O cenário econômico atual vem confirmando o que muitos sabem há tempos, mas o Governo Federal insiste em não enxergar: o aumento da carga tributária provoca mais inflação no Brasil.
A União, como sempre, vem aumentando os tributos sem critérios claros e objetivos, levando em conta tão somente se este ou aquele setor da economia ou grupo social atingido irá reclamar... Quase sempre quem grita mais alto fica livre dos aumentos!
Nos últimos meses tivemos aumentos do IOF, da CSLL sobre instituições financeiras,IPI sobre bebidas, da tabela do INSS para empregados, do PIS e Cofins, da tributação sobre os direitos autorais, dentre outros.
Nenhum empresário brasileiro, por menor que seja, quer trabalhar tomando prejuízo, e por certo repassa todos estes custos tributários diretamente para o consumidor final, que pagará um preço maior pelo serviço ou produto adquirido.
Temos com isso um efeito dominó perverso, onde a elevação dos tributos também aumenta os preços dos serviços e produtos ao consumidor, o que por sua vez gera o aumento inflacionário. Como se não basteça, com mais inflação, tem-se a alta de juros.
Nesse cenário a dívida pública sobe, porque cada 1% a.a. de aumento de juros representam em torno de R$ 30 bilhões de gastos anuais a mais para financiar a rolagem da dívida pública federal brasileira.
Assim, em pouquíssimo tempo o Governo precisará de um novo “ajuste fiscal” para estabilizar a relação da dívida pública sobre o Produto Interno Bruto, resultando então no “espiral vicioso”: aumento de tributos – aumento de inflação – aumento de juros – aumento da dívida pública – aumento de tributos...
O problema do Brasil não é aumentar receitas, e sim reduzir as despesas consumidas nos desvãos burocráticos do Governo, o qual já passou da hora de promover um ambiente que realmente propicie a melhoria da competitividade das micro, pequenas, médias e grandes empresas, cortando os gastos públicos que consomem boa parte dos R$ 1,8 trilhão que são arrecadados anualmente.