Por: Redação*
Economizar água e dinheiro são os temas do momento. Com a realidade das crises econômicas e hídricas vivida pelos brasileiros nos últimos anos, a população passou a buscar maneiras para diminuir gastos e sobreviver aos cortes e racionamentos, que assombraram o país em 2015. Para driblar esses problemas, uma opção é aproveitar as chuvas para a captação de água pelo telhado.
O sistema de captação ajuda a economizar, em média, entre 30 e 60% de água e é feita por meio de calhas que escoam a água das chuvas para tubos. Desses tubos, as águas passam por dois filtros, o primeiro um gradeamento, que retém a sujeira grossa, e depois por uma tela, que filtra a poeira. Em seguida, a água é despejada em uma cisterna.
A Esalflores, maior floricultura e garden center do Sul do país, localizada na cidade de Curitiba (PR), utiliza o sistema de captação de água de chuva há cinco anos. A cisterna especial do empreendimento tem capacidade para armazenar 30 mil litros, água que é utilizada nos vasos sanitários, na rega das plantas da loja e para lavar o piso, pois a água é cristalina, mas não potável.
O gerente geral da Esalflores, Bruno José Esperança, explica que a norma exige que o aproveitamento seja feito pelo telhado e não pelo solo, que possui contaminantes. “Por experiência, é possível economizar cerca de 30 a 60% de água. Mas na Esaflores, como o nosso gasto com a rega de plantas é muito grande, já atingimos uma economia de 80%. A cada 200 m² de telhado, conseguimos armazenar em períodos chuvosos até 15 mil litros. Como essa água não é potável, ela é utilizada para a manutenção da loja”, destaca.
O sistema na escala desenvolvida para a Esalflores pode custar até R$ 40 mil. Porém, em residências, a captação de água da chuva custa, aproximadamente, R$ 4 mil. “É um investimento extremamente válido. Além de todo o resultado financeiro, com um consumo de água até 60% menor, estamos pensando no futuro do planeta, reaproveitando uma água que até então não tinha aproveitamento algum e que contribuía para inundações, já que os grandes centros urbanos são tomados por concreto e essa água não consegue ser absorvida corretamente pelo solo”, completa Bruno José Esperança, diretor geral da Esalflores.