Por: Redação*
O fantasma da importação volta a assustar os produtores de café e o tema será discutido no Ministério da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (MAPA), em Brasília, em encontro que irá reunir, de um lado, os representantes das indústrias dos cafés solúvel e torrado, favoráveis à importação do café do Vietnã, do outro lado os produtores que são contrários à vinda de café estrangeiro, representados pelo Conselho Nacional do Café (CNC) e a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A reunião será intermediada por Neri Geller, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura (MAPA).
O deputado federal Evair de Melo (PV-ES), integrante do CNC e um conhecido defensor da agricultura, em especial do café, reforça que “se o governo sinalizar que a indústria vai poder importar qualquer volume de café, vamos declarar guerra”.
As indústrias alegam que não estão conseguindo produzir pela escassez do produto e por isso estão pressionando o governo para importar. Entretanto, o CNC e a CNA afirmam que existe café Conilon em estoque suficiente para abastecer o mercado. As duas entidades já se manisfestaram a respeito e firmaram um documento em que demonstram sua rejeição à importação. Os próprios cafeicultores deverão resistir ao café vietnamita.
O secretário Neri Geller afirmou que o MAPA ainda não tomou nenhuma decisão e que o motivo da reunião será para esclarecer as várias questões relacionadas à importação, ou não, do produto.