Da redação
Nos últimos meses têm sido frequentes as notícias sobre participações de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em eventos no exterior.
Longe do Brasil, eles fazem críticas ao governo federal e ao Congresso, defendem o sistema eleitoral e não hesitam em manifestar opiniões controversas. Para alguns colunistas da Gazeta do Povo, é estranho esse tipo de comportamento, em que representantes do Judiciário se mostram dispostos a discutir os problemas do Brasil quando estão longe do país. Em sua coluna mais recente, Guilherme Fiuza usa seu estilo sagaz para propor o New Brazil, um evento fora do país para resolver como deverão ser as coisas aqui:
“O New Brazil só terá conferencistas de ponta. Juízes de tribunais superiores falando mal do governo do seu país com linguajar colegial. Autoridades eleitorais explicarão como fazer para que o candidato que eles não querem que ganhe a eleição seja derrotado.”
Luís Ernesto Lacombe expressa sua indignação usando um personagem, “um juiz que tem lado, que tem inimigo declarado”:
“Ele não aceita críticas ao STF, mas sente-se à vontade para falar mal da Suprema Corte dos Estados Unidos. E qualquer decisão contrária à sua agenda será sempre ilegítima. A Constituição pouco importa.”
De forma mais direta, Alexandre Garcia questiona a atitude dos ministros do STF que não atendem aos convites para debater no Senado:
“O interessante é que eles vão para o exterior e falam sobre o Brasil, emitem opinião, coisa que não é própria de juízes – opinião pessoal, enquanto forem juízes, é algo que não pode.”
Não é qualquer veículo que tem coragem para se posicionar dessa maneira, garantindo a seus colunistas total liberdade para emitir suas opiniões.
Isso acontece porque uma das convicções da Gazeta do Povo é defender a liberdade de expressão. Para nós, isso é fundamental no exercício da democracia.
Nesse time de colunistas, que não têm medo do politicamente correto, estão ainda Rodrigo Constantino, J.R. Guzzo, Cristina