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Santa Teresa, A Primeira Colônia Fundada Por Imigrantes Italianos No Brasil

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08/07/2022

Da Redação:
Por Paulo César Dutra (dutra7099@gmail.com)

A história de Santa Teresa se inicia no ano de 1874, com a chegada da primeira leva de imigrantes italianos a bordo do navio a vela “La Sofia”, vindos do norte da Itália, por meio da Expedição Tabacchi.

Muitos fatores impulsionaram a emigração italiana, dos quais podemos citar: o desenvolvimento do capitalismo que expulsou boa parte dos camponeses do campo; a superpopulação; a falta de terras para cultivar devido ao reduzido tamanho dos terrenos; o relevo muitas vezes acidentado e o solo varrido por seguidas enchentes; os altos tributos; a insegurança e o medo em meio às guerras pela unificação; o redimensionamento das fronteiras com a Áustria; a miséria, a fome e as doenças que atingiam muitas famílias daquela região.

No mesmo período em que o Norte da Itália enfrentava tantos problemas, na Província do Espírito Santo, um cenário favorável a imigração se configurava. Na segunda metade do século XIX, o governo provincial desejava ocupar terras com imigrantes europeus e expandir a produção de café. Assim a necessidade de mão de obra, disponibilidade de terras e um cenário político de paz (ausência de guerras), trouxeram milhares de italianos à Província do Espírito Santo e foi responsável também pela ocupação das terras que hoje formam o município de Santa Teresa.

O navio “La Sofia” chegou ao Porto de Vitória em 21 de fevereiro de 1874, com 386 famílias, com destino a Colônia de Nova Trento, hoje distrito de Santa Cruz, município de Aracruz – ES. Porém o empreendimento não prosperou devido às condições de vida oferecidas. Um grupo seguiu para as colônias do Sul do Brasil, enquanto outros 145 italianos, ficaram hospedados em barracões em Vitória, à espera de um destino até aceitarem a proposta do governo estadual para se instalarem na Colônia Imperial de Santa Leopoldina. Chegando a Colônia seguiram por trilhas abertas em meio à floresta, a pé ou no lombo de animais, até alcançarem os lotes que ocupariam no Núcleo do Timbuy, território do atual município de Santa Teresa – ES.

Oficialmente, a imigração italiana passou a ser incentivada pelo governo com a chegada do navio “Rivadavia”, que aportou em 31 de maio de 1875, com 150 famílias italianas, encaminhadas para Colônia de Santa Leopoldina, dentre as quais 60 famílias seguiram para o Núcleo Timbuy. Em 26 de junho de 1875 ocorreu o sorteio dos lotes territoriais.

As correntes migratórias provenientes da Itália permaneceram em maior quantidade até o início do século XX, mas também há relato de entrada de imigrantes no período entre guerras. Os colonos se dedicavam à agricultura, com destaque para o cultivo do café e grãos e algumas experiências bem sucedidas semelhantes às culturas do Trentino, tais como a videira e o bicho da seda.

O nome da cidade tem duas possíveis origens ou até mesmo uma união das duas situações. Uma delas provém da fé de uma das colonizadoras que, aos pés de uma árvore conhecida na região por Pau-Peba, fixou uma imagem de Santa Teresa, trazida da Itália. Na sombra dessa árvore se reuniam os colonizadores para suas orações. A segunda dá-se pelo fato da Estrada de Santa Teresa, que ligava Vitória (ES) a Coité (MG), cortar o Núcleo Timbuy.

A cultura do município carrega diversos traços relacionados à história as imigrações europeias, dentre elas: alemã, com base documental localizada no Arquivo Público do Estado do Espírito Santo é possível afirmar que Santa Teresa é a Primeira Colônia de Imigrantes Italianos do Brasil, de maneira que a cidade já é reconhecida por meio da Lei Estadual Nº 10.378/15 como a Capital Estadual da Imigração Italiana e tramita na Câmara dos Deputados o projeto de lei de reconhece esse título em esfera federal.

A pequena Vila rapidamente se desenvolveu e já em 1891 foi criado e instalado o Município de Santa Teresa. Em 1895 foram criadas a Comarca e a Paróquia. Em 1995 foi desmembrado o Distrito de São Roque do Canaã, dando origem a um novo Município.

O Município 

Município cercado pelas montanhas da região serrana do estado é um dos mais importantes destinos turísticos do Espírito Santo. Cultura marcante, meio ambiente preservado, clima agradável e gastronomia são os principais atrativos de Santa Teresa.
 
Com cerca de 40% de seu território coberto por Mata Atlântica preservada, destaca-se por ter uma das mais exuberantes biodiversidades do mundo. Recentemente, por meio da Lei 226/2012, se tornou a Capital Estadual do Jazz e do Blues e é também conhecida como Terra dos beija-flores, das orquídeas e de Augusto Ruschi, Patrono da Ecologia no Brasil.

O município de Santa Teresa é o maior produtor de uva e vinho do Espírito Santo, representando 80% da produção estadual. Berço da colonização italiana no Brasil, teve sua história iniciada em 1874.

Santa Teresa é um município da região centro-oeste do Espírito Santo. Junto com São Roque do Canaã, Itaguaçu, Itarana, Santa Maria de Jetibá e Santa Leopoldina, Santa Teresa compõe a região dos imigrantes no mapa turístico do Espírito Santo. Este texto é um convite a conhecer essa bela cidadezinha do interior do Espírito Santo.

A cidade é pequena, circundada de farta vegetação, e tem na Praça Augusto Ruschi o seu núcleo paisagístico de lazer. Em torno da praça estão dois belos colégios locais: a EMEI Pessanha Póvoa, antigo grupo escolar fundado em 1929, e a Escola Santa Catarina, fundada em 1946.
 
Origem

A origem desse núcleo de colonização italiana, está diretamente relacionada com projetos do Governo Imperial, que promoveu a abertura de estradas e a preparação de lote de terra para imigrantes. Este é um estudo interdisciplinar que integrou as disciplinas de história, geografia e demografia, afim de, desvendar parte de uma história pouco discutida e por vezes ignorada neste território. Assim, está fora do senso histórico comum e da maioria da bibliografia que versa sobre o município de Santa Teresa. Levantando outras questões contraditórias, como a chegada e estabelecimentos dos imigrantes italianos no Núcleo Timbuy. Os principais atores dessa história são os imigrantes italianos, que trouxeram consigo mais que algumas poucas bagagens. Em meio a floresta recém desbravada os italianos imprimiram suas marcas no novo território e reproduziram parte de sua cultura.

A Santa Teresa

Consta que uma devota, no início da colonização, possuía um quadro de Santa Teresa de Ávila, em torno do qual os moradores se reuniam para rezar à hora do Angelus. Embora haja outras hipóteses, esta é a mais aceita pelos locais para explicar a origem do nome Santa Teresa.

As correntes migratórias provenientes da Itália continuaram e, em 1877 chegaram os primeiros alemães, suíços e poloneses. Os colonos se dedicaram à agricultura, tendo de início, além da cultura do café e cereais, realizado algumas experiências bem sucedidas, semelhantes às culturas do Trentino, tais como a videira e o bicho da seda.
 
26 de junho

"Data do Reconhecimento do Município de Santa Teresa como Pioneiro da Imigração Italiana no Brasil".

Em 17 de fevereiro de 1874 chegava ao porto de Vitoria o navio “La Sofia”, conduzindo 388 imigrantes italianos. Eles foram contratados por Pietro Tabacchi, que possuía a fazenda “Monte das Palmas”, em Santa Cruz. O empreendimento, porém, não prosperou, provocando descontentamentos e revoltas. Um grupo seguiu para colônias oficiais da Região Sul enquanto outros aceitaram a proposta do Governo do Espírito Santo para se instalar na “Colônia Imperial de Santa Leopoldina”, sendo direcionados ao Núcleo de Timbuhy, no atual município de Santa Teresa.

No acervo do Arquivo Público do Estado do Espírito Santo (APEES), existem centenas de documentos que testemunham esse importante fato histórico. Dentre eles, está um ofício que mostra a existência de imigrantes na localidade em outubro de 1874. Trata-se de um pedido de ressarcimento feito pelo colono Francesco Merlo encaminhado no dia 28 de outubro de 1874 ao Presidente da Província. Francesco solicita do governo a restituição dos gastos que teve com a passagem da Itália à Colônia de Nova Trento, no valor de 122 fiorins, pelo fato de não ter sido reembolsado pelo contratante. Com base neste documento foi publicada a Lei 13.617, de 11 de janeiro de 2017, que reconhece, oficialmente, a cidade de Santa Teresa como a pioneira da imigração italiana no Brasil.

Imigrante italiano

O Dia Nacional do Imigrante Italiano, comemorado em 21 de fevereiro, foi instituído em 2008, por iniciativa do então senador e ex-governador do Espírito Santo, Gerson Camata (Lei Federal 11.687, de 2 de junho de 2008).  A data escolhida é uma homenagem à expedição de Pietro Tabacchi ao Espírito Santo, em 1874, evento que ficou marcado como o início do processo de imigração italiana em massa para o Brasil.

O estado do Espírito Santo recebeu a primeira leva de imigrantes italianos, no século XIX, o que deu início ao grande fluxo emigratório italiano para o Brasil.

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