Diante de uma pesquisa que está sendo realizada na Suécia, desde o ano passado, para saber por que suecos estão tendo menos relações sexuais, o vereador Per-Erik Muskos, de 42 anos, da cidade de Overtornea, da Região Norte daquele país fez uma moção na Câmara Municipal, afirmando que seus conterrâneos  devem  ter uma pausa de uma hora remunerada durante o trabalho para poder fazer sexo com seus parceiros. 

A declaração de Muskos foi feita na última terça-feira (21). O objetivo, segundo ele, é melhorar as relações das pessoas. "Há estudos que mostram que o sexo é bom para a saúde", disse o político ao jornal sueco Dagens Nyheter. O vereador afirmou que os casais não passam muito tempo juntos o suficiente na atual sociedade. "É uma questão de ter melhores relações sentimentais", insistiu. Contudo, Muskos admitiu que não há como provar que os funcionários não usarão sua hora para fazer outras coisas que não passar um tempo com seu parceiro.

"Não se pode garantir que o trabalhador não vá passear, ao invés disso", afirmou o vereador, acrescentando que os chefes das empresas precisarão confiar em seus funcionários. Muskos disse que não vê motivos pelos quais sua moção não possa ser aprovada. Atrás dos finlandeses e dos franceses, os empregados suecos são os que menos trabalharam na Europa em 2015, uma média de 1.685 horas, segundo um estudo do instituto de pesquisas Coe-Rexecode.

 Governo faz pesquisa

 O estudo que a agência sueca de saúde pública está levando a cabo pretende saber se esta afirmação é verdade e responder também a outras questões do foro íntimo dos suecos, tais como doenças venéreas, gravidezes indesejadas ou até violação.

 O ministro da Saúde sueco, Gabriel Wikstrom, afirmou que o estudo não pretende debruçar-se só sobre os efeitos do sexo na saúde, mas também abordar o prazer nas relações, Mais, o governante considerou que “é paradoxal que numa sociedade tão permeável ao tema do sexo, desde a publicidade às notícias diárias, o tema seja tabu e esteja excluído do debate político”.

O estudo quer, portanto, mudar a atitude da sociedade sobre o assunto, já que os pais e os professores têm dificuldades em falar sobre sexo. A pesquisa com a população sueca vai durar três anos. Os primeiros resultados do estudo são esperados em junho de 2019. Com informações e foto da AFP /Agence France-Presse)