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Operação Bidê Reativou Silenciosamente a CPI do Grampo da ALES

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18/07/2016 - por Paulo César Dutra

 As investigações foram feitas, a exemplo da operação  “Lava Jato”. Dizem, mas não foi confirmado ainda, que o nome dessa operação será “Operação Bidê”. Porque poderá ser este nome. É porque o bidê é um objeto sanitário, com o formato de uma bacia oblonga, para lavagem das partes inferiores do tronco (partes íntimas) assim como os pés e outras coisas mais. A operação é bem íntima, no Espírito Santo.

Porque pode ser este nome? É porque trata-se de um assunto, que todo mundo pensa que foi arquivado ou seja, jogado fora, pois não tem mais utilidade. Mas muitos se esquecem que este assunto continua vivo, e não foi “arquivado”. Trata-se da CPI do Grampo da Rede Gazeta. Ela está em franca investigação, bem atualizada e que vai surpreender muita gente que anda morrendo de rir, em altos cargos públicos. Sei que essas pessoas envolvidas diretamente, não vão ter o “Japa” no visor, porque ele foi afastado das atividades.
Para refrescar a memória dos leitores da coluna, a partir de 2003, com o assassinato do juiz Alexandre Martins Filho,  a ‘liberdade de imprensa’ e o ‘sigilo da fonte’ foram severamente agredidos no Espírito Santo. A Rede Gazeta (composta por dois jornais diários, três emissoras de TV aberta, uma TV a cabo, quatro rádios e um portal na internet) denunciou que uma das linhas de sua central telefônica, utilizadas pelos funcionários (inclusive por jornalistas para entrevistar suas fontes), estava grampeada. 
Consternada (e com razão), a Rede Gazeta procurou o então secretário de Segurança do Espírito Santo, Rodney Miranda (hoje prefeito de Vila Velha) , exigindo uma explicação. A resposta foi bem sutil, o “guardião”, (diga-se de passagem, a Vivo), entrou na linha telefônica da Rede Gazeta equivocadamente, pois teria sido confundida com o número da linha telefônica da empresa Telhauto, de propriedade de um dos suspeitos do crime.

O fato é: o pedido do grampo foi feito pela delegada da Polícia Civil Fabiana Maioral e pelo promotor de Justiça Marcelo Zenkner, e concedido pelo juiz da 4ª Vara Criminal de Vila Velha, Sérgio Ricardo de Souza. Neste pedido constava uma lista de telefones, inclusive o da Rede Gazeta. Porém, na lista, o telefone da Gazeta aparecia como se fosse de propriedade da empresa Telhauto. Quinze dias depois, os delegados Cláudio Victor e Danilo Bahiense solicitaram que o grampo fosse prorrogado, o que foi deferido pelo desembargador Pedro Valls Feu Rosa.

A CPI do Grampo da Assembléia Legislativa do Espírito Santo – ALES, que apresentaria, no dia 22 de dezembro de 2006, o relatório final das investigações, foi arquivada sem ninguém conhecer o seu teor final. A reunião que seria realizada no Plenário “Dirceu Cardoso” e teria início às 9 horas, nunca aconteceu. O relatório tinha cerca de 200 páginas sobre a existência de escutas irregulares, ilegais e clandestinas que interceptaram ligações telefônicas no Espírito Santo.

A CPI do Grampo foi criada pela resolução nº 2.248/05 para apura a existência de escutas telefônicas irregulares, ilegais e clandestinas, além da existência de informações de que existem pessoas operando aparelhos clandestinos que interceptam ligações telefônicas no Estado. A CPI era formada pelos deputados Rudinho de Souza (PSDB), presidente; deputado Cabo Elson (PDT), vice-presidente e Euclério Sampaio (PMN), relator.

A CPI do Grampo, da ALES, foi concluída quando a casa de leis era presidida pelo então deputado estadual César Colnago (PSDB), hoje vice-governador do Estado! Passados, agora 10 anos, do arquivamento na ALES, a Operação Bidê está em vias dos últimos ajustes. Quem viver verá, outro japa pelo visor.

Eliezer Batista Ligou A Vale Ao Resto Do Mundo

Galgando vários postos ao longo de sua carreira, até ser nomeado presidente da mineradora coube a ele transformar..


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