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Cachorrada

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30/10/2016 - por Nancy Araújo de Souza

Em dias que antecedem as eleições a gente fica sujeita a tanta coisa   esquisita que é um espanto. As campanhas mostram candidatos tão desesperados para vencer que o nível das discussões e dos argumentos desce tanto que esbarra no inacreditável. O eleitor fica perplexo com tanta barbaridade que as propagandas mostram do oponente que, no fim das contas, parece que nenhum candidato presta, que  nenhum está preparado para assumir um cargo de tamanha importância. Tanta cachorrada que a gente fica sem saber como escolher o candidato menos pior. Então, vale mais a pena mudar de assunto e falar de amores e de desamores.

As histórias de amores desfeitos são sempre interessantes. Existem amores que terminam por desgaste natural do relacionamento e tudo se resolve de  maneira pacífica para ambos os lados, sem mágoas ou ressentimentos. Isso acontece principalmente quando não há bens para dividir. Quando o patrimônio é grande, aí a coisa muda de figura. Cada um querendo mais e se julgando mais merecedor do que o outro. Quando os filhos são pequenos, a confusão se estabelece em razão da pensão que alguém deve pagar para as despesas com as crianças. Quem fica com os filhos sempre julga que o valor é menor do que o necessário e quem paga julga que o valor é excessivo. As crianças se transformam em moeda de troca e é difícil chegar a um entendimento. A separação litigiosa, então, nem é bom pensar  no que os cônjuges podem fazer para um prejudicar o outro. Mágoa é um sentimento muito forte que não acaba com facilidade e, às vezes vira ódio. Se a mulher for o lado ofendido na separação, ai ,ai meu Deus! Ninguém sabe do que é capaz uma mulher ferida em seu brio, aliás os políticos sabem muito bem e morrem de medo das suas, principalmente das ex. Essas entregam todos os segredos...

Até animais de estimação entram na confusão quando o casal se separa.

Com certo casal a separação foi muito traumática, verdadeira cachorrada. Começou o barulho quando ela descobriu  mais uma traição dele. Não era só uma traição, mas traição com uma mocinha mais nova, bem mais nova, mais nova do que a filha. Aí, não dava para suportar. Das outras vezes ela se fazia de desentendida, não dava muita importância, fazia de conta que não sabia. Afinal, homem é assim mesmo, sempre pula a cerca... Quando acabava o caso ele ficava mais carinhoso, cheio de atenção e isso a fazia esquecer a traição.
 Uma vez ele lhe trouxe uma cadelinha linda de presente, assim que findou o caso com a secretária bonitona que era noiva e logo se casou e mudou. Eles até foram ao casamento. Ela cuidou da cadelinha e até pensou em lhe dar o nome da moça, mas desistiu.  
A cadelinha passou a ser mais uma filha. Era tratada com todo cuidado e atenção, até dormia com eles algumas vezes. Era um dengo só. Quando iam para o sítio sempre a levavam  e, para que não misturasse sua linhagem com os vira-latas do caseiro, foi castrada e impedida de sair da casa desacompanhada.

Após o casamento dos filhos, o casal se dedicou ainda mais a ela até a chegada dos netos. Com o crescimento da família tudo ficou um pouco diferente, mas ela ainda tinha sua importância na casa. . Era grande companhia, mas já estava ficando idosa e surgiram alguns problemas de saúde. Começou a dar trabalho.

Todos os conhecidos se surpreenderam com a notícia do divórcio. Como? Por quê? Nessa idade!!!! Ela bateu o pé, daquela vez não poderia perdoar, que-ria se separar mesmo. Mandou-o procurar seu rumo e ficou na casa com a cadelinha e uma empregada. A baixaria começou logo. Ele propôs vender a casa para repartirem o patrimônio. Ela recusou, mandou-o ficar com o sítio e ela ficaria com a casa. Como a  mocinha não queria morar no sítio, ele precisava de dinheiro para comprar um apartamento Os filhos tiveram que intervir e depois de algum tempo e muita discussão prevaleceu o que ela quis e ele foi morar de aluguel.

Na audiência muita roupa suja foi lavada na presença de estranhos. A cadelinha foi desprezada pelos dois, ninguém a queria mais. Ele disse que era dela, ela disse que como era presente dado por ele, preferia devolver. Já que era assim, ele mais que depressa pediu que ela devolvesse também as jóias e ela se recusou alegando que seriam herança para as filhas. Ele argumentou que ia morar com a jovenzinha em prédio que não permitia a presença de animais, Ela, por questão de segurança, também ia se mudar para um apartamento e não podia levar a cadelinha .Sugeriu que ele se mudasse para o sítio e a levasse. No sítio correria menos risco de levar um baita chifre da mocinha porque há muito tempo ele sofria daquele problema que os homens resolvem com uns comprimidos. Teve vontade de dizer aquele termo feio, mas achou melhor dizer que ele sofria de disfunção erétil. Alguns presentes prenderam o riso e ele ficou vermelho. Ficou irado e quase partiu para a violência, gritando que era mentira e despeito, pois o problema era a frigidez dela. Com a mocinha ele não tinha problema nenhum podiam perguntar a ela. A audiência foi suspensa para não acabar em pancadaria.

 No final, a cadelinha ficou com ele e a nova mulher por terem o sítio onde poderiam deixá-la. . A ex-mulher mudou-se para um belo apartamento alugou a grande casa para uma empresa por excelente preço e recebe do ex-marido uma pensão que lhe permite uma vida tranquila e confortável. Encontram-se nas festas de família.  De vez em quando, a  mocinha vai visitar os pais no interior e ele fica sozinho. Nesses dias visita a ex-mulher e fica para dormir. Isso sim, é cachorrada... Amores desfeitos são muito interessantes!!!! 
     

Eliezer Batista Ligou A Vale Ao Resto Do Mundo

Galgando vários postos ao longo de sua carreira, até ser nomeado presidente da mineradora coube a ele transformar..


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