Por: Redação*
As atividades da Samarco podem retornar este ano, segundo informações do diretor-presidente da mineradora, Roberto de Carvalho. Essa declaração foi dada durante audiência da Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, no auditório do SESC em Guarapari, no último dia 3. As atividades da Samarco, suspensas desde novembro passado, após rompimento de barragem e contaminação do Rio Doce por rejeitos. O principal entrave para que a empresa volte a operar são as licenças ambientais que foram suspensas pelos órgãos ambientais de Minas Gerais.
Durante a audiência, Carvalho disse que “desenvolvemos um processo de utilização de cavas, que são as minas em que não há mais extração de minério, deixando, assim, de utilizar a barragem danificada. A Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais ainda não liberou as licenças para que possamos voltar às operações”. Ele falou que ainda é cedo para dar uma previsão, porém a Samarco tem a expectativa de retornar suas atividades ainda este ano.
Sobre o mar de lama que tomou conta da bacia do Rio Doce, Carvalho reafirmou o compromisso da empresa em recuperar toda a área atingida pelos rejeitos de mineração. “Não vamos medir esforços para que o Rio Doce fique melhor do que estava antes do acidente. Acreditamos na nossa força e sabemos que operando nós com certeza vamos cumprir o nosso acordo”, disse Carvalho na audiência proposta pelo presidente da comissão, o deputado Edson Magalhães (PSD).
O secretário de Desenvolvimento do Estado, José Eduardo Faria de Azevedo, disse que o governo do Estado vai cobrar a homologação do acordo firmado em março entre o governo Federal, os governos de Minas Gerais e Espírito Santo e a Samarco.
A mineradora teve suas atividades suspensas depois que a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais retirou as licenças por causa do rompimento da barragem de rejeitos de mineração de Fundão, que destruiu o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), e, em seguida, contaminou o Rio Doce, atingindo outras cidades mineiras e capixabas.
Entre as consequências do desastre ambiental, houve interrupção da captação de água, destruição da fauna e da flora, além dos impactos econômicos e sociais para pescadores e agricultores que dependiam das águas do Rio Doce para subsistência. (Com informações da Web Ales)