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Brincando Com o Povo

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07/01/2016 - por Gutman Uchôa de Mendonça

          Em qualquer país sério, civilizado, com problemas de desequilíbrio econômico, a prudência ensina que é o melhor, diante do quadro, é não criar fórmulas mirabolantes de controles. No Japão e nos Estados Unidos, com a crise que enfrentam, os juros básicos controlados pelo Banco Central chegaram a 2% ao ano, aqui estamos na casa dos 14,25% e tem quem aposte em mais, como forma de inibir a procura...

          Nos países desenvolvidos, para estimular o desenvolvimento, diante da crise de confiança do investidor, abaixam os juros, para estimular a iniciativa privada e, numa fórmula de cooperação, todos segmentos deixam de aumentar preços e, se não reduzem salários, ninguém os aumenta, a não ser casos como a Grécia, metida a socialista e querendo integrar centro capitalista, como o Mercado Comum Europeu.

        O problema brasileiro é que ninguém aceita reduzir despesas, cortar custos operacionais, estabilizar salários, estimular a produção, para que o investidor não demita.

          Em situações críticas como a que estamos atravessando, não será através de um administrador impopular, incapaz de dialogar com as fontes da produção, sem confiança e ao mesmo não estendendo a mão para que a produção não caia, não buscarmos fora o que podemos produzir com recursos próprios.

          Com a deterioração do dinheiro, a aplicação da correção monetária para corrigir a arrecadação, vamos encontrar, das sete milhões de empresas nacionais, o número de três milhões e quinhentas mil com problemas econômicos e fiscais. Temos 3,7 milhões de empresas penduradas no estaleiro, esperando uma espécie de sobrevida, o que dificilmente irá ocorrer porque o dinheiro não chega nem para atender as questões emergenciais de saúde, como o caso do Rio de Janeiro, com o seu sistema de saúde transformado em tragédia pública, pela premente falta de recursos. Para aliviar o Estado da crise financeira em que se encontra a Prefeitura do Rio está emprestou R$ 100 milhões ao governador Pezão e, sem nenhum constrangimento, mostram a maior queima de fogos de artifício do mundo, para comemorar a entrada do ano novo! Vamos ver a merda que vem por ai!

          Será que esse pessoal está raciocinando direito? Será que ninguém, está vendo países importantes restringindo festividades de fim de ano porque não têm dinheiro para queimar?

          Compomos realmente uma sociedade de imbecís. A impressão que damos é que pessoas que vão bater às portas dos hospitais fechados por falta de recursos, clamando por assistência, não passam de inconseqüentes, que reclamam mais do que devem.

          Quando iremos ter uma reforma de princípios?

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