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Golpe de R$ 57 milhões no Banestes Continua sem Investigação!!!

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13/08/2019 - por Paulo César Dutra


A foto acima que documenta o Golpe de R$ 57 Milhões no Banestes, ocorrido em abril de 2007, ilustra a matéria de hoje, dia 13.08.2019. Ela identifica na ordem da direita para a esquerda, as testemunhas e que assinaram a autorizaçao para o banco abrir os cofres para um golpista internacional. Na foto o ex-secretário do Desenvolvimento Guilherme Dias, o golpista e ex-diplomata Sérgio Schiller Thompson-Flores, o ex-vice-governador Ricardo Ferraço, o ex-governador Paulo César Hartung Gomes e o ex-presidente da Assembléia Leislativa do Espírito Santo-ALES, Guerino Zanon. Todos leram e assinaram o documento em cinco vias, que está explicito sobre a mesa.
O fato que aconteceu no dia 9 de março de 2007, na Residencia Oficial do Governo do Estado do Espírito Santo, na Praia da Costa, em Vila Velha, no Estado do Espírito Santo, no Brasil, onde ironicamente (quando percebeu que o Golpe deu certo, pois fora autorizado ao ex-diplomata levar R$ 57 milhões dos cofres do Banestes, no dia 19 de março de 2007, sem nenhuma garantia de pagamento) Flores disse, sorrindo:  "aqui encontramos vantagens competitivas e um Governo local com seriedade e competência, que possibilita a concretização desse empreendimento, com responsabilidade social e ambiental". 
O dinheiro era para Flores comprar tres usinas de etanol e pagar dívidas com os fornecedores do Norte do Estado que iam ser contratados, que foram orientados pelos aliados de Paulo Hartung, que são: Lelo Coimbra, Renato Casagrande, Ricardo Ferraço e César Colnago a venderem e fornecerem tudo “fiado” para o Sérgio Flores. O ex-diplomata não pagou as usinas e muito menos aos fornecedores e sumiu com os R$ 57 milhões. 
 Ninguém entendeu até a presente data porque não foram  abertos processos, aqui no Estado  e no Brasil contra o ex-diplomata. O pedido de falencia da empresa de fachada do Flores, não sei como, foi aberto em São Paulo! Quem não acreditar e duvidar do texto, é só acessar os sites de todos os órgãos do Espírito Santo e buscar informaçoes com os nomes da empresa Infinity Bio-Energy e de Sérgio Schiller Thompson-Flores que não vai encontrar nada que os desabone!

Histórico do golpe

O ex-governador Paulo Hartung apesar de ter concorrido para a prática do crime de gestão temerária no Banestes,  saiu no dia 1º de janeiro deste ano, deixando no banco um empréstimo descoberto de R$ 57 milhões (valores de 2007), liberado quando ele era chefe do executivo estadual em 2007. O ex-diplomata Sergio Flores que usou a empresa de fachada Infinity Bio-Energy (cuja documentação é fria) depois que pegou o dinheiro, nunca mais foi visto no Espírito Santo. 
Misteriosamente a empresa Infinity “faliu” no final de 2007 e o banco sofreu o maior golpe dos seus mais de 80 anos de história. O golpe no Banestes, que ficou conhecido como “Golpe das Tampinhas”, onde  “nele se ganha ou nele se perde”, causou prejuízo ao patrimônio dos correntistas, investidores e poupadores do Banestes, que vão ter que pagar essa conta se o governo não cobrir o saldo devedor. De acordo com especialistas no assunto, o Banestes não conseguiu e nem vai conseguir receber os R$ 57 milhões (valor de 2007) emprestados ao Infinity, com sede nas Ilhas Cayman, no paraíso fiscal do Caribe, nos mares da América Central. 
Na Assembléia Legislativa do Espírito Santo - ALES o golpe dos R$ 57 milhões contra o Banestes, recebeu as manifestações dos deputados estaduais Marcelo Santos, Gilsinho Lopes e Freitas com as propostas de se abrir a CPI do Golpe no Banestes. Porém as manifestações (discursos), dos parlamentares que estão registrados nos anais da Casa de Leis não foram adiante e com isso, nenhuma CPI foi aberta. 
Então, de acordo com especialistas no assunto, o presidente financeiro do banco e demais diretores da instituição bancária (de 2007), inclusive que confirmaram (via e-mail) que o banco havia sido vítima da empresa Infinity, podem ser inclusos no processo (caso algum dia seja aberto), porque tiveram participação decisiva na prática do crime de gestão temerária. Eles expuseram desnecessariamente os bens de terceiros a riscos reais e objetivos (os correntistas, investidores e poupadores do Banestes). 
Curiosamente, não existem ainda investigações e muito menos aberturas de processos do Golpe dos R$ 57 milhões no Tribunal de Contas do Espírito Santo – TCES; no Tribunal de Contas da União – TCU; no Ministério Público do Espírito Santo – MPES; no Ministério Público Federal no Espírito Santo – MPF-ES; no Banco Central e nem nos judiciários (estadual e federal). E pelo andar da carruagem, o governador  José Renato Casagrande (PSB), nunca menciou qualquer investigaçao por ter sido usado pelo Paulo a iludir os empresários a venderem “fiado” para o Sergio Flores. 
Em novembro do ano passado, Flores foi denunciado e preso após sua ex-mulher, a  atriz Cristiane Machado, te-lo denunciado por violência doméstica. Ele foi indiciado na Lei Maria da Penha e condenado a pagar uma indenizaçao a sua ex-mulher. Em junho deste ano Flores foi libertado. Porém, nem com ele preso, as autoridades do Espírito Santo se interessaram em ouvi-lo. Agora que ele está solto é que não vao conseguir.

 Histórico do golpe na imprensa nacional

Por Marcelo Menna Barreto, do site ExtraClasse

As cenas de espancamento da atriz global Cristiane Machado por seu marido, o empresário e ex-diplomata Sergio Schiller Thompson-Flores apresentadas no dia 18 de novembro de 2018, no programa Fantástico, da Rede Globo, disse muito sobre a violência doméstica e os riscos de feminicídio, que só cresce no país, mas pouco falou do agressor. 
Diretor da Agência Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep) no governo Collor de Mello, Thompson-Flores coleciona negócios controversos que vão de documentos furtados a trabalho escravo, de relacionamento com espião a calote em banco estatal. 
Em dezembro de 2002, no meio da acirrada disputa entre a empresa Gazeta Mercantil, responsável por jornal de mesmo nome, e o empresário Nelson Tanure que solicitava a penhora da editora, o ex-diplomata acabou sendo envolvido. 
Em ação do processo, documentos que teriam sido furtados da Gazeta Mercantil foram apreendidos na residência e no escritório de Thompson-Flores. 
Até março daquele ano, Thompson-Flores trabalhava como administrador da Gazeta Mercantil para a família Levy, proprietária da publicação e após desentendimento, passou a prestar serviços para Tanure, então proprietário do Jornal do Brasil.

Sede de sangue e escândalo de espionagem

O jornalista Luis Nassif registra em artigo de 2014 um pouco do perfil do executivo Thompson-Flores: 
“Funcionário público de carreira, nos anos 90, ele foi beneficiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), no governo de Fernando Henrique Cardoso, com consultoria na área de privatização. Ganhou dinheiro e sede de sangue. Depois disso, meteu-se em várias embrulhadas sempre buscando a bala de prata, a grande jogada. Jamais se contentou com o trabalho normal de fazer crescer sua empresa”, afirmou o jornalista. 
Nassif ao citar por alto o caso da Gazeta Mercantil, ainda declarou que Thompson-Flores “é um ex-diplomata que enriqueceu com privatizações e tentou seguir os passos de Nelson Tanure, de entrar na mídia como reforço para manobras de lobby”. 
O português Tiago Verdial, acusado de ter feito monitoramento ilegal de autoridades e de ter corrompido servidores da Receita Federal, da Policia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), quando preso em junho de 2004 pela PF trouxe à tona outra faceta de Thompson-Flores, a de funcionário da Kroll, líder global em consultoria empresarial de riscos e investigações corporativas. 
Com seu nome descoberto em um CD em posse de Verdial, no jargão da comunidade de inteligência “com a casa caindo”, Thompson-Flores assumiu prestar serviços para a empresa sediada em Nova Yorque e com ramificações no mundo inteiro. 
Era a Operação Chacal que investigava atos de espionagem supostamente contratados por executivos da Telecom Itália e o banqueiro Daniel Dantas onde figuravam autoridades do governo brasileiro, como os, na época, ministro da Secretaria de Comunicação do Governo Luiz Inárcio Lula da Silva, Luiz Gushiken, e o presidente do Banco do Brasil, Cássio Casseb. A operação foi arquivada por falta de provas.

Falência e empréstimo não pago

De olho em uma grande oportunidade, no início da febre do etanol, Thompson-Flores estruturou um fundo de investimentos com sede em Londres para captar recursos e comprar usinas antigas. 
Segundo o jornalista Luis Nassif, “captou dinheiro de incautos para um projeto amalucado”, pois o problema não seria o fato das usinas serem antigas, mas situadas em regiões economicamente inviáveis. Foi a criação da Infinity Bio-Energy que não chegou a durar quatro anos, mas deixou um estrago considerável no estado do Espírito Santo. 
Segundo o jornalista Paulo Cesar Dutra, no jornal ES Hoje, com a decretação da falência da Infinity Bio-Energy em julho de 2017, o Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes) “perdeu no ‘Golpe das Tampinhas’”, onde “nele se ganha ou nele se perde”. 
O jornalista capixaba, seguindo sua analogia com o famoso jogo de azar denuncia que o banco estatal “levantou a ‘tampinha’ errada e perdeu R$ 57 milhões emprestados sem nenhuma garantia para os ‘aventureiros do etanol’, exímios jogadores de tampinhas”. 
A cifra, atualizada pelo Extra Classe, chegaria hoje a cerca de R$ 185 milhões e, de acordo com o jornalista, começou a ser desperdiçada no dia 3 de março de 2007, na Residência Oficial do Governo do Estado,  onde o representante do Infinity, o executivo Sérgio Thompson-Flores, recebido com tapete vermelho pelo governador Paulo Hartung e assessores, destacou que encontrou no Espírito Santo um ‘ambiente fértil’ para a realização de investimentos e disse, sorrindo: “aqui encontramos vantagens competitivas e um Governo local com seriedade e competência, que possibilita a concretização desse empreendimento, com responsabilidade social e ambiental”. 
Na realidade, ainda conforme o jornalista, “o Infinity ganhou na maior moleza R$ 57 milhões, sem fazer nenhum gasto, porque tudo foi pago pelo anfitrião” e, ao contrário das promessas de desenvolvimento, o que chegou lá foi apenas o desenvolvimento da falência das usinas de etanol e da quebradeira dos fornecedores.

Trabalho escravo

Mas antes do calote no Banestes e da quebradeira na cadeia de fornecedores, a empresa de Thompson-Flores deixou suspeitas de outra marca que envergonha o Brasil, o trabalho análogo à escravidão e somente acabou não sendo inserida na “Lista Suja” do Ministério do Trabalho e Emprego em julho de 2011 por intervenção da 20ª Vara do Trabalho do Distrito Federal. 
Surpreendido pela liminar concedida para suspender o resgate de trabalhadores em condição análoga à de escravo em uma fazenda de cana da Infinity no município de Naviraí, Estado do Mato Grosso do Sul, o procurador do trabalho, Jonas Ratier Moreno, que acompanhava a operação chegou a declarar na época que a Justiça ignorou o laudo técnico que apontava as condições degradantes que fundamentaram a interdição das frentes de trabalho em sua decisão. 
“Os trabalhadores estavam uns farrapos. A empresa não oferecia nem cobertores diante do frio”, afirmou. 
Ao todo, 817 pessoas – das quais 542 migrantes de Minas Gerais e Pernambuco e 275 indígenas de diversas etnias – segundo o procurador estavam submetidas a condições degradantes de serviço. 
Na ocasião, a coordenadora da operação, Camilla Bemergui, lembrava que a Infinity já havia sido inserida na “Lista Suja”. Em dezembro de 2010, a empresa passou a figurar nessa base de dados por conta de uma libertação de 64 trabalhadores em outra usina de cana do grupo, em Conceição da Barra-ES. (Com informações do site ExtraClasse).

Como está o ex-diplomata

Preso em 25 de novembro de 2018, o ex-diplomata ficou encarcerado até junho último no presídio de Benfica, na cidade do Rio de Janeiro-RJ, processado pela Lei Maria da Penha. Em 27 de novembro de 2018, a juíza Luciana Fiala de Siqueira Carvalho, do 5ºJuizado de Violência Doméstica do Rio de Janeiro, negou a revogação da prisão preventiva de Sergio Schiller Thompson-Flores. Os advogados do espancador recorreram ao Superior Tribunal de Justiça – STJ, porém o ministro Ribeiro Dantas, do STJ  manteve a prisão preventiva. No dia 9 de janeiro último, a juíza Rafaella Avila de Souza Tuffy Felippe, do 50ª Vara Cível do Rio de Janeiro, condenou Sergio Flores a pagar indenização de R$ 1.200.329,53 a Cristiane Machado. 
Em outubro de 2018, ele foi acusado de agredir a atriz, com quem era casado, com socos, tapas e tentativa de enforcamento. Ele terá de arcar com multas por quebra do contrato de casamento. Recentemente ele foi colocado em liberdade e voltou importunar a atriz, que está com medo, agora,  de ser morta por Flores.
 Cristiane Machado foi a primeira vítima de violência doméstica no estado do Rio de Janeiro a usar um dispositivo eletrônico que avisa sobre a violação de uma medida protetiva quando o agressor se aproxima pôde, infelizmente, ver o aparelho em funcionamento no mesmo dia em que pegou o equipamento. A atriz Cristiane Machado, de 37 anos, foi avisada no último dia 24 de julho que seu ex-marido, o ex-diplomata Sergio Schiller Thompson-Flores, de 59, estava a menos de 200 metros do local em que ela se encontrava, violando uma medida protetiva. "Meu corpo inteiro tremeu. Achei que eu iria morrer, porque tinha só alguns dias que ele tinha sido liberado para prisão domiciliar, depois de sete meses preso preventivamente.
 
 

 
 

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