Estado do Espírito Santo
Desse filho que distante está,
Receba meu tão amargo pranto
Duma dor constante e má!
Com primaveras tão bem cheirosas
E invernos amenos, tristonhos,
É com mil flores: manacás, rosas
E outras que componho os meus sonhos.
O Convento reverente, branco,
Monchuara, símbolo majestoso,
O Mestre Álvaro, longínquo, franco
São lembranças que guardo saudoso.
O povo pacífico, teimoso,
Amigo, humilde mas sincero,
Alma de sentimento fogoso
De gente que ao meu lado quero.
Gente a fartar de crença e fé.
Gente simples, com amor demais.
Um povo que não seria: é!
Não importa se diferença faz!
Do oceano verde, rico e forte
Do seu florido e cheiroso manto
Da serra. Oh, Deus, não deixe que a Morte
Me leve do Espírito Santo!