Uma pesquisa online realizada pela HSR Health e pelo Movimento Todos Juntos Contra o Câncer ouviu mil brasileiros sobre a prevenção do câncer de pele. A sondagem, que recebeu respostas de moradores de todas as regiões do país, procurou entender a rotina de exposição ao sol e os hábitos de uso protetor solar.
De acordo com a pesquisa, o brasileiro fica exposto ao sol portrês horas, em média, sendo que 18% ficam expostos por cinco horas ou mais. Homens e moradores do Nordeste e Sudeste do país estão acima da média nacional, tomando mais de três horas de sol, por dia, em média.
A maioria dos entrevistados (98%) diz estar ciente que o filtro pode ajudar na prevenção do câncer de pele. Porém, 31% dos entrevistados não costumam utilizar protetor solar com frequência. Os 69% que utilizam, dedicam o cuidado em especial nas regiões do rosto (66%)e braços (49%), deixando de proteger todo restante do corpo.Foi levantado também que 32% dos entrevistados aplicam o protetor apenas uma vez ao dia.
O ideal é evitar a exposição solar das 9h às 15h e, se precisar ficar exposto, lembrar sempre de passar o protetor solar generosamente várias vezes ao longo do dia. O uso de boné ou algo para proteger a cabeça e o rosto também é fundamental, já que estas partes do corpo são onde o câncer de pele se desenvolve com maior frequência.
A sondagem apontou que 40% nunca foi a um dermatologista por qualquer motivo. Dos que já foram, 35% são devido a consultas de rotina; 19% disseram que se consultam para fazer tratamento de doenças de pele e 8% procuram o especialista para avaliar ou investigar sinais ou lesões suspeitas de câncer de pele.
No entanto, a coordenadora de pesquisa do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer, Nina Melo, defende que haja maior contato da população com o médico especialista, para informar sobre prevenção e fazer o diagnóstico precoce. “Além de conhecer a importância do protetor solar, é preciso democratizar o acesso não só a esse item específico, mas também ao dermatologista, pois ainda há uma grande parcela da população que nunca se consultou com um especialista”, ressalta.
O diretor da HSR Health, Bruno Mattos, avalia que o dermatologista é o agente com maior potencial na influência do uso frequente do protetor solar. “A população com passagem no especialista apresenta 23% a mais de uso do filtro”, destaca.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), os tumores de pele não melanoma são o mais frequentes no Brasil e correspondem a cerca de 30% de todas as neoplasias malignas registrados no país.Também apresentam menor mortalidade. Mas, se não tratado adequadamente pode deixar mutilações bastante expressivas.
Já o câncer de pele melanoma representa apenas 3% das neoplasias malignas do órgão. É o tipo mais grave, devido à alta possibilidade de provocar metástase, quando a doença se espalha para outras partes do corpo.