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Inmetro Finaliza a Produção de Materiais Para Análise Precisa de Drogas

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13/06/2016

Por: Redação*

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO, em parceria com o Ministério da Justiça, acaba de lançar os Materiais de Referência Certificados (MRCs) para drogas com elevada pureza, como a cocaína, além do Boa Noite Cinderela (composto, por exemplo, por diazepam ou flunitrazepam). O MRC é um padrão de análise de alta confiabilidade metrológica utilizado para calibração, controle de qualidade, validação de métodos e determinação da exatidão dos resultados.

Com os MRCs da cocaína e Boa Noite Cinderela estabelecidos, as investigações criminais ganharão força, já que estes são uma ferramenta essencial para as metodologias de análise de drogas de abuso e contribuirão para se chegar a um resultado preciso e inequívoco, com prazos e custos menores. Instituições que atuam na área forense, como os Institutos de Criminalísticas (IC) e Institutos Médicos Legais (IML) das polícias civil e federal, e até mesmo as universidades, por exemplo, serão alguns dos beneficiados. 

Além disso, estes MRCs poderão ser usados pelos laboratórios credenciados pelo Departamento Nacional de Trânsito para realização de exame toxicológico de larga janela de detecção, obrigatório para todos os condutores habilitados nas categorias C, D e E, bem como os candidatos a obtenção dessas categorias.

Até então, os MRCs de drogas eram adquiridos via importação, tornando o processo mais caro e demorado, devido a burocracia para conseguir as autorizações para aquisição destes tipos de materiais. A partir de agora os laboratórios acreditados pelo Inmetro terão uma economia considerável.

Para se ter uma ideia, se os MRCs para drogas de abuso (cocaína, flunitrazepam e diazepam - boa noite Cinderela) fossem importados da Europa, o custo de cada um deles seria de cerca de R$ 5.000,00; estes MRCs fabricados pelo Inmetro custarão apenas R$ 500,00 cada um deles.

O Inmetro estima que esses materiais serão vendidos cerca de 500 frascos/ano. O material importado teria custo total de cerca de R$ 2,5 milhões de reais, em comparação com o custo do produto nacional, que seria de R$ 250 mil reais. Isto representa economia anual de aproximadamente R$ 2 milhões, considerando apenas um tipo de MRC. O Inmetro pretende disponibilizar 8 compostos, que proporcionariam uma economia anual de aproximadamente R$ 16 milhões.

“O processo judicial envolvendo drogas de abuso frequentemente requer perícia, o que gera um laudo pericial, que constitui prova que será analisada pelo juiz. O laudo pericial pode ser contestado na justiça, caso haja alguma dúvida quanto ao resultado alcançado nas análises químicas, por exemplo, quando não se utiliza um MRC”, explica Rodrigo Borges, especialista da Diretoria de Metrologia Aplicada as Ciências da Vida do Inmetro.  

Estes MRCs estão contidos em frasco contendo cerca de 10 a 50 mg da droga purificada ou sintetizada devidamente caracterizada quanto à sua composição e grau de pureza pelas mais sofisticadas técnicas analíticas, além de ter passado por estudos de homogeneidade e estabilidade. “A amostra de cocaína, por exemplo, apresenta aproximadamente 98,5 % de pureza”, complementa Borges.

"Importante destacar que a disponibilização destes MRCs aguardará os entendimentos com a ANVISA para a efetiva disponibilização para os laboratórios responsáveis por perícias criminais", explica José Granjeiro, Diretor de Metrologia Aplicada as Ciências da Vida do Inmetro.  

Ciências da Vida – No dia 9 de junho, o Inmetro inaugurou o novo prédio, que abrigará os Laboratórios de Microscopia Aplicada às Ciências da Vida (Lamav) e a seção de Bioanálise de Proteínas e Carboidratos do Laboratório de Macromoléculas (Lamac), onde são desenvolvidos estudos detalhados de proteínas e açúcares complexos os quais são, cada vez mais importantes para o desenvolvimento dos chamados biofármacos, moléculas biológicas capazes de tratar doenças como o câncer, assim como de proteínas utilizadas para a produção biocombustíveis, para uso industrial ou desenvolvimento de sistemas para diagnóstico de doenças. (Com informações do In Press Porter Novelli  - Rafael Cavalcanti - rafael.cavalcanti@inpresspni.com.br e Débora Rolando -debora.rolando@inpresspni.com.br)

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