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Buda de Ibiraçu: A Maior Estátua de Buda do Ocidente é Capixaba

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23/08/2024

Por Carlos Alberto Rocha

Você sabia que um dos principais cartões postais do Espírito Santo, o Buda Gigante de Ibiraçu, é a maior estátua de Buda do Ocidente? Sim, a segunda maior estátua de Buda do mundo é capixaba! E acredite: é maior até que o Cristo Redentor no Rio de Janeiro!

O Buda de Ibiraçu está localizado no município de Ibiraçu, no norte do Espírito Santo, no Brasil, logo depois dos municípios de Serra e Fundão, às margens da BR-101, no Km 217, na entrada do Mosteiro Zen Morro da Vargem – aliás, o primeiro mosteiro budista da América Latina!

Inaugurado em 2021, a estátua do Buda tem 35 metros, mas com o pedestal chega a 38 metros, sendo maior que o Cristo Redentor, que tem 30 metros (sem o pedestal). A maior estátua de Buda do mundo fica na cidade de Hong Kong, na China. (Fonte: Wikipédia)

De fato, a estátua é gigante mesmo! Por exemplo, veja nas fotos abaixo como eu fiquei pequeno perto do Buda!!! 😱

Uma atração turística e religiosa

Podendo ser avistado de longe na rodovia, o Buda de Ibiraçu tornou-se rapidamente um dos principais cartões postais do Espírito Santo, chegando a receber cerca de 4 mil visitantes nos finais de semana! Além disso, a visita ao Buda Gigante está incluída em vários roteiros das principais agências de viagens capixabas, principalmente nos passeios “bate e volta” para Santa Teresa!

Além de atração turística, o Buda de Ibiraçu é também uma atração religiosa. A estátua do Buda sentado sobre uma flor de lótus como pedestal representa na cultura budista, um ser iluminado. Ao lado, há outras 15 estátuas meditativas de Buda, de 2,5 metros de altura cada.

O monumento foi construído na Praça Torii onde também está um tradicional portão japonês – o Portal Torii – que simbolicamente, marca a transição do mundano para o sagrado. (Fonte: Wikipédia)

Também na Praça Torii fica o Jardim Zen, considerado o “Jardim da Serenidade”. Ele é feito de pedras e pedriscos, com desenhos que sugerem o movimento da água e das pedras, formando o “Lago da Serenidade”.

Assim sendo, para completar a infraestrutura do local, há um jardim Zen com um lago cheio de carpas, banheiros, uma lojinha de artesanatos, lanchonete e estacionamento.

 

O Mosteiro de Ibiraçu existe desde 1974 e está aberto para visitação SOMENTE aos Domingos, com agendamento prévio – a visita custa R$15,00. Além disso, promove também vivências e retiros. Saiba mais no site oficial do Mosteiro.

O acesso à estátua do Buda é livre e gratuito, e você pode visitá-lo em qualquer dia ou horário (24 horas), pois fica na área externa do mosteiro.

Enfim, fica aí mais essa recomendação do Terra Capixaba para você conhecer o Buda de Ibiraçu! E claro, quando postar suas fotos no Instagram, lembre-se de marcar o @terracapixaba, ok? 😉

Como chegar:

Partindo de Vitória, siga em direção ao norte pela BR-101, passando pelos municípios de Serra e Fundão. A distância da Capital é de 66,7 km. Você já verá o Buda Gigante ao longe, na altura do Km 217 à sua direita numa curva. No local há estacionamento.

IMPORTANTE: Ao visitar esse ponto turístico, que tal mantê-lo preservado, do jeito que está? Não joguem ou deixem lixo nos locais. Ajudem a preservar o patrimônio natural que pertence a todos nós. O Meio Ambiente e o Terra Capixaba agradecem!

(Parte II-Budismo)

Budismo

Por Juliana Bezerra, Professora de História

Budismo é uma doutrina filosófica e espiritual, surgida na Índia, nos séc. VI a.C. e tem como preceito a busca pelo fim do sofrimento humano e assim, alcançar a iluminação.

Seus princípios baseiam-se nos ensinamentos de Siddhārtha Gautama, conhecido como Buda, que significa "Desperto" ou "Iluminado" .

Os budistas, portanto, não adoram um deus ou deuses, nem possuem uma rígida hierarquia religiosa, sendo muito mais uma busca individual, quando comparadas às religiões monoteístas ocidentais.

Características do budismo

O budismo se caracteriza por uma série de ensinamentos que guiam o ser humano a desapegar de todos os defeitos próprios da humanidade como a raiva, ciúme e inveja para desenvolver as qualidades como o amor, generosidade e sabedoria.

O budismo, assim, é uma atitude perante o mundo, pois seus seguidores aprendem a desapegar-se de tudo o que é transitório, o que resulta numa espécie de autossuficiência espiritual.

Nirvana e Carma

No universo budista, o qual não possui início ou fim, o Nirvana seria o estágio ideal, mas esse não pode ser ensinado, apenas percebido.

O Carma é assunto de destaque no Budismo. Segundo esta ideia, as boas e más ações (surgidas da intenção mental) trarão consequências nos próximos renascimentos.

Em cada um deles, o ser vai ter a oportunidade de largar de tudo aquilo que o impede de alcançar a perfeição.

Portanto, o renascimento, processo em que passamos por vidas sucessivas, é justamente o ciclo onde se busca romper o sofrimento para ascender às moradas mais puras.

Este ciclo vicioso de sofrimento é chamado "Samsara" e é regido pelas leis do Carma.

Dessa forma, o caminho pretendido no Budismo é o “Caminho do Meio”, ou seja, a prática do não-extremismo, tanto físico quanto moral.

Buda

O Buda não é para os seguidores da doutrina um ente particular, mas um título dado a um mestre budista ou a todos os que alcançaram a realização espiritual do budismo. Assim, Buda, em hindu, quer dizer "o Iluminado" ou "o desperto".

O primeiro Buda foi Siddhartha Gautama, um príncipe da dinastia Sakia, na Índia, que deixou tudo para dedicar-se à vida espiritual.

Nascido em 563 a.C. sua vida é resumida pelos seus seguidores em nascimento, maturidade, renúncia, busca, despertar e libertação, o ensino e a morte.

Estátua de Siddhartha Gautama

Siddhārtha Gautama foi criado rodeado de luxo, casou-se e teve um filho, mas na juventude descobriu a realidade do sofrimento humano e ficou chocado.

Encontrou-se com quatro pessoas: uma anciã, uma doente, outra morta e, por fim, um asceta, e se indagou sobre a origem de tudo aquilo.

No entanto, foi quando se encontrou com este asceta religioso, que se mortificava em jejum rigoroso, que pensou que ali estava a resposta para suas indagações.

Por isso, raspou a cabeça em sinal de humildade, trocou suas suntuosas roupas pelo despretensioso traje alaranjado, e lançou-se ao mundo em busca de explicações para o enigma da vida.

Após sete anos de privações, Gautama escolheu a sombra de uma sagrada figueira e passou a meditar, permanecendo assim até esclarecer todas as suas dúvidas.

Durante esse tempo, ocorreu o despertar espiritual que ele tanto procurava. Iluminado por um novo entendimento de todas as coisas da vida, rumou para a cidade de Benares, à margem do rio Ganges. Sua ideia era transmitir aos outros o que lhe acontecera.

Origem do budismo

O budismo nasce quando Siddhārtha Gautama decide compartilhar com outras pessoas seu caminho para alcançar o fim do sofrimento.

Sua doutrina se mistura às crenças do hinduísmo, tornando uma filosofia que se adaptava facilmente a cada região onde se instalava, bem como a cada ser humano que desejasse aprendê-la.

Nos 45 anos que pregou sua doutrina, por todas as regiões da Índia, o Buda mencionou sempre as "Quatro Verdades" e as "Oito Trilhas".

Além disso, resumiu o seu pensamento na Regra de Ouro:

"Tudo o que somos é resultado do que pensamos".

Somente séculos depois da sua morte foi realizado uma reunião que definiu os preceitos budistas, onde prevaleceram duas grandes escolas: Theravada e Mahayana.

Ensinamentos do budismo

Os ensinamentos de Gautama, proferidos no parque da cidade de Benares, definiu os caminhos a seguir para chegar à sabedoria da moderação e da igualdade.

Segundo o budismo, existem Quatro Verdades:

1. a vida é sofrimento;

2. o sofrimento é fruto do desejo,

3. ele acaba quando termina o desejo,

4. ele é alcançado quando se segue os ensinamentos de Buda.

Com essas "Quatro Verdades Nobres", o homem dispõe dos elementos básicos para enveredar pela "Senda das Oito Trilhas".

Dele exigirão pureza de fé, de vontade, de linguagem, de ação, de vida, de aplicação, de memória e de meditação.

Da terceira e quarta trilhas, os seguidores de Buda extraíram cinco preceitos, parecidos com os mandamentos judaico cristão, pois aconselhavam a não matar, não roubar, não cometer atos impuros, não mentir e não beber líquidos inebriantes.

Escolas budistas

Quatro são as escolas budistas mais conhecidas:

Nyingma

Kagyu

Sakya

Gelupa

Prevalece nelas o caminho da libertação pelas Três Joias:

O Buda como guia;

O Dharma como lei fundamental do universo;

O Sangha como a comunidade budista.

A expansão do budismo

Durante os três séculos que se seguiram depois da morte de Gautama, o budismo propagou-se pela Índia Antiga. Ele acabou tendo mais adeptos que o próprio hinduísmo, a religião tradicional do país.

Mas, após se alastrar pela Ásia toda, desapareceu do país de origem, cedendo lugar ao hinduísmo. No decorrer da expansão, levado pela rota comercial da seda, atravessou todo o Oriente.

A doutrina original diferenciou-se, tornou-se menos rigorosa, adaptou-se às necessidades espirituais da gente simples. Essa forma de budismo denominou-se mahayana, ou "veículo maior".

No Tibete, a doutrina fundiu-se com a antiga religião bon-po, derivando-se depois para o lamaísmo.

Na Birmânia, Tailândia, Laos, Cambodja, Ceilão e Vietnã, o budismo permaneceu ortodoxo, sendo chamado hinayana, ou o "veículo menor".

Gradualmente, peregrinos chineses e monges budistas hindus começaram a cruzar as montanhas, como missionários.

Um dos peregrinos, Hsuan-Tsang (ou Xuanzang), deixou a China em 629, atravessando o deserto de Gobi e chegou à Índia.

Ali, durante 16 anos, recolheu dados sobre o budismo e escreveu, segundo a tradição, mais de mil volumes.

Imperava na China a dinastia Tsang e milhares de pessoas se converteram ao budismo.

Entre as outras religiões, o confucionismo, o taoismo, o zoroastrismo, o budismo era a que apresentava conceitos mais profundos e com o tempo ramificou-se em muitas seitas.

Por volta do século VII, o budismo chegou à Coreia e ao Japão, que após a conversão do príncipe Shotoku Taishi, foi feito religião nacional.

No século seguinte, o budismo chegou ao Tibete, mas já bastante mudado. Foi introduzido por Padma Sambhava, monge budista hindu.

A religião oficial já estava em franca decadência. Ela se fundiu facilmente com os novos conceitos e surgiu o lamaísmo. Esse transformou o Tibete em Estado teocrático, governado pelos Dalai e Panchen Lamas - monges lamaístas considerados reencarnação de santidades.

O budismo entrou na Europa em 1819, onde o alemão Arthur Schopenhauer desenvolveu novos conceitos, muito próximos do budismo.

Em 1875 foi fundada a Sociedade Teosófica, que encorajou as pesquisas sobre as religiões asiáticas.

O budismo se expandiu pelo mundo e existem templos budistas em diversos países da Europa, das Américas e na Austrália. Líderes budistas levam pelo mundo seus conceitos de vida, adaptando-se a cada sociedade.

Juliana Bezerra

Bacharelada e Licenciada em História, pela PUC-RJ. Especialista em Relações Internacionais, pelo Unilasalle-RJ. Mestre em História da América Latina e União Europeia pela Universidade de Alcalá, Espanha.


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