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Folha Diária? Querem de Mim?

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07/12/2015

Para compor sua galeria de articulistas o Folha Diária procura de forma permanente, embora com cautela, por profissionais experientes, pensadores,  cientistas, talentos nas artes etc. e que gostam de escrever pequenos textos para publicação em jornal. Já contamos com um grupo muito especial e que de vez em quando se amplia. 

Professor Aylê-Salassié que recebeu nossas boas vindas na última semana, apesar de sua complicada agenda neste fim de ano, especialmente pelos eventos de lançamento de seu último livro, Codinome Beija-Flor. Aliás vale aproveitar para informar a próxima noite de autógrafos em Brasília, 10 de dezembro, 19 horas, Carpe Diem, 104, Sul.

Nesta semana é  a vez de Ricardo Coelho dos Santos, Engenheiro por acaso e para ganhar a vida,  mas de fato e de coração, Poeta. Quando convidado  não demorou mandar a resposta na melhor forma que gosta de comunicar-se: 

Folha Diária? Querem de Mim?

Ricardo Coelho dos Santos

Querem de mim, minha poesia?
Antes fosse conta estrutural!
Não sou poeta de dia-a-dia
Sou só um trabalhador braçal!

Sou poeta mais torto que certo:
Literatura quebrada e torta!
Mas, vejam o que está aqui perto:
Oportunidade em minha porta!

Se quiserem que escreva, escrevo!
Escreverei, sim, com alegria!
Mas, não reparem meu pobre acervo:
Um dia, eu farei poesia!

Logo em seguida Ricardo mandou mais uma poesia explicando que a escreveu “na década de 1990, quando mandaram confiar na "palavra do Governo". Na época, me recordo, que quem confiou, como eu, se deu mal! Pediram outra chance e escrevi essas linhas para poucos olhos.”

Crença

No que você quer que eu acredite?
Na pequenez do universo inteiro,
Gigantismo em verme traiçoeiro
Ou na frigidez de Afrodite?
Acredito em que diz por decreto!
Digo sim ao que sente e inexiste,
Escondendo o que creio e consiste,
E que guardo em acervo secreto!
Tal descrença generalizada
Não nasceu comigo, foi criada,
Depois de muito confiado e crido.
O que restou de mim foi um bagaço.
Um, a quem prometeram melaço
Pra dar fel ao coração sofrido.

No entanto, devo adiantar que Ricardo depois telefonou para dizer que gosta mesmo é de cinema, coincidindo ainda mais com outra proposta que tínhamos de começar a falar também aqui dessa arte maravilhosa. Veja em Cultura>> Artes.


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