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Tragédia de Mariana é o Maior Desastre Ecológico do Brasil

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29/12/2015 - por Paulo César Dutra

          O médico patologista Paulo Saldiva, um dos grandes especialistas em poluição ambiental do mundo, declarou recentemente que a ruptura das barragens da mineradora Samarco (Uma joint-venture da companhia Vale do Rio Doce e da anglo-australiana BHP), em Mariana, Estado de Minas Gerais, no Brasil, ocorrida no dia 5 de novembro deste ano, é a maior tragédia ambiental de toda a  história do País.  Depois de espalhar um passivo ambiental que pode durar ao menos uma década, tragédia se desdobrará em 2016 com recursos contra multas ambientais, investigações sem prazo para terminar e uma batalha judicial que ainda está nos primeiros passos.

         O ano de 2015 termina amanhã, 56 dias depois do desastre socioambiental que jamais sairá da memória dos brasileiros. A mineradora responsável pela Barragem do Fundão, já recorreu das cinco multas emitidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), no total de R$ 250 milhões, e da imposta pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad), de R$ 112 milhões, por danos causados pelo estouro da sua represa de rejeitos. A decisão sugere que a empresa terá a mesma postura diante de eventuais novas penalidades, onde só o Ibama estuda mais uma notificação, em torno de R$ 70 milhões.


         O desastre matou 19 pessoas (duas continuam desaparecidas), desalojou 303 famílias, atingiu 663 quilômetros de rios, soterrou mais de 120 nascentes, destruiu 1.469 hectares de vegetação e vitimou um incontável número de animais. As imagens da catástrofe repercutiram em todo o planeta, levando a Organização das Nações Unidas (ONU) a cobrar atitude mais enérgica do governo brasileiro. 

       Enquanto isso, a lama avançava sobre o Rio Doce, o maior curso d’água que corre exclusivamente no Sudeste brasileiro, sufocando mais de 11 toneladas de peixes, e atingia o Atlântico, onde continua a fazer estragos. Na praia de Regência, distrito de Linhares (ES), parte da fauna foi destruída em um santuário que concentra centenas de ninhos de tartarugas. 

          As investigações sobre as causas de todos esses danos não têm um desfecho previsto. A mineradora projeta que suas apurações internas consumam de seis meses a um ano. As polícias, Civil e a Federal e o Ministério Público ainda não falam em prazos para a mineradora. Como será o futuro da vida e a saúde humana na região afetada pelos rejeitos da mineradora Samarco?

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