Da: Redação*
A Seleção Brasileira de 1958, campeã mundial pela primeira vez, na Suécia, na Europa, foi marcada, por reunir os maiores craques brasileiros da história. Entre eles, os gênios Garrincha e Pelé. Com os dois em campo, o Brasil jamais foi derrotado. A última vez que os dois jogaram, juntos na seleção, foi na Copa da Inglaterra, em 12 de julho de 1966, na estréia do Brasil, contra a Bulgária, no estádio Goodison Park, em Liverpool. O Brasil venceu por 2 x 0, com gols de Pelé aos 15 minutos e Garricha aos 63 minutos.
Em 1958 a Seleção desfilou seu futebol de talento pelos gramados suecos com outra marca, esta curiosa: foi a primeira vez em que o Brasil entrou em campo sem que seus jogadores usassem a numeração tradicional - àquela em que o goleiro era o número 1, o lateral-direito, o 2, o zagueiro, o 3, e assim por diante.
Por um motivo que até hoje não foi devidamente esclarecido. Há a versão de que a relação oficial do grupo não foi enviada a tempo à FIFA, que se encarregou então de numerar os jogadores. Eles usaram na Copa do Mundo de 1958 uma numeração completamente diferente. Por exemplo: o goleiro Gilmar recebeu a número 3; Zagallo, normalmente o número 11, ficou com a sete. E o seu contrário: Garrincha, ao invés da sete, usou o número 11.
Assim, Didi, que sempre foi o número 8 no Botafogo e na Seleção Brasileira, na Suécia, vestiu a 6. Ele foi eleito o melhor jogador da Copa do Mundo de 1958. Vavá, o centroavante, vestiu a 20. A camisa número 9 ficou com o zagueiro reserva Zózimo. Nílton Santos, o melhor lateral-esquerdo da Copa, ficou com a camisa 12.
Zagallo, o número sete, tem uma provável explicação para o que aconteceu com a numeração. “Não sei direito, mas acho que mandaram a numeração que puseram nas nossas malas, com as quais viajamos. Só pode ser essa a explicação, porque, me lembro muito bem, a minha mala tinha o número sete”, disse Zagallo.
No grupo de 22 jogadores, só um jogador vestiu a camisa certa: Pelé. Foi coincidência que ele tenha ficado com a eterna camisa10? Naquela copa o Brasil contou com os seguintes jogadores que em ordem numeral das camisas ficaram assim entre parenteses: goleiros Gilmar (3) e Castilho (1); laterais Mauro (16), Djalma Santos (4), Oreco (8), Nilton Santos (12) e De Sordi (14); zagueiros Bellini (2), Zózimo (9) e Orlando (15); meias Zito (19), Moacir (13), Dino Sani (5) e Didi (6); atacantes Zagallo (7), Pelé (10), Garrincha (11), Joel (17), Mazzola (18),Vavá (20) , Dida (21) e Pepe (22). O técnico era Vicente Feola. (Com informações do Arquivo Nacional e do jornal Correio da Manhã).