Por: Redação*
Cerca de cem profissionais de todo o Brasil, dentre auditores e contadores, estiveram reunidos na segunda-feira, 13 e terça-feira, 14, no Teatro Net, em São Paulo, debatendo a importância de sua atuação para mitigar a corrupção e ampliar a transparência no País. Trata-se da 6ª Conferência Brasileira de Contabilidade e Auditoria Independente do Ibracon (Instituto de Auditores Independentes do Brasil).
A partir de janeiro de 2017 o Brasil adotará o novo modelo do Relatório do Auditor Independente. Empresas e firmas de auditoria estão se adequando a um modelo de relatório mais claro, transparente e acessível. O tema, que está em evidência no meio empresarial, foi a Adoção do Novo Relatório de Auditoria.
“A sociedade anseia por transparência e verdade. Nossa conferência vem responder a essa demanda”, afirmou Idésio Coelho, presidente do Ibracon, na abertura do evento. Estiveram presentes, o presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) José Martonio Alves Coelho; o presidente da Associação Brasileira de Companhias Abertas (Abrasca), Antonio Castro e o diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Roberto Tadeu Antonio Fernandes.
A conferência dedicou todo o período da manhã do primeiro dia evento ao Novo Relatório do Auditor Independente, que entrará em vigor em janeiro de 2017. O tema contou com exposição inicial do diretor-geral de normas profissionais da Internacional Federation of Accounting (IFAC), de James Junn, e do diretor de Política de Auditoria do Financial Reporting Commercial (FRC), Mark Grabowshi. Os palestrantes explicaram como esse relatório nos Estados Unidos e Reino Unido, funciona, elencando os pontos positivos e negativos de sua utilização.
O tema, que está em evidência no meio empresarial, foi tratado na palestra Adoção do NovoRelatório de Auditoria, proferida pelo diretor de Normas Profissionais da Federação Internacional de Contadores (International Federation of Accountants – IFAC), James Gunn.
Segundo o diretor técnico do Ibracon - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil
Rogério Garcia, várias motivações levaram o International Auditing and Assurance Standards Board (IAASB) a conceber mudanças no modelo de relatório. “No centro das razões está o usuário, que hoje deseja mais informações e quer que as demonstrações sejam mais transparentes e informativas”, afirma. “Ele deseja que o relatório seja mais útil na tomada de decisões e contenha informações mais claras”.
“É o outro lado querendo que auditor aprimore e dê mais informações. Hoje, o relatório padrão é impessoal e genérico. O novo modelo é específico e contém aspectos estritamente relacionados com a empresa”, disse o coordenador do Comitê de Normas de Auditoria do Ibracon, Cláudio Longo.
Um assunto que chamou a atenção dos auditores no Novo Relatório foi uma seção que destacou os principais assuntos de auditoria. Outra novidade importante do evento foi a questão da continuidade operacional, que nas primeiras minutas exigiam muito mais do auditor.