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Vale e Premium Não atendem Pedido da Juntos Para Cancelar a 5ª Corrida

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31/10/2015 - por Paulo César Dutra

     O presidente do JUNTOS SOS Espírito Santo Ambiental Eraylton Moreschi Junior enviou um comunicado para o Folha Diária informando que a entidade ambientalista havia tomado todas as providencias no alcance dela para evitar a realização da 5ª Corrida Vale no interior do Complexo Industrial de Tubarão através das autoridades capixabas, que foram frustradas. Por último o Juntos  enviou requerimentos para a Vale patrocinadora da corrida e para a Premium organizadora do evento, para que cancelassem a corrida. A entidade não foi atendida.

     Neste momento, hoje dia 31 de outubro, segundo o presidente  do Juntos, frustrada, a entidade faz um apelo aos mais de dois mil atletas inscritos na 5ª Corrida, para que realizem seus protestos cancelando suas participações no evento e solicitando o reembolso das suas inscrições pelo fato da empresa não ter dado ciência aos mesmos dos riscos de Saúde que estariam sujeitos participando do evento.

     Os ofícios do Juntos SOS Ambiental foram enviados para as autoridades ambientais e da saúde, do Estado e do Município de Vitória. Receberam também ofícios da entidade a Gerência Regional de Comunicação da Vale e a diretoria da Premium. O oficio tinha o seguinte teor: a JUNTOS SOS ES Ambiental vem através deste requerer o cancelamento da 5ª Corrida Vale no interior do Complexo Industrial na Ponta de Tubarão.

     Eraylton disse que “Nossa solicitação esta fundamentada nos pareceres técnicos de médicos e do IEMA”.  Acrescentou que “nossa solicitação tem como objetivo primeiro a garantia da Saúde e Qualidade de Vida dos Atletas que se inscreveram para participar do evento sem terem a mínima informação dos riscos que estarão sujeitos ao participarem do vento”, disse Moreschi.

- Lembramos ainda – prossegue - dos riscos a Saúde e das garantias do Cidadão que tal evento implicará. Certos de que os pareceres técnicos,  apresentados são muito mais fortes que qualquer justificativa para se insistir na realização da 5ª Corrida Vale no interior do SITE da empresa VALE”, disse Eraylton.

     Moreschi usou uma do médico José Carlos Perini, que atestou os riscos que correm os atletas:  “...com certeza ninguém vai morrer mas é temerário para o sistema respiratório dos atletas já que é conhecido que os índices de poluição de partículas PM 2,5 E PM10 definidos como normais pelo CONOMA são muito acima do que a OMS determina como o máximo tolerável para a saúde... "

Poluição

    O que os moradores da Grande Vitória vêm apontando há tempos foi confirmado pelos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável do IBGE: o ar da região metropolitana está mais poluído. O estudo publicado avaliou a variação da concentração de poluentes. Foram avaliados os seguintes poluentes: partículas totais em suspensão (PTS); partículas inaláveis (PM10); dióxido de enxofre (SO2); dióxido de nitrogênio (NO2); ozônio (O3); e monóxido de carbono (CO), medidos em microgramas por metro cúbico (mg/m3).

     O estudo do IBGE revela que a concentração de partículas inaláveis (poeira que pode ser aspirada pelo ser humano) chegou ao pico de 115 µg/m3 (microgramas por metro cúbico). O limite da OMS é de 50 µg/m3. Significa que o ar daqui esteve 230% mais sujo do que recomenda a principal entidade médica do planeta. Outro poluente que extrapolou o parâmetro da OMS foi o ozônio (O3), onde a concentração máxima medida na Grande Vitória foi 143 µg/m3. O limite da OMS é de 100 µg/m3.

Pó Preto

     O problema da poluição do ar na Grande Vitória é tão grave que, pela segunda vez, a Assembleia Legislativa do Espírito Santo - ALES monta uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar responsabilidades (a primeira CPI aconteceu na década de 1990).  O principal alvo são as atividades da Vale e ArcelorMittal Tubarão no Complexo Industrial de Tubarão, localizado na Serra e em Vitória, de onde há décadas se lança o pó preto e gases sobre os bairros da Grande Vitória.

     Além dos incômodos e danos patrimoniais, moradores reclamam das doenças respiratórias provocadas ou agravadas pela poluição. Fatos corroborados por médicos e pesquisadores capixabas, como as médicas da Sociedade Capixaba de Pneumologia, Ciléia Martins e Ana Maria Casati; o  médico alergista e imunologista José Carlos Perini e o oftalmologista  Ubirajara Moulin.

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