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Lina Medina a Garota Que Foi Mãe aos 5 Anos

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30/06/2016 - por Paulo César Dutra

A peruana Lina Medina é a mais jovem mãe confirmada na história da medicina no Mundo. Ele nasceu em 27 de setembro de 1933 em Antacancha, Peru, na América do Sul. Lina engravidou e mediante uma cesárea ela teve um filho no dia 14 de maio de 1939. Ela estava com cinco anos, sete meses e 21 dias de idade. 

Como a mocinha nunca revelou quem é o verdadeiro pai de seu filho, a polícia passou a suspeitar do pai da Lina, Tiburcio Medina, que acabou indo para a cadeia por suspeita de incesto e estupro, mas foi solto pouco tempo depois por falta de provas.

Tiburcio notou que Lina - uma de seus nove filhos - estava com a barriga avolumada e ante as crendices de seus vizinhos que diziam que tinha uma cobra dentro e culpavam a Apu, o espírito dos Andes, levou-a aos curandeiros da aldeia, que disseram tratar-se de um tumor e aconselharam que levasse-a até Pisco, a cidade mais próxima.

Em Pisco, o médico Gerardo Lozada atendeu-a e informou a família que a menina estava grávida e que era um caso raro da medicina, mas precisa levá-la  para Lima, a capital do Peru, onde outros especialistas diagnosticaram que Lina estava realmente grávida. 

Ela, segundo o diagnóstico, engravidou com a idade de quatro anos e dez meses e aos dois anos e oito meses, acrescentando que a menina já tinha começado a menstruar.
Apesar de ser uma criança normal, apresentava sinais de puberdade precoce, como pequenos seios e menstruação. Os exames médicos a que viria a ser submetida revelaram que aos dois anos e meio tinha o sistema reprodutivo totalmente desenvolvido.

Em 14 de maio de 1939 (era comemorado o Dia das Mães no Peru), Lina, então com cinco anos, sete meses e 21 dias de idade, deu a luz a um menino mediante uma cesárea realizada pelo Dr. Lozada e o Dr. Busalleu (cirurgiões) e o Dr. Colretta (anestesista). Seu filho, Gerardo Medina, pesou 2700 gramas. O menino foi batizado como Gerardo em homenagem ao médico Lozada.

Lina permaneceu no hospital por onze meses e só pôde voltar para a família após o início de procedimentos legais que levaram a Corte Suprema a permitir sua convivência com os pais. Alguns anos depois, o Estado expropriou Lina e destruiu sua casa, onde hoje existe uma estrada. 

A polícia peruana que havia prendido o pai dela, Tiburcio, quando o liberou da cadeia, passou a suspeitar de um dos irmãos de Lina que é "excepcional", mas nada foi confirmado. No Peru a crendice popular espalhou que Lina era uma espécie de Virgem María, que tinha concebido sem pecado original, por obra e graça do Espírito Santo e ainda hoje o povo de Antacancha crê que Gerardo era filho do deus Sol.

O fato se espalhou em todas as regiões das três Américas e na Europa. Logo começaram a aparecer os interessados no assunto. Os avôs recusaram uma oferta de viajar para ser exibidos na Feira Mundial de Nova York (com despesas pagas e 4000 dólares por mês). Mas aceitaram outra oferta de 5000 dólares de um empresário americano para que mãe e filho viajassem para ser pesquisados por cientistas dos EUA (a proposta incluía um fundo que garantiria seu bem-estar pelo resto da vida). 

Mas o governo peruano decretou que Lina e seu filho estavam em "perigo moral" e decidiu criar uma comissão especial para protegê-la. Em poucos meses abandonaram o caso e Lina nunca recebeu um centavo. Seu filho Gerardo foi criado crendo que era o décimo filho de seus avôs e aos dez anos se inteirou de que Lina não era sua irmã, senão sua mãe. Em 1979, Gerardo aos 40 anos morreu de uma rara doença na medula óssea.

Aos 33 anos Lina se casou com Raúl Jurado, e aos 39 anos (em 1972) teve outro filho, que emigrou para o México. Hoje vive em um bairro pobre em Lima. Existem algumas controvérsias quanto o local e a data exata de nascimento de Lina. Alguns afirmam ter sido em Antacancha ou Ticrapo, além de Pauranga. Porém, todas essas cidades se localizam na Região de Huancavelica. Quanto à data, alguns afirmam que poderia ter sido em 23 de Setembro.

Esse caso foi reportado em detalhe pelo Dr. Edmundo Escomel para La Presse Medicale, junto com os detalhes adicionais de que sua menarca teria ocorrido aos 8 meses de idade e seus seios proeminentes começarem a ser desenvolvidos aos 4 anos. Aos 5 anos, sua aparência demonstrava alargamento pélvico e maturação óssea avançada. Apesar de fisicamente amadurecida, Lina preferia brincar com bonecas do que cuidar de seu filho, que recebia alimentação de uma enfermeira. 

O mistério da história não se trata na precocidade de Lina, já que isso pode ser explicado como desequilíbrio hormonal, mas sim quem seria o pai da criança, pois a peruana nunca revelou o segredo e se nega a falar do assunto até hoje, chegando a recusar uma entrevista com a Reuters em 2002.

Hoje ela espera que o governo lhe dê o equivalente a uma propriedade, para compensar a casa já perdida. Segundo o atual marido de Lina, o imóvel valia cerca de 25 mil dólares. Caso conseguisse a moradia, Lina encerraria uma longa batalha judicial.

Atualmente, aos 83 anos, ela vive no caminho de um beco escuro parcialmente interditado por placas de madeira em um bairro pobre e com alto índice de criminalidade na capital peruana de Lima, conhecido na localidade como o ‘‘paraíso dos ladrões’’ e "Chicago Chico" (‘‘Pequena Chicago’’), em alusão à cidade norte-americana der Chicago.

Alguns consideram que a falta de ajuda do governo peruano possa ser explicada por puro preconceito, já que em outros países Lina receberia total apoio do Estado. 

Imagens de Lina Medina a mãe mais jovem do mundo



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