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Cientistas Recebem Prêmio Por Constatarem Estresse Em Alimentos

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16/06/2016

 Por: Redação*

Com o objetivo de minimizar a perda de nutrientes e o desperdício de frutas, verduras e hortaliças, um grupo de cientistas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP (Universidade de São Paulo), responsável pelo trabalho “Bases Moleculares das Transformações Pós-Colheita e Qualidade de Frutas”, descobriu que os alimentos sofrem mudanças fisiológicas que aceleram ou retardam o seu amadurecimento, e um dos motivos para isso é o estresse causado na pós-colheita, no transporte e no armazenamento. Essas transformações alteram a sua composição físico-química e refletem na qualidade e conservação desses alimentos.
 
As alterações ocorrem desde que o fruto é retirado do pé e flui até o momento de seu consumo. Para que os pesquisadores pudessem entender esse processo foi necessário o estudo de enzimas (substâncias orgânicas, proteicas, que atuam como catalisadoras), hormônios vegetais (composto orgânico responsável por regular as reações de desenvolvimento e crescimento das plantas) e moléculas envolvidas no processo. Foi constatado que as mudanças dependem da síntese de enzimas e da expressão de genes específicos na pós-colheita, assim como de determinados hormônios.
 
Para que chegassem a esse resultado, o grupo analisou como bananas e mamões passam por essas mudanças fisiológicas. Confirmou-se transformações do amido em sacarose, adoçando as frutas, além de reconhecerem as enzimas envolvidas nesse processo. Assim como, identificaram a participação de enzimas específicas na degradação da parede celular dos mamões que impactam na textura do alimento.
 
A velocidade da transformação varia com o cultivar e pode ser mais resistente ao frio, fator importante para transporte a longa distância com boa qualidade. Essas substâncias são potenciais alvos moleculares para o controle tecnológico dessas transformações.
 
Segundo Franco Lajolo, coordenador da equipe de pesquisadores, com esses resultados torna-se possível proporcionar segurança alimentar e nutricional, com redução de perdas alimentícias. “Uma enorme quantidade dos frutos colhidos não chega à mesa, o que representa um desperdício de milhões de toneladas”, afirma Lajolo.
 
O trabalho foi o vencedor do Prêmio Péter Murányi 2016 que tem como objetivo reconhecer cientistas e pesquisadores que viabilizam melhor qualidade de vida das populações em desenvolvimento. A premiação acontece anualmente contemplando temas como Alimentação, Educação, Saúde e Desenvolvimento Científico & Tecnológico.
 
“O que o prêmio de nossa Fundação valoriza é o trabalho de pesquisa aplicado para o desenvolvimento das sociedades. O grande foco está na eficiência dessas pesquisas que podem retornar para as comunidades através de melhorias sensíveis”, afirma Vera Murányi Kiss, presidente da Fundação.
 
A Fundação Péter Murányi foi criada em 1999 pelos irmãos Vera e Péter Jr. e desde a primeira edição do Prêmio, em 2002, já investiu cerca de R$ 2,2 milhões em reconhecimento de pesquisadores e seus trabalhos. O Prêmio Péter Murányi concede ao vencedor um valor de R$ 200 mil, um certificado e um troféu. (Com informações da empresa Ricardo Viveiros & Associados Oficina de Comunicação - jessica.almassi@viveiros.com.br e da Fundação Péter Murányi - imprensa@fundacaopetermuranyi.org.br).

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