Por: Redação*
Recentemente foi descoberto que, além da dengue, o mosquito Aedes Aegypti também vem sendo o responsável pela transmissão de outros dois tipos de vírus: o zika e o chikungunya. Segundo especialistas, os sintomas das três doenças são muito parecidos entre si, estando entre eles: a febre alta, dores no corpo, nos olhos, musculares e manchas vermelhas na pele. As informações são do ex-secretário da Saúde do Estado do Rio de Janeiro, Sergio Cortes, no Governo Sérgio Cabral.
Ele explica que com o surgimento destes novos vírus causados pelo mesmo mosquito, é muito importante ressaltar algumas maneiras de diferenciar cada doença. Os sintomas que se destacam na dengue em relação às demais enfermidades são as dores musculares e atrás dos olhos. Sergio Cortes ainda comenta que para esclarecer quanto às semelhanças entre os sintomas do zika vírus e da chikungunya, o enfermeiro Bruno Del Guerra, representante da Vigilância Epidemiológica de Itapetininga (São Paulo), aponta alguns sinais como predominantes de acordo com cada doença. No zika vírus o que predomina é a coceira no copo e a vermelhidão nos olhos. Já no chikungunya as dores nas articulações são bastante intensas.
Cortes revela que apesar de associado ao atual índice de microcefalia em recém-nascidos, estes dados ainda estão sendo estudados, tornando difícil estabelecer o nível de gravidade do zika vírus. Del Guerra disse que, por outro lado, no caso da dengue já se sabe das possíveis consequências hemorrágicas da doença, lembra Cortes. Além disso, Guerra ainda enfatiza a importância de buscar assistência médica em caso de surgimento de sintomas que possam caracterizar alguma destas doenças. Segundo o enfermeiro, estão em andamento estudos para saber se é possível que um indivíduo hospede mais de um vírus ao mesmo tempo.
Sabe-se que não há antiviral ou qualquer tipo de medicamento para solucionar ou prevenir a doença. Sergio Cortes menciona que, conforme informações do especialista, o tratamento para estas doenças está em fase de estudos. Por enquanto, o tratamento deve ser feito com hidratação via oral a base de soro, ou se necessário via intravenosa em unidades de saúde. A hidratação deve ser acompanhada de repouso absoluto por no mínimo cinco dias para restabelecer o vigor físico.
Há cerca de quatro anos, o Instituto Butantan, em São Paulo, trabalha na tentativa de criar um antídoto eficaz para o combate das doenças. Já na segunda etapa das pesquisas, o Instituto aguarda que o remédio passe para terceira fase e seja fabricado em escala industrial, relata Sergio Cortes. Os cientistas têm a esperança de que medicamento seja aprovado ainda este mês pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para dar início a última etapa das pesquisas.
Contando com o monitoramento dos pesquisadores, aproximadamente 17 mil voluntários receberão as primeiras doses do novo medicamento. Para os especialistas, comenta Sergio Cortes, a vacina desenvolvida apresentará 80% de eficácia e poderá combater os quatro tipos de dengue. Todavia, ainda não há prazo para o início da última etapa dos estudos. De acordo com a Anvisa o pedido de liberação está sendo analisado. Enquanto não existe solução para estes problemas, só resta à prevenção e eliminação de possíveis focos de reprodução do mosquito transmissor das doenças, ressaltam profissionais da área. Om informações do jornal O Globo e do Website: http://sergiocortesoficial.com/