R. J. Guzzo, um dos melhores jornalistas do Brasil, que enriquece as páginas da revista Veja, num de seus escritos (29.07.2015) diz, num trecho de uma de suas brilhantes peças: “Nunca antes, na história deste país, tal filosofia de vida prosperou tanto: “O grau de sucesso dos políticos brasileiros é medido pela distância que os separa do xadrez. Estar “blindado” – ou seja, não se sentir ameaçado por provas efetivas de má conduta – tornou-se sinal superior de competência. Vitória, na política brasileira de hoje, é isso.”

       Essa deliqüescência moral que assistimos dá a impressão de que a imoralidade é tão contagiante que não sabemos como sair dela. A sensação é que todos, estamos atolados até as orelhas nesse imenso mar de corrupção que, a um grito de “polícia!!!”, passamos a correr, como se estivéssemos envolvidos nas patifarias que sacodem a nossa triste nação. 

       Não digo que será amanhã, no ano que vem, agora, mas virá, breve, não sei precisar o dia, uma revolução de verdade, que irá modificar terrivelmente a vida da nação e nos trará sérias conseqüências, porque um terremoto revolucionário não se apaga da noite para o dia. Se o movimento militar de 1964, implorado às Forças Armadas pela população brasileira que não suportava mais os desmandos de Jango e sua corja é “pranteado” até hoje pelos que estão trepados no poder, num processo de corrupção dos mais imorais da história do mundo, onde não morreu nem uma pessoa, que se dirá de uma tragédia revolucionária tipo Revolução Francesa? Ou do tipo cubano, sob a chefia de facínoras como Fidel Castro e Che Guevara?

      Tenho certeza de que vai acontecer um fato tremendamente superveniente na história nacional. Pode ter acordo até com o demônio, para proteger essa cambada que está no poder, de um linchamento físico e moral, mas tudo me indica que, se essa corja de assaltantes que está no poder não for retirada pelo Congresso Nacional, vai ocorrer um cataclismo político de proporções fantásticas.

       É inadmissível que essa gente que rouba com a cara mais limpa deste mundo afirme e reafirme, com o maior descaramento, que não sabe de nada ou que é invenção da “elite”, quando na verdade eles pintaram e bordaram com Sarney, com Collor de Melo, com Fernando Henrique e, agora, não sabem de nada, são uns santos, tudo não passa de invencionice das elites, como se fatos irretorquíveis de ladroagem que vêm sendo levantados pela Polícia Federal se constituem em invencionices...

       É uma falta de respeito, uma imoralidade, o que se alega de ação das elites, da Polícia Federal, da Justiça Federal e até da Suprema Corte, que condenou um bando de assaltantes dos cofres públicos, como se eles fossem donos da nação.

      Caminhamos para um fato grave. Já participamos de acontecimentos importantes, gerados pela violência popular, em meados de 2013. Algo de grave poderá se repetir. Muito grave mesmo.