Por: Redação*
Em termos reais, o faturamento do setor atacadista distribuidor em março foi positivo em +5,14% na comparação com fevereiro, enquanto em relação a março do ano passado teve redução de -1,74%. O acumulado do ano acusou queda de -0,38% reais, número próximo da estabilidade, segundo informações da ABAD - Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores.
Já em termos nominais o setor continua a apresentar números positivos: no mês de março, o acumulado do ano aumentou +9,72% em relação ao mesmo período do ano passado; na comparação com o mesmo mês de 2015, a alta foi de +7,48%; na comparação com fevereiro, o resultado cresceu +5,59%.
Ainda influenciados pela base de comparação fraca em 2015, os dados estão alinhados com as expectativas da entidade, que vê 2016 como um ano de recuperação.
“O ano passado foi muito difícil para todo o setor produtivo, mas acreditamos que o ponto mais crítico da desaceleração econômica tenha ficado para trás.”, diz o presidente da entidade, José do Egito Frota Lopes Filho.
“Além disso, a estagnação que marcou os primeiros meses de 2016, em razão do cenário político, deve chegar ao fim com a definição do novo governo, o que é muito positivo para a economia e em especial para o nosso setor, que depende da disponibilidade da renda e da confiança do consumidor”, Lopes Filho.
Dentro dessa perspectiva, a entidade avalia que, mantidos os mesmos patamares de inflação e com um governo capaz de ao menos encaminhar as reformas necessárias, será possível chegar ao fim do ano com recuperação das perdas sofridas em 2015, quando o setor apresentou queda de -6,8% no faturamento, em termos reais. “Em termos nominais, trabalhamos com a expectativa de ampliar o crescimento de 2015, que foi de +3,1%”, comenta José do Egito.
Sobre a ABAD
Criada em 1981, a ABAD representa nacionalmente o segmento e reúne mais de quatro mil empresas de todo o Brasil que comercializam produtos alimentícios industrializados, candies, bebidas, produtos de higiene pessoal e de limpeza doméstica, produtos farmacêuticos e de perfumaria, papelaria e material de construção, entre outros.
De acordo com os resultados da pesquisa do Ranking ABAD/Nielsen, em 2015 o segmento atacadista distribuidor apresentou queda de -6,8% em termos reais e crescimento de 3,1% em termos nominais, atingindo faturamento de R$ 218,4 bilhões, a preço de varejo. Com isso, os agentes de distribuição respondem por uma fatia de 50,6%% do mercado mercearil nacional, que foi de R$ R$ 431,3 bilhões no ano passado. É o décimo ano consecutivo em que a participação do segmento nesse mercado permanece superior a 50%. (com informações da Studio Graphico de Comunicação).