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Bush e Lula Comandaram o Golpe do Etanol no Brasil

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16/05/2016 - por Paulo César Dutra

Em fins de 2006, o maior jornal dos Estados Unidos,  New York Times, abordava a futura visita do Presidente Norte Americano  George W.Bush Jr. ao Brasil, em 2007,  e abordava uma parceria de empresas americanas e brasileiras na produção de etanol como o combustível renovável que iria substituir a gasolina nos dois países e no mundo.  Segundo o jornal, o Brasil ia sair na frente, porque tem a cana-de-açúcar. Ou seja, de acordo com os especialistas, o etanol da cana é entre 6 a 8 vezes mais eficiente que o etanol do milho, fabricado nos EUA.

O Brasil, à despeito de ser o segundo maior produtor de etanol do mundo, viu seu custo de fabricação subir ao sabor da turbulência econômica e política, o que facilitou para que usinas americanas em dificuldade encontrassem um alívio e um mercado para os excedentes de produção. O Brasil é agora o 2º maior importador de etanol dos EUA, por incompetência do governo brasileiro, que se deixou levar por um golpe, que em breve, quem sabe, poderá aparecer na Operação Lava-Jato na conta do ex-presidente Lula. Os norte-americanos  consideram o Brasil, um novo e “surpreendente” mercado.

Bush e Lula

E no dia 8 de março de 2007, o avião presidencial norte-americano, o Air Force One, pousou às 20h04 no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. O presidente dos Estados Unidos, George Bush, foi recepcionado no aeroporto pelo embaixador do Brasil nos EUA, Antônio Patriota, e pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. A passagem de Bush pelo Brasil durou cerca de 24 horas. Nesse período, ele visitou a Transpetro, almoçou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na pauta do encontro entre Lula e Bush aconteceu o aprofundamento da cooperação bilateral na área de biocombustíveis. No encontro foi assinado o memorando de entendimento entre o Brasil e os Estados Unidos para avançar a cooperação em biocombustíveis.

A imposição de Bush, na assinatura do memmorando com Lula,  foi de que seu irmão caçula Jeb Bush (ex-governador da Flórida-EUA)  e a Interamerican Ethanol Comission fossem a ponte entre empresários do setor dos dois países. A comissão interamericana do etanol foi criada em dezembro de 2006 e era comandada pelo Jeb Bush, pelo ex-ministro da Agricultura de Lula, Roberto Rodrigues, e pelo colombiano Luís Alberto Moreno, presidente do BID.

Meses depois, Jeb Bush enviou ao Brasil um representante do grupo norte americano (o ex-diplomata Sergio Thompson-Flores) que havia criado e comanda uma empresa de fachada registrada com o nome de Grupo Infinity Bio Energy, usada para comprar usinas de etanol no país, com dinheiro emprestado de bancos brasileiros, entre eles o Banco do Estado do Espírito Santo – Banestes, que perdeu R$ 57 milhões (em 2007), pois não tem nenhuma garantia para receber este dinheiro de volta. Como se diz na gíria dos malandros, “o Infinity assinou as cinco promissórias do Banestes, com lápis”. Ou seja, sem nenhuma validade comercial.
Um ano depois de aplicar o golpe, o Grupo Infinity já estava devendo quase R$ 800 milhões aos credores, entre eles milhares de capixabas, donos de empresas,  prestadores de serviços e o Banestes. Em 2009, o Infinity registrou o pedido de falência, na Justiça de São Paulo, uma vez que a Justiça capixaba se negou aceitar a solicitação. A longa batalha pela sobrevivência da produtora de etanol, açúcar e energia Infinity Bio-Energy pode estar perto do fim — e o final não vai ser feliz. 

Em recuperação judicial desde 2009, a companhia apresentou, no fim de fevereiro deste ano, seu terceiro plano de recuperação. Os bancos não gostaram. Com dívida de 1,5 bilhão de reais, o grupo não estava cumprindo o primeiro plano e apresentou outro em julho do ano passado, que foi negado. Os quatro maiores credores precisam aprovar o plano, mas um deles, o banco Santander, já avisou que prefere a falência. 
Segundo representantes da Infinity, medidas judiciais serão tomadas contra esse grupo de credores com o intuito de reverter a decisão e, posteriormente, uma possível decretação de falência. Pelo plano rejeitado, um dos blocos, com as usinas Alcana, em Nanuque (MG), e Disa, em Conceição da Barra (ES) - esta a única das seis usinas compradas pelo Infinity, ainda em operação -, seria destinado a um grupo de credores, incluindo os trabalhistas, que aprovaram o plano, mas também os que rejeitaram a proposta.

De 2008 para cá, cerca de 80 usinas já fecharam as portas no Brasil, comprometendo a capacidade de moagem da cana-de-açúcar. Das atuais 389 indústrias, 67 estão em recuperação judicial.

Eliezer Batista Ligou A Vale Ao Resto Do Mundo

Galgando vários postos ao longo de sua carreira, até ser nomeado presidente da mineradora coube a ele transformar..


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