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Perder e Ganhar

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29/08/2016 - por Gutman Uchôa de Mendonça

Segunda –feira, dia 22 de agosto de 2016, a nação brasileira acordou contente. A vitória da seleção do Brasil sobre a da Alemanha, foi considerada uma desforra dos 7 a 1 que nossos “craques” receberam nos jogos da Copa do Mundo de Futebol, realizada em 2014 no Rio de Janeiro, onde as Olimpíadas de 2016 aconteceram. 

Não nego, como brasileiro, que fiquei exultante com os resultados do salto em varas, canoagem, vôlei, basquete, futebol e até o jovem chorão do atletismo. Vejo as disputas esportivas como uma espécie da pessoa humana encarar desafios e, da contenda, quem ganhar, ganhou...

Na juventude me divertia nos fins de semana com jogo de sinuca, invariavelmente meu par era o primo Luiz Gonzaga do Rio Verde, jovem sóbrio e educado, um cavaleiro que, mais ou menos como eu, queria se divertir, querendo ganhar, mas sem brigar pela conquista. Já o primo João, faça mil favores, o cara era simplesmente revoltante para ganhar e perder. Não tinha a mínima educação, principalmente se perdesse. Trepava na sinuca, dava discurso, dizia que tinha sido roubado, pintava e bordava. Se ganhava, dizia outros tipos de impropérios, como se ele fosse uma machão, que ninguém podia com ele. 

Morava no Rio e nossa sala de sinuca ficava na Borja Reis, um excelente bar, como uma boa cozinha e com donos agradáveis, que nos cercavam de gentilezas, mas chegou um dia que cansaram da falta de educação do parente, para ganhar ou perder. 

Numa dessas tardes o João foi aos extremos. Perdeu e não se conformava com a derrota. Trepou na sinuca, deu um discurso, com todos palavrões possíveis e imagináveis, dando a impressão que estava em sua casa e não num estabelecimento público, onde ninguém está obrigado às suas sabugices. 

O dono da sala de bilhar, após aquele disparate todo por parte de quem não sabia perder nos chamou a um canto, para pedir que não trouxéssemos mais o desaforado para sua casa. Lamentava, ia perder bons fregueses, mas o parente era intolerável e, para não brigar, preferia perder a freguesia. 


Eu e o Luiz passamos a freqüentar os chamados cinemas populares nos fins de semana, com meia dúzia de filmes encarrilhados, um atrás do outro, até o traseiro ficar dolorido. 

No caso das olimpíadas Rio 2016, onde, confesso, alguns resultados fizeram a felicidade dos brasileiros, sente-se perfeitamente que em muitos casos não temos educação para ganhar e muito menos perder. Precisamos treinar muito, saber que a vida não é só ganhar, mas competir sempre, fazer amigos e, quando ganhar, nos comportarmos como gente decente. 


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