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Amnésia

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12/08/2022 - por Gutman Uchôa de Mendonça

A partir de uma ligeira lesão cerebral, uma pessoa pode ser acometida de passageira ou definitiva perda de memória, perdeu a noção do passado.

Tinha pouco mais de 12 anos quando saí do meu São Mateus.  Fui parar no Rio de Janeiro, na casa da tia, Corinha, irmã da minha mãe, extremamente generosa, para comigo e com meus irmãos mais velhos, Daoulah e Gontran e, a saída da terra natal, com duas ou três ruas, para uma cidade grande, que era sede da capital da República, foi um salto impensável, de gigante.

Na minha cidade, eu era vendedor e entregador de jornais, e ajudava meu pai na limpeza das oficinas tipográficas, com meu irmão, onde ele trabalhava para o sustento da família.

Nas minhas noites de solidão, para não chorar, de saudade da minha mãe, fechava os olhos e percorria as ruas da minha velha cidade, lembrando o nome de cada morador, as pessoas que assinavam o jornal, a venda do “seu” Álvaro, que me colocava sentado no balcão, para ler as noticias para os velhos analfabetos; os amigos de infância, os passeios com o meu pai e irmãos, até o Bambuzal, onde ficava a oficina da Estrada de Ferro São Mateus – Nova Venécia, para visitar o velho amigo da família, José João do Sacramento Júnior que, além de mecânico, tocava todos instrumentos de sopro, exímio músico e fundador a Lira Mateense, com suas apresentações públicas, com grande assistência. Tudo isso era feito com objetivo de preservar a memória, fixar no passado.

O exercício de memória que fazia,  tinha também um objetivo muito importante, não esquecer a terra em que nasci, os passeios da infância, o colégio, os amigos, a fazenda do quilômetro 35, do meu avô Constantino Cunha, a chácara da minha avó Itelina, a casa do Arnaldo Bastos, uma espécie de irmão de criação, o porto, os primos e saudosos amigos. Essas coisas aconteceram na década de 40, no século passado. Um longo tempo percorrido...

Todos morrem.  Um dia,  não sei quando, vou morrer também, mas quero assegurar que pretendo manter meus exercícios de memória, para gozar das delícias da existência e ver se consigo assistir o extermínio de tanto canalhismo, de tanta falsidade, de tanta falta de caráter, dignidade, de palavra, de honra. Como assistir um médico, um ex-governador de São Paulo, como o senhor Geraldo Alckmin, chamar o senhor Luiz Inácio Lula da Silva, dezenas de vezes de ladrão, juntamente com seu companheiro, Fernando Henrique Cardoso e, agora, por amor a quê, a quem? Saem aos beijos por aí, trocando juras de amor, aceitando, numa falta de pudor, de vergonha,  num desrespeito ao povo brasileiro, como eu sinto, inaceitável.

Outro dia, conversando com um petista, perguntei: “E agora? Como fica você com seu candidato, de braço dado com o Alckmin?”

O lulista, enfezado, respondeu: -“ Você não vai citar nunca meu nome, tenho certeza. Lula vai perder muitos votos, com esse tiro que deu no próprio pé. É a mesma coisa com o ex-senador Ricardo Ferraço, candidato a vice de Casagrande. Duvido que o PT vote nessa dupla. Eles estão loucos. Perderam a vergonha A Executiva do PT no Espírito Santo mandou uma moção de desagrado à Executiva Nacional. Vamos ver as urnas do dia 2 de outubro.” 

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