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Garrincha No Vasco, Barrado Pelo Sabará?

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30/08/2022

A foto é do jornal “Correio da Manhã”, de1955, e a legenda dava a entender que ele seria barrado na ponta-direita da equipe cruzmaltina, pelo Sabará.

Por Paulo César Dutra*

O insuperável Mané Garrincha dispensa apresentações. Já Sabará era um extrema-direita raçudo, veloz e bom chutador, que defendeu o Vasco de 1952 a 1964, mas seu futebol jamais poderia ser comparado ao do “gênio das pernas tortas”. Sabia que o Garrincha iniciara sua carreira profissional em 1953 no Botafogo, em que jogou até 1965, quando foi vendido para o Corinthians. O jornalista José Carlos Faria que pesquisava uma matéria do jornal “Correio da Manhã”, de1955, sobre o ex-presidente da República, Juscelino, foi quem viu a matéria do Mané e o Sabará, na capa do jornal. Como ele desconhecia esta passagem do Garrincha pelo Vasco, em 1955, se aprofundou na leitura.

Na edição do matutino carioca de 11/11/1955, estava nas páginas esportivas, uma intrigante foto do Sabará e do Garrincha, no campo do Vasco, em São Januário. O mistério foi desfeito ao ser verificado que ilustrava matéria sobre um treino da seleção brasileira, que se preparava para enfrentar o Paraguai, pela taça Oswaldo Cruz.

O jogo com a seleção paraguaia, do qual Garrincha não participou, foi realizado dois dias depois, no Maracanã, com vitória de 3×0 – um gol do próprio Sabará e dois de Zizinho. O selecionado nacional era composto apenas por jogadores de clubes cariocas, que aparecem em outra foto da notícia, também com uniforme do Vasco, entre eles Dequinha e Jordan (Flamengo), Ivan (América) e Santos, o Nilton Santos (Botafogo).

Mané estreara no escrete canarinho, também formado, apenas, com atletas do Rio de Janeiro, dois meses antes, contra o Chile (1×1). Só voltou a jogar pelo Brasil em 1957, sendo depois um dos principais destaques na conquista do bicampeonato mundial na Suécia e no Chile, em 1958 e 1962. Já Sabará defendeu a seleção em nove partidas, sem participar de nenhuma Copa do Mundo.

Eram tempos em que o clube anfitrião fornecia os uniformes para treino, geralmente camisas de jogos já usadas e desbotadas. Não havia patrocínio de fornecedores de material esportivo para os clubes e a seleção brasileira. Os jogadores de equipes rivais não se importavam de vestir camisas de adversários, nos chamados aprontos. Por isto a foto do Garrincha com a camisa do Vasco, causou a curiosidade do jornalista José Carlos Faria, que pulicou uma matéria sobre este fato.Eram, realmente, outros tempos  

Mas de acordo com pesquisas foi esclarecido que o “anjo das pernas tortas” realmente disputou uma única partida pelo Vasco, mas em 1967, já em final de carreira. Foi um amistoso de um time misto contra a seleção de Cordeiro, cidade do interior do Rio de Janeiro. Garrincha fez um dos gols na vitória de 6 x 1.

Mané chegou a defender ainda, profissionalmente, por períodos curtos, o Flamengo, em 1968, e o Olaria, em 1972. Suas condições físicas eram, então, precárias. Os sofridos joelhos já não lhe davam a necessária firmeza para seus desconcertantes dribles. O alcoolismo e os quilos a mais lhe tiraram a destreza e a agilidade. Tinha, esporadicamente, lampejos de genialidade, que se manifestavam em jogos caça-níqueis pelo interior do Brasil. Estava resolvida a informação que o jornalista procurava sobre o Mané.

Mané Garrincha

Manoel Francisco dos Santos (nasceu em Magé, 28 de outubro de 1933 e faleceu no Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 1983), mais conhecido como Garrincha, foi um futebolista brasileiro que atuou como ponta-direita. Notabilizado pela grande habilidade e por seus dribles desconcertantes, Garrincha é considerado por muitos como o mais célebre ponta-direita e o melhor driblador da história do futebol. Mundialmente reconhecido como uma figura lendária no esporte, ele é extremamente popular entre os amantes do futebol no Brasil, onde os fãs mais antigos o consideram melhor até do que Pelé.

No auge de sua carreira, passou a assinar Manoel dos Santos, em homenagem a um tio homônimo, que muito o ajudou. Garrincha também é amplamente considerado como o maior driblador da história do futebol.

Apesar de ter sido acometido por vários defeitos congênitos (ele tinha estrabismo, um desequilíbrio da pelve, seis centímetros de diferença de comprimento entre as pernas; o joelho direito tinha valgismo e o esquerdo varismo), Garrincha, "O Anjo de Pernas Tortas", foi um dos principais jogadores das conquistas da Copa do Mundo FIFA de 1958 e, principalmente, da Copa do Mundo FIFA de 1962 quando, após a contusão de Pelé, se tornou o principal jogador do time brasileiro. Dos 14 gols do Brasil na competição, seis (42%) passaram por seus pés (marcou quatro e deu duas assistências para gols). Neste torneio, ele se tornou o primeiro jogador a ganhar a Bola de Ouro (melhor jogador do torneio), a Chuteira de Ouro (artilheiro da competição) e o troféu da Copa do Mundo numa mesma edição. Por conta disso, a Copa do Mundo de 1962 é conhecida no Brasil como "A Copa do Garrincha".

Incluído na Seleção de Futebol do Século XX por 250 dos escritores e jornalistas de futebol mais respeitados do mundo, ele foi selecionado, em 1994 para a Seleção de Todos os Tempos da Copa do Mundo FIFA e ficou em sétimo lugar numa votação entre especialistas da FIFA sobre o melhor jogador do Século XX.

Morreu em 1983, aos 49 anos, em decorrência do alcoolismo. O cantor e compositor Moacyr Franco compôs a canção Balada N° 7 em homenagem a Garrincha.

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