deputado federal e a prefeito de Vitória, sendo que em 1988 foi, finalmente, eleito prefeito da capital capixaba, exercendo o cargo de 1989 a 1992 e depois a deputado federal. Em 1994, candidatou-se a governador do estado do Espírito Santo, e foi eleito em segundo turno, disputando contra Cabo Camata, e governando, até o final do mandato.  
Em sua administração houve fusão, extinção e transformação de secretarias, departamentos e órgãos. Também foram implementados dois Planos de Demissão Voluntária, dentro do projeto de redefinição do perfil do funcionalismo estadual, com demissão de servidores não estáveis, extinção de cargos comissionados, redução de gratificações e benefícios. O maior destaque do seu governo foi a reestruturação do fundo de previdência com o aumento das alíquotas do IPAJM de 7% para 10%. Em suas férias habituais ou em viagens, Vitor Buaiz era substituído pelo vice-governador  José Renato Casagrande. 
É casado com Maria de Lourdes Lordello Buaiz com quem teve três filhos Gustavo, Daniel e Mariana.

José Ignácio Ferreira- de 1º de janeiro de 1999 a 31 de dezembro de 2002  -
Em  sua administração um dos destaques foi  a Segurança Pública quando reduziu em quase 100 % os assaltos a bancos e a outros comércios e a residências. Recebeu o governo com três folhas de pagamento atrasadas e conseguiu coloca-las em dia e manteve o pagamento religiosamente em dia até os último 10 meses de governo (ressalvados os meses de novembro e dezembro de 2002, e o 13º mês do pessoal, do executivo). Encontrou o Estado, com receita líquida disponível de R$ 100 milhões mensais.  A despesa mensal era de R$130 milhões. Retirou o Estado de um resultado primário de R$ 571 milhões negativos, e o reverteu para mais de R$ 100 milhões positivos.
Administrou toda a dívida do Estado, sem gerar, por iniciativa do governo, qualquer acréscimo na mesma. Entregou o Estado com uma  relação de 10,99% entre a dívida com a União e o PIB do Estado. A quarta menor do país, só superada pelo Distrito Federal (4,63%), Amapá¡ (5,61%) e Tocantins (8,27%), que são unidades federadas fortemente subsidiadas pela União Federal e a dívida respectiva com a União. 
O PIB do Espírito Santo cresceu percentualmente sempre mais que o da União durante cada um dos quatro anos do Governo. Exemplo: no ano 2.000, o PIB do Brasil cresceu 4.3% e o do ES cresceu 7.3%. (O terceiro crescimento de PIB entre os Estados Federados). Reduziu a despesa com pessoal de 61% para 47,9%;  portanto, abaixo da Lei de Responsabilidade Fiscal que é de 49%. Não vendeu patrimônio algum do Estado para pagar dívidas. Não tomou qualquer empréstimo para pagamento da despesa do Estado. Não gerou precatórios, que se traduziriam em ônus para governos futuros.Tirou do vermelho para o azul todas as instituições públicas do Estado. Gerou empregos, melhorou a Educação, atraiu R$ 19 bilhões de investimentos privados para o Estado, sendo que 40% foram implantados durante o governo.
Substitutos
 Celso Vasconcellos (Vice- Governador)
Geraldo Correia da Silva (Presidente do Tribunal de Justiça).
Casado com Maria Helena Ruy Ferreira com quem teve os filhos José Renato e Letícia. Eles adotaram ainda, os sobrinhos Roberto e Maria Raquel.
(*) Jornalista e Radialista Profissional, formado em Marketing

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