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Sua Excelência, o Eleitor

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22/09/2016

Por: Dilermando Teodoro*

A poucos dias das eleições municipais, que ocorrerá em todo o país, SUA EXELENCIA, o eleitor é, sem dúvida a mercadoria mais valiosa e procurada pelos ávidos candidatos. Empregando todos os meios possíveis e disponíveis para encontrá-lo, esteja onde estiver, em casa, na intimidade de seu lar, no trabalho, na roça, na rua, na igreja, na zona, será invariavelmente localizado, paparicado, abraçado, bajulado, tratado com deferência, tudo na esperança de conquistar o seu voto...

Para que seus objetivos sejam alcançados, candidatos a reeleição, prometem o que não terão condições de cumprirem ou mentem descaradamente sobre feitos, que não realizaram, afirmando ainda, meias verdades sobre a origem dos recursos aplicados, se oriundo de verba estadual ou federal. Candidatos ao primeiro mandato, tanto ao executivo como legislativo, não tem a mínima noção de suais reais atribuições, prometem coisas absurdas que não dizem respeito ao cargo, turbinando seus programas com maravilhosos feitos como se estivessem em países Nórdicos. Nesta insana caça aos votos, a primeira vitima é a VERDADE e, muito provavelmente a segunda seremos nós - ELEITORES. Transcorrido o pleito, seremos relegados ao ostracismo e esquecimento, até as próximas eleições, quando tudo se repetirá, despudoradamente da mesma maneira.

Diante do quadro caótico em que se encontra a Política Brasileira, municipal, estadual e federal, sem exceção, cabe a SUA EXELENCIA, o eleitor, fazer uma minuciosa reflexão sobre o quadro atual e, entender de uma vez por todas, que aqueles que lá estão, não caíram do céu, foram colocados por nós, portanto somos responsáveis por todos os seus atos, ao concederem-lhes uma “procuração” com os mais amplos poderes para em nosso nome representar-nos, que tanto pode ser em beneficio da sociedade e, do bem comum – em raríssimos casos, como em proveito próprio e de seus apaniguados, que na maioria é o que acontece.

Como cidadão e simples eleitor, dono de apenas um voto, atrever-me a fazer algumas observações, aos quais tenho seguido nos últimos pleitos:
- Não votar em candidato, apenas por pertencer esta ou aquela legenda partidária, mas sim, em pessoas minimamente conhecidas, após verificar seu passado, currículo, seu relacionamento social.
- Analisar suas propostas, se coerentes e factíveis.
- Verificar minimamente se conhece as atribuições inerentes ao cargo que propõe a assumir. 
- Jamais votar em Branco ou Nulo, se entender que o eleito não correspondeu a suas expectativas, não o reeleja, só se aprende a exercer a plena Democracia, votando e corrigindo os erros nas próximas eleições.
- Jamais votar em candidatos, que antes do termino de seu mandato renuncie para concorrer a outro cargo. São oportunistas e mal intencionados, jogou seu voto na lata do lixo, não merece sua confiança, afinal você o elegeu para cumprir todo o mandato. 
- Em hipótese alguma, troque seu voto por benesses pessoal, exija e cobre ações em prol do bem comum e da sociedade, acompanhando de perto as suas ações.
- Tenha sempre em mente que, fazer uma boa administração, tanto no executivo como legislativo é obrigação do politico, para tal foi eleito e, é muito bem remunerado inclusive com mordomias, tudo paga com o seus, o meu o nosso dinheiro, portanto não é favor, é obrigação.

Concluindo, relembrando o saudoso Filosofo Contemporâneo “MANÉRAPIZ”, que nos idos anos de 1.967, em uma das mais belas peças oratória que o vi proferir, para uma seleta e refinada platéia na trepidante e divertido “Rua da Cortiça” – em Mutum, Minas Gerais, profetizou: “Haverá de chegar o dia em que o Brasil tornar-se-á em um retrato ampliado desta rua, numa GRANDE ZONA do baixo meretrício, tudo por obra e graça de “Políticos Prostitutos” e, “Prostitutos Políticos”, na esculhambação geral, violentado, corrompendo, corrompidos, vilipendiando, assaltando, roubando, de maneira impiedosa e cruel, prostituindo o ESTADO BRASILEIRO”. Cabe a nós “Sua Excelência” o ELEITOR, através de nosso voto, corrigir esta grave anomalia em que eles, transformaram o Estado Brasileiro. Esta é uma ótima oportunidade, iniciarmos uma revolução estrutural pelas eleições municipais, dando continuidade em 2018, pelo poder do voto consciente e responsável, exercitando o inalienável direito a Cidadania através do sufrágio universal.

O pleno Estado Democrático do Direito, é sem dúvida exercido pelo cidadão, na mais ampla garantia que lhe é assegurada pela Constituição Federal, quando diz: “Todo o poder emana do povo e, em seu nome será exercido”...

Fazenda Santa Fé do Mutum – Setembro de 2016 - Ariquemes-Rondonia-Brasil.

 

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